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Um novo caminho para as exportações brasileiras de leite?

POR CARLOS EDUARDO PULLIS VENTURINI

PANORAMA DE MERCADO

EM 20/01/2014

9 MIN DE LEITURA

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A balança comercial de lácteos em 2013 foi bastante deficitária para o Brasil. Nosso saldo foi negativo em 116,6 mil toneladas em volume e de US$478,2 milhões em valor.

Porém, na comparação com 2012 o resultado é positivo: as importações tiveram queda de 11,7%, indo de 180 mil toneladas para 159 mil toneladas.

Confira no gráfico abaixo a evolução das importações nos últimos anos:

Gráfico 1 – Importações brasileiras – 2007-2013 – Em milhões de Kg

Fonte: MDIC; Elaborado pelo MilkPoint

Podemos ver que a importação de lácteos em 2013 foi a menor nos últimos 3 anos, mas ainda assim apresenta uma quantidade importada 40,7% superior à apresentada em 2010.

Pela ótica das exportações, 2013 apresentou valores praticamente estáveis. Na comparação com 2012, houve pequena queda de 1,2%, caindo de 43 milhões de kg para 42,5 milhões de kg exportados.

Gráfico 2 – Exportações brasileiras – 2009-2013 – Em milhões de kg

Fonte: MDIC; Elaborado pelo MilkPoint

O gráfico acima mostra que nos últimos 3 anos as exportações mantiveram-se relativamente estáveis, oscilando entre 41,9 e 43 mil toneladas. Mas se analisarmos o acumulado desde 2008, as perdas são nítidas: a queda no volume exportado foi de 71,4% no período, indo de 148,5 milhões de kg em 2008 para 42,5 milhões de kg em 2013.

O reflexo deste movimento dos últimos anos, de alta nas importações e queda nas exportações, pode ser claramente verificado pela evolução do déficit da balança comercial de lácteos, que pode ser conferido no gráfico abaixo:

Gráfico 3 – Evolução do saldo da balança comercial de lácteos – 2007-2013 – Em milhões de kg

Fonte: MDIC; Elaboração: MilkPoint

A junção de menores exportações com crescimento das importações impactou fortemente o déficit da balança comercial de lácteos brasileira. Desde 2009, esse aumento foi de 82,4%, quantia bastante elevada e que demonstra a reversão de tendência no Brasil, que passou de um exportador líquido para um importador líquido.

Mas o que causou esta perda de competitividade do leite nacional?

Os dados mostram que uma junção de fatores influenciou este desempenho negativo: taxa de câmbio desfavorável, alto custo de insumos e elevação do preço do leite nacional, todos estes em um curto espaço de tempo, causando esta inversão na competitividade brasileira.

Para exemplificar, vamos aos dados: de janeiro a julho de 2009, o dólar teve uma desvalorização de 16,2% frente ao real, aumentando o preço do leite nacional na moeda americana, o que inviabilizou a manutenção da trajetória de alta nas exportações. O gráfico abaixo demonstra essa dinâmica, comparando os preços de Brasil, Argentina e Uruguai (dois importantes fornecedores de leite do Cone Sul, atualmente são os países que mais exportam lácteos para o Brasil).

Gráfico 4 – Preços (em US$/kg) – Brasil, Uruguai e Argentina* (Argentina a partir de abr/08)

Fonte: CEPEA, Inale e CLAL; Elaboração: MilkPoint

Para efeito de comparação, em 2007, o preço médio pago ao produtor no Brasil, em dólares, foi 28,8% maior que no Uruguai, e mesmo assim tivemos um superávit na balança comercial de lácteos. Já em 2008, essa diferença foi menor: apenas 11,6%, o que resultou em um superávit quase 100% maior que o obtido em 2007.

No entanto, em 2009 houve uma reversão dessa tendência. No gráfico acima, a seta indica o abismo entre os preços do Brasil e de Argentina e Uruguai. Em agosto de 2009, o preço do leite brasileiro em dólar chegou a ser 94,8% maior que o argentino e 87,8% maior que o uruguaio, eliminando qualquer possibilidade de aumento nas exportações brasileiras e, pior, ocasionando forte entrada de produtos lácteos no país, que geraram o déficit de 63,9 mil toneladas exposto no gráfico 3. Soma-se a isso, a queda nas cotações internacionais, que em 2007/2008 atingiram o patamar de US$4.500 a US$5.500/ton e chegaram a US$2.150/ton em 2009, o que fez com que o Brasil só fosse um exportador líquido de lácteos por dois anos, 2007 e 2008.

