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Uruguai: Conaprole firma convênio para melhorar eficiência energética e uso de energias renováveis em fazendas leiteiras

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 30/10/2014

5 MIN DE LEITURA

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Por onde começar para melhorar a eficiência energética na fazenda leiteira? “Pelo mais fácil e de muito impacto”. Essa pergunta e essa resposta aparecem em um material elaborado pelo Projeto Fomin-Conaprole que guia os produtores de leite do Uruguai na incorporação de energias renováveis em pequenos e médios estabelecimentos leiteiros; uma tendência que cresce no Uruguai e no mundo.

O uso de energias renováveis está entre os primeiros pontos da agenda de sustentabilidade ambiental do planeta e o Uruguai não está alheio a isso. Além disso, com uma perspectiva de preços mais baixos para o leite, tudo o que significar reduzir custos sem baixar a produção é atraente. Nesse sentido, a Administração Nacional de Usinas e Transmissões Elétricas (UTE), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) firmaram um convênio que promove a melhora da eficiência energética e o uso de energias renováveis em pequenos e médios estabelecimentos leiteiros, como uma forma de melhorar a competitividade do setor.

O tema foi discutido em um seminário organizado pela Conaprole em 18 de setembro desse ano. O subgerente da Área de Produção Leiteira e Relações Cooperativas da Conaprole, Gabriel Oleggini, disse que embora o gasto em eletricidade seja de 3% da estrutura de custos de uma fazenda leiteira média, o que leva a supor que a economia energética não seria importante, as auditorias mostraram uma grande variação de consumo anual de energia elétrica entre fazendas leiteiras com características similares. Há diferenças de 40% no consumo – desde 16.500 até 30.000 quilowatts – em estabelecimentos com volumes de 650.000 litros de leite anual, o que em valor implica em US$ 2.800 por ano. Até agosto de 2014, tinham sido auditados 150 fazendas leiteiras. Atualmente, há 50 em processo, ainda que a meta seja chegar a 500 em 2015. As auditorias permitem conhecer a eficiência dos estabelecimentos leiteiros e assessorá-los sobre o tipo de consumo elétrico e as medidas a serem implementadas.

Existe uma variedade muito ampla de medidas e estratégias possíveis a serem realizadas em uma propriedade leiteira para melhorar a eficiência energética. Entre as mais aceitas pelos produtores estão: a correção da energia reativa, a mudança de tanque de resfriamento e o ajuste de tarifa da UTE. Em menor medida, os ajustes nos quadros elétricos, nas chaves diferenciais, o ajuste de potência, o recuperador de temperatura, as bombas de vácuo e a incorporação de timers.

Em uma propriedade leiteira média da Conaprole se consome 36% de diesel e 64% de energia elétrica. A partir desses dados iniciais, foram estudadas alternativas para incorporar energia solar, eólica e biogás.

A energia solar se usa de duas maneiras, como energia solar térmica, onde a única coisa que se faz é aquecer a água, e como energia solar fotovoltaica, que converte a energia solar diretamente em eletricidade. A primeira é muito apropriada para propriedades leiteiras, porque nelas é usada muita água quente para a lavagem das máquinas de ordenha, tanques de frio e instalações. É uma tecnologia simples, sem partes móveis e sem bomba. Tem bons rendimentos. Esses sistemas custam cerca de US$ 2.000 com um tanque de 150 litros e o tempo de retorno de investimentos é de aproximadamente quatro a seis anos. Com o incentivo do plano solar da UTE, cerca de US$ 1.000, p período de recuperação do investimento baixa entre dois e quatro anos.

Segundo Alejandra Straub, da região de Tarariras, onde se instalou a calefação solar, houve redução do consumo de luz e a eficiência é muito boa. “Já faz bastante tempo que está em uso e somente fizemos manutenção nele duas vezes. Precisamos chamar alguém responsável que o reparasse e funcionou. Não tivemos nenhum inconveniente”. Sobre sua manipulação, ela disse que é realmente fácil. Ela decidiu-se por esse sistema, porque na propriedade leiteira, o consumo de luz era alto. “A Conaprole veio e me fez todo um estudo de problemas de corrente, porque a luz não somente se gasta por consumo, mas sim, pela má instalação”.

Gustavo Rodríguez, dono de uma propriedade leiteira na região de Polanco del Yí, instalou um coletor solar há um ano. Não notou grandes diferenças na tarifa da UTE, mas o fez porque estava reformando a sala de ordenha e precisava de mais água quente. “Precisava por mais aquecedores e era muito grande o gasto de energia. Eu tinha um aquecedor de 60 litros e precisava de um de 120 e me decidi por colocar esse de 200 que se aquece com o sol”. Ele disse que acha um bom negócio ter o aquecedor solar, ainda que reconheça que o problema está no cuidado que o pessoal coloca no uso do sistema.

A falta de sol é mais um problema. Os equipamentos têm umas resistências que se prende de noite, em horas em que se consome menos, mas se está o dia todo nublado fica sem água quente. “Pode-se programar para que gaste energia da UTE nas horas que não custa muito a luz. Nós temos tarifa triplo horário e no horário mais barato o prendemos”.

Quanto à energia solar fotovoltaica, Ernesto Elenter, especialista em Eficiência Energética e Energias Renováveis e gerente da consultoria na SEG Engenharia, explicou que há diferentes tecnologias. “Os custos são muito elevados, ainda que estejam baixando, mas o investimento é de US$ 30.000 para produzir cerca de 6,6 quilowatts, com um período de retorno do investimento de 12 anos e uma taxa de retorno bastante baixa, da ordem de 5%”. Esse período de retorno é muito grande, salvo que se podem aplicar exonerações fiscais.

Para os estabelecimentos maiores, com uma instalação de 40 quilowatts (que seriam 250 metros quadrados de painéis) o custo é um pouco menor por quilowatt instalado. O investimento é de US$ 110.000 e o período de retorno é de nove anos, considerando a lei de promoção de investimentos. Isso é mais razoável pensando que essa tecnologia tem uma vida útil de 20 anos.

Com os micro-geradores de energia eólica, as rentabilidades são piores que com a fotovoltaica, com períodos de retorno de mais de 15 anos. Além disso, há outras dificuldades associadas, são poucos os moinhos de vento pequenos que têm justificativas que tornem criveis a quantidade de energia que geram e têm muitas partes móveis, o que demanda uma manutenção mais exigente.

O biogás é gerado em sistemas anaeróbios – biodigestores – a partir dos excrementos dos animais. Produz-se gás metano que pode ser utilizado como recurso energético, seja para aquecer na cozinha uma fornalha ou para gerar eletricidade.

A reportagem é do El Observador, traduzida pela Equipe MilkPoint Brasil.
 

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VALDINEI

QUATIGUÁ - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/11/2014

A Equipe Milk Point Brasil, Parabéns.

Eu gostaria de ver medidas como estas sendo implementadas, aqui no Brasil. mas tenho um pedido, uma reportagem sobre - biodigestores para pequena propriedade leiteira dessas de 600 a 1000 litros de leite dia, para produção de gas,.para queima e até mesmo para motor a explosão interna, no uso de irrigação.

grato

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