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Amido fecal: qual método analítico escolher para monitoramento?

POR DANIEL MONTANHER POLIZEL

E JOÃO PEDRO MONTEIRO DO CARMO

ESALQLAB

EM 19/04/2022

3 MIN DE LEITURA

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Atualizado em 18/04/2022

Não é nenhuma novidade que o amido é uma importante fonte de energia para os ruminantes.

Aproveitar ao máximo esse nutriente é fundamental nas fazendas produtoras de leite, já que o amido não digerido é desperdiçado e descartado nas fezes. Nos dias atuais, com o elevado custo dos insumos utilizados nas dietas, nada pode ser perdido!

Valores acima de 3% de amido nas fezes já podem impactar negativamente na produção de leite e agregar custos à fazenda, sendo então importantíssimo medir essas perdas para gerenciar soluções.

Mas quais seriam as metodologias analíticas passivas de serem utilizadas para determinar o amido fecal? De maneira geral, é possível quantificar o amido a partir de técnicas: métodos químicos e a tecnologia NIRs (análise infravermelho). 

A obtenção do amido fecal pelos métodos químicos normalmente é mais demorada e com custos elevados. Por sua vez, o NIRs utiliza uma curva de calibração (equações) para traduzir valores de absorbância da radiação eletromagnética, em resultados bromatológicos, como o amido fecal. Essa técnica leva menos de 5 minutos para ser executada, apresenta baixo custo e a mesma leitura pode ser usada para se obter resultado de outras variáveis bromatológicas, as quais são dependentes da curva de calibração desenvolvida (ex: fibra em detergente neutro, proteína bruta e matéria mineral).
 

A análise NIRs é realmente precisa?

A resposta é: depende! Essa metodologia tende a ser tão boa quanto a sua curva de calibração. Sem grandes bancos de dados e amostras não representativas os resultados podem ser insatisfatórios. Sendo assim, é necessário a utilização de boas curvas de calibração para se obter bons resultados com o NIRs              

Em parceria internacional com o DairyOne Forage Lab o ESALQLAB utiliza em sua rotina uma curva para predizer os teores de amido fecal. Para mostrar a efetividade, acurácia e precisão da análise infravermelho foi realizada uma comparação o método enzimático (padrão) e o infravermelho (NIRs).

No experimento em questão, 180 amostras de fezes foram avaliadas por ambos os métodos. Os resultados desta comparação estão apresentados na Tabela 1, em que é possível observar que não houve efeito da metodologia de análise sobre a quantificação do teor de matéria seca II e o teor amido presente nas fezes, mostrando a equivalência entre os métodos.
 

Tabela 1. Avaliação de diferentes metodologias analíticas para determinação da matéria seca II e do teor de amido em fezes de bovinos confinados.


*Matéria seca II: segunda etapa de secagem, realizado na amostra que foi previamente seca em estufa a 55°C.
 

Nas Figuras 1 e 2 são apresentados a correlação entre as metodologias analíticas avaliadas. O coeficiente de determinação (R²) da matéria seca II e do amido fecal, foram respectivamente, 0,94 e 0,96, isto é, são considerados excelentes modelos com elevada acurácia, precisão e principalmente confiabilidade (TRAN et al., 2010).

Outro indicativo da qualidade da curva de amido é a amplitude de resultados que ela apresenta, respondendo bem a teores altos e baixos de amido sem afetar sua precisão.


Figura 1. Gráfico de correlação entre a análise química e a análise NIRs de matéria seca II


 

Figura 2. Gráfico de correlação entre a análise química a análise NIRs de amido fecal.


 

Os dados aqui apresentados demonstram que a metodologia NIRs pode ser uma importante ferramenta para avaliação de amido fecal, de maneira rápida e com grande precisão, desde que seja adotada curvas desenvolvidas de maneira criteriosa a partir de um banco de dados robusto e representativo.
 

Referências bibliográficas

TRAN, H.; SALGADO, P.; TILLARD, E.; DARDENNE, P.; NGUYEN, X. T.; LECOMTE, P. “Global” and “local” predictions of dairy diet nutritional quality using near infrared reflectance spectroscopy. Journal Dairy Science, [S.l.], v. 93, p. 4961-4975, 2010.

DANIEL MONTANHER POLIZEL

JOÃO PEDRO MONTEIRO DO CARMO

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