Apesar do aumento do preço em dólar, o preço do leite em moeda nacional estava baixo. O preço real médio recebido pelo produtor no primeiro semestre de 2009 foi 16,1% abaixo do recebido no mesmo período de 2008. Isto desestimulou a produção nacional: o crescimento da captação de leite formal foi de apenas 1,6%, ante uma média de crescimento de 7,2% nos cinco anos anteriores. Além disso, só houve crescimento na captação pois os preços de leite aumentaram no segundo semestre e passaram a dar maior retorno aos produtores.

No gráfico abaixo, é feita uma comparação entre as variações da RMCR (Receita Menos Custo da Ração) calculada pelo MilkPoint e da captação formal de leite, entre 2008 e 2009.

Gráfico 5 - RMCR (Receita Menos Custo da Ração) calculada pelo MilkPoint a preços reais e a captação formal de leite, mostrando a diferença em % entre 2009 e 2008.

Fontes: IBGE e MilkPoint

Pelo gráfico, fica clara a relação entre o retorno aos produtores e a captação de leite. Em agosto, o segundo mês em que a RMCR foi maior do que quando comparada com 2008, a captação respondeu e tomou contornos positivos até o final do ano, enquanto no primeiro semestre acumulava uma queda de 4,7.

Com esta conjunção de fatores, além de perder competitividade no cenário internacional, o Brasil não conseguiu suprir o crescimento da demanda, o que gerou maiores importações ao longo dos anos. Em 2011, apesar de um cenário favorável, com preços de leite satisfatórios ao produtor, boas margens e crescimento de 4,5% na produção total (e de 5,4% na captação formal), as importações dispararam 47,3%, atingindo 166,6 mil toneladas.

O fator principal deste aumento das importações, mesmo com retornos favoráveis ao produtor e crescimento relevante da produção nacional, foi a vigorosa expansão da demanda por lácteos. Como pode ser visto no gráfico abaixo, somente entre 2009 e 2011, houve uma variação de 9,8% no consumo per capita de leite e derivados lácteos no Brasil, indo de 153 kg/hab/ano em 2009 para 168 kg/hab/ano em 2011. Este movimento pode ser explicado tanto pelo crescimento do PIB quanto pela ascensão da classe “C” na economia, que passou a ter maior poder de compra no período.

Gráfico 6 – Consumo per capita de lácteos (kg/hab/ano) – 2000 - 2012

Fonte: IBGE; Elaboração MilkPoint

Já 2012 teve um cenário diferente. Apesar de preços relativamente satisfatórios, a seca que ocorreu em julho nos EUA fez com que os preços dos grãos disparassem, afetando fortemente as margens dos produtores de leite. Somente entre junho e agosto, houve um aumento de 46,8% no preço do farelo de soja e 26,5% na saca de milho. Com a elevação nos custos com alimentação, o principal custo da atividade, a produção foi desestimulada (expansão de apenas 0,65%) e houve entrada recorde de produtos importados: 180,2 mil toneladas.

Agora em 2013, apesar da queda de 12% nas importações, o volume importado continuou significativamente alto e as exportações permaneceram estáveis. No entanto, a conjuntura como um todo foi diferente e pode trazer novas perspectivas para este ano de 2014. O ano de 2013 começou com a oferta retraída devido à baixa rentabilidade da pecuária leiteira causada pelo aumento no preço dos grãos: no primeiro semestre, a captação formal de leite pela indústria cresceu apenas 0,2% na comparação com o mesmo período de 2012. No entanto, esta oferta reduzida ocorreu por todo o mundo, pois o aumento nos preços dos grãos – e consequentemente a redução da rentabilidade do leite – foi um fenômeno global.

Desta forma, os preços do leite atingiram recordes no segundo semestre, tanto no mercado interno (chegando a R$1,11/litro, ultrapassando pela primeira vez a faixa de R$1,00/litro) quanto no mercado externo, com o leite em pó integral sendo cotado a mais de US$5.000/t pelo Leilão gDT. Entretanto, o preço dos grãos continuou – e continua – elevado, o que faz com que quedas nos preços do leite possam afetar significativamente a rentabilidade do produtor.

Outro parâmetro de 2013 que teve comportamento diferente de 2012 foi o dólar. Enquanto a taxa de câmbio média de 2012 foi de R$1,95 por dólar, em 2013 esta média foi de R$2,16, o que fez com que, apesar da média do leite pago ao produtor ter sido 17,3% maior em real, o preço médio em dólar subiu apenas 6%.

Devido a este cenário, houve um forte aumento na oferta de leite no mercado interno no final de 2013 e neste início de 2014, como relatado por diversos profissionais do setor em comentários nos artigos do MilkPoint. Este aumento da oferta já refletiu nos preços, havendo uma queda de 5,4% no indicador de preços do CEPEA no mês de dezembro para o leite entregue em novembro.

E para este ano de 2014, o que esperar? Economistas apontam que devido à recuperação da economia norte-americana, o dólar deva continuar na casa de R$2,40-2,50 ao longo do ano, favorecendo a posição do Brasil no mercado internacional.

Quanto à produção, é uma variável que ainda necessita do desenrolar de alguns eventos: até onde irá a queda dos preços? Como os custos dos grãos irão evoluir? As perspectivas para o mercado de grãos são de preços de soja sem oscilações muito grandes - mantendo os preços em patamares altos - e de elevação nos preços do milho devido à menor área plantada para a próxima safra. Isto nos traz um cenário negativo: preços de leite menores que em 2013 e custos de alimentação mais altos, diminuindo a margem do produtor e, novamente, desestimulando a produção.

Se por um lado temos uma situação pouco animadora, sob outra ótica, há com o que se animar. O preço do leite nacional em dólar está inferior ao praticado na Nova Zelândia e Europa, próximo dos preços praticados no Uruguai e Estados Unidos e temos a cota de importação de leite argentino, país que está com um nível de preço significativamente inferior ao nosso. Além disso, a Fonterra prevê que os preços de leite continuem elevados, devido à forte demanda chinesa por lácteos.

Gráfico 7 – Preços do leite ao produtor (em US$) em diversos países

Fontes: CEPEA; LTO Nederland; CLAL. Elaboração: MilkPoint

Os dados e projeções mostram que 2014 se inicia como um ano de desafios e oportunidades para o leite brasileiro. Enquanto temos perspectivas de margens apertadas para o produtor, resultando em desafios para diminuição do custo de produção e aumento da eficiência, temos, por outro lado a possibilidade de uma reversão na balança comercial de lácteos brasileira devido aos altos preços internacionais, limitando a quantidade importada e até incentivando o Brasil a exportar novamente. Entretanto, há alguns outros obstáculos no caminho: a velocidade da retomada das exportações. Como diversas empresas não trabalham com exportação, haveria as dificuldades burocráticas e de adequação ao mercado internacional, que poderiam frear esta tendência exportadora; também entra em pauta o “Custo Brasil”, mesmo com o preço da matéria-prima mais baixo, será que os custos “pós-porteira” continuariam deixando nosso leite competitivo no mercado externo?

O desenrolar deste cenário depende da reação dos produtores aos menores preços praticados neste início de ano. Caso a oferta se reduza a ponto de não suprir a demanda, haverá a manutenção das importações. Por outro lado, se mesmo com as condições adversas a oferta continuar firme, o início de um novo caminho para o Brasil voltar a exportar lácteos em volume expressivo estará pavimentado.

ARTIGO EXCLUSIVO | Este artigo é de uso exclusivo do MilkPoint, não sendo permitida sua cópia e/ou réplica sem prévia autorização do portal e do(s) autor(es) do artigo.

CARLOS EDUARDO PULLIS VENTURINI

Economista formado pela ESALQ/USP; Coordenador de Conteúdo do MilkPoint Mercado

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RODRIGO MARTINS DE SOUZA EMEDIATO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 30/01/2014

Em qualquer ramo de atividade, manter-se informado é estratégico. Na hora da crise os informados saem na frente.

infelizmente Leite é uma commoditie, quem define o preço é o mercado. Tem diversos artigos aqui neste portal mostrando isso. Não são os laticínios nem o governo que definem o preço, é o mercado. Não adianta o Brasil começar a exportar, que o produtor não vai ganhar mais dinheiro, possivelmente vai ocorrer o contrário, pois haverá excesso de leite no mercado interno e se a oferta é maior que a demanda, o preço ao consumidor cai, consequentemente o preço ao produtor cairá também. Quem ganhará dinheiro com a exportação será a empresa que estiver exportando.

Nos Brasileiros só vamos exportar se não tiver mais o que fazer com o leite aqui dentro e se o preço do leite dentro e fora do país compensarem a operação.

Se alguém for esperar o governo tomar alguma atitude, esperemos sentados. No máximo vão criar mais uma linha de financiamento ou um programa de extensão rural.

Os bancos estão cheios de créditos para produtores com juros pequenos, o problema é a burocracia e o endividamento do nosso produtor. Com relação ao preço do leite, não há o que o governo fazer. Quando o governo regulou preço no passado TODO mundo perdeu, produtor e indústria.

A lógica do preço do leite é relativamente simples:

1º quem dá as cartas no mercado interno somos nós consumidores, se compramos muito, o preço sobe, paramos de comprar, o leite cai.

2º qual o preço do leite no mercado externo: é menor que o nosso? Se sim, os laticínios vão importar, muitas vezes até fazendo grandes estoques. O clima quebrou a safra de algum grande produtor mundial? O leite sobe no exterior e o Brasil diminui a importação, se tiver excedente interno ele vai exportar e aproveitar o preço internacional.

3º) Nosso produtor não é fiel a nenhum laticínio, não valoriza programas de fidelidade dos laticínios sérios, troca de laticínio por R$ 0,01, assim quando o leite sobra o laticínio também não vai fazer questão de manter certos produtores fornecendo, vai ficar com os fieis, os oportunistas serão sempre moeda de troca.

Nossa economia está patinando, lácteos não são 1ª necessidade, vai sobrar produto nas gôndolas e assim o leite cai, pois o laticínio não tem mais onde colocar este leite. Se ele fizer estoque de leite na forma de UHT, será pior, estará rolando o problema para frente, por isso que as vezes na entressafra o leite também não sobe.

A única coisa que o produtor pode fazer, além de reclamar (que não ajuda muito), é olhar para dentro de casa e ver onde pode ser mais eficiente, ou seja, onde pode mexer para produzir mais barato.

Olhem o gráfico 7, o nosso leite é um dos mais caros do MUNDO, se o leite é um mal negócio porque o mundo produz cada vez mas leite??? Inclusive o Brasil.

Sejamos eficientes, essa é a saída. Qual o custo de 1 litro de leite seu? Se não sabe, certamente você está perdendo dinheiro dentro de casa.
LUCAS MORAES GUIMARÃES

PRATA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/01/2014

Realmente o preço pago ao produtor diminui devido à uma alta oferta, (momentanea) que é repassada ao produtor logo no mês seguinte desagregando valor do seu produto. Não pude observar queda de preços de lácteos em laticineos nem em mercados e atacados, estes empreendedores continuam com as mesmas ou até maiores margens de lucro sobre os produtos lácteos, que constantemente sofrem oscilações de preço na cadeia primária, mas não se reajustam nas demais.
PIRATAN ARAUJO FILHO

ÁGUA DOCE - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/01/2014





Hoje estamos subsidiando o consumidor final, a custo do nosso patrimônio.



... até quando vamos suportar essa situação ?




PAULO RICARDO KLAFKE

SÃO LUIZ GONZAGA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/01/2014

Sou produtor há 20 anos e todos os dias, só se vê falar em exportações,importações,políticas públicas,custos internos no Brasil para se produzir leite,mas em 20 anos, só vi meu patrimônio aumentar, meu trabalho aumentar e minha escravidão pelo leite aumentar, mas até hoje não vi dinheiro no Banco, não vi prazer e descanso da minha família. Às vezes fica aquela pergunta: Até quando vou ficar apaixonado por minhas vacas? É isto que desejo para minha família,consequentemente meus herdeiros? Estes são os maiores motivos que produtores apaixonados pela produção leiteira pulam fora, tomara que não seja meu caso. Políticos Brasileiros vamos esquecer o que se passa no exterior e valorizar mais o produtor Brasileiro!!!!!!!
JANDIR FAUSTO BOMBARDELLI

TOLEDO - PARANÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 23/01/2014

Bom dia, seu João Bosco, se você prestar atenção no gráfico dos preços praticados no mundo a nível de produtor, podemos perceber que de 2009 em diante, olhando pela linha azul, percebemos que e o maior preço praticado no mundo, somente em alguns momentos ficou abaixo de alguns países que tiveram sérios problemas climáticos, a minha preocupação e com o custo do leite a nível de produtor no Brasil, precisamos buscar a eficiência para baixar os custos, que também são elevados em função do preço dos maquinários, peças para ordenhadeiras e principalmente os produtos veterinários que em alguns casos chega a ser dez vezes mais caros do que no Uruguai e Argentina. O consumo per capta de leite no Brasil esta estabilizando em torno de 170 litros, a produção de leite cresce de 4 a 5% ao ano, a população brasileira cresce 1% ao ano, logo teremos excedente de leite, como vamos exportar com o custo Brasil sendo   um dos mais altos do mundo!
MAURO WELLINGTON G PEREIRA

OURO FINO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/01/2014

É comum lermos notícias e textos a respeito da crescente demanda por lácteos no mundo. E esta acompanhada pela baixa ou restrita oferta mundial.

Observam-se também alguns países, com grandes restrições climáticas e territoriais exportando leite em grandes quantidades.

Enquanto isso, continuamos aqui sem perspectivas de entrar nesse mercado. Continuamos refém do mercado interno e suas oscilações. Continuamos a procurar os "culpados" nisso tudo.

O Brasil tem muito a seu favor: (1) área disponível para produção, (2) conhecimento técnico suficiente, (3) produtores capazes de ofertar um produto de acordo com os níveis exigidos internacionalmente.

Por outro lado, aqui não temos (1) organização da cadeia (2) padronização do produto e, principalmente (3) incentivo político para exportação.

E o que podemos fazer? Gostaria de ver, participar, colaborar, incentivar e o que mais for possível fazer para que nossa cadeia de leite se mobilize para mudar esse contexto. É certo que exportação alavanca toda a cadeia do leite e minimizamos e muito a oscilação de preços na safra pelos motivos já conhecidos por todos aqui (aumento de volume e queda de preço ao produtor). Exportar traz benefícios tanto ao exportador pela valorização do seu produto quanto ao produtor que abastece o mercado interno pois soluciona-se mesmo que não alcance os níveis necessários para exportação, este oferta um produto de qualidade e não fica mais suscetível à desvalorização de seu produto na safra.

É tempo de mudança e esta pode começar aqui.

É o que penso.
ELIANE VEGIAN CARNEIRO

PALMITAL - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/01/2014

O preço do leite irá abaixar novamente?O que devemos esperar para este mês? É um caso sério esse nosso leite quando o governo vai dar valor na matéria prima que nosso pais tem?O que o exterior tem de melhor do que o nossos produtos ? Governantes do Brasil devemos olhar mais para os produtores daqui e deixar um pouco de lado a copa nós não vivemos de copa do mundo......
JOAO BOSCO FREZZA AMORIM

CATALÃO - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/01/2014

parabéns ao milkpoint, por colocar matérias para que nós produtores e profissionais da área possamos estar bem informado.
JOAO BOSCO FREZZA AMORIM

CATALÃO - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/01/2014

incrivel o quanto os produtores brasileiros não tem o seu valor que deveria ter.nós vemos produtores a cada dia deixando suas atividades ou melhor a cada 18 minutos um produtor de leite abandonando sua atividade.( dados de pesquisa.) onde nós vemos um preço cepea de queda de 5,4% de novembro para dezembro,sendo que na minha região essa queda chegou nos patamares de 25%,e olhamos nos supermercados não tendo está queda nos preços,precisamos de uma politica mais justa,mais respeito com nós produtores que estamos 365 dias no ano produzindo um alimento que é necessário por todos nós. sou produtor de 3.500 litros dia com estrutura para 10.000 dia mas kd o incentivo.
ROBERTO CALDERIA

SANTO INÁCIO - PARANÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 20/01/2014

OTIMA MATERIA



Parabéns ....
DARLAN PALHARINI

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL

EM 20/01/2014

Parabéns pela matéria.

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