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RS: produtores alegam prejuízos e descarte desnecessário de leite devido a maior rigor da indústria em testes

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 17/11/2015

2 MIN DE LEITURA

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A confiabilidade dos tetes rápidos realizados pela indústria para detectar resíduo de antibiótico é questionada por produtores de leite do Rio Grande do Sul. Eles alegam que o método estaria causando descarte desnecessário da matéria-prima. O pecuarista Alverino Ozelame, 52 anos, de Espumoso, no Norte, estima um prejuízo de mais de R$ 35 mil. No ano passado, ele teve o produto recusado cinco vezes, somando 20,9 mil litros.

O problema, segundo ele, é que esses mesmos exames, quando feitos na fazenda, não indicavam a presença de medicamentos, mas, assim que a carga chegava ao posto de resfriamento, o resultado era diferente. Ozelame decidiu, então, enviar amostras para um laboratório de São Paulo. Em duas ocasiões, não foram detectados resíduos e, em outras três, a quantidade ficou abaixo do máximo valor previsto em uma resolução que abrange o Mercosul (GMC 54, de 2000).

– Hoje, a indústria utiliza um teste que apenas identifica se tem ou não resíduo. Eles não poderiam condenar a carga sem quantificar. A indústria quer mostrar que é séria e, para isso, precisa punir alguém. Não tenho mais confiança para medicar os animais. – reclama o pecuarista, que tem 300 animais, sendo 170 em lactação, das raças jersey e holandesa. 

Em Campos Borges, no Noroeste, Adairton Pereira da Paixão, 49 anos, teve de bancar o descarte de 3.480 litros – dos quais só cerca de 250 eram dele – após um teste rápido detectar resíduo de antibiótico no leite recolhido.

Segundo a fiscal federal agropecuária Beatris Sonntag Kuchenbecker, do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal, do Ministério da Agricultura no Estado, a lei não permite a venda de leite com resíduos de medicamentos veterinários, como antimicrobianos (ou antibióticos), antiparasitários e anti-inflamatórios.

Beatris explica que as normas que orientam fiscais e a indústria – o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa) e a Instrução Normativa 62/2011 – não falam em um “limite tolerável”:

– A lei diz que não pode haver substâncias estranhas à composição do leite. Nenhuma.

Ministério da Agricultura e Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS) garantem que os testes rápidos são confiáveis e trazem segurança.

Segundo Beatris, análises mais apuradas, que pudessem quantificar e não só identificar ou não resíduos, são impraticáveis, pelo tempo e investimentos demandados.

Presidente do Sindilat-RS, Alexandre Guerra reconhece que a indústria está mais rigorosa hoje, após inúmeras fases da Operação Leite Compen$ado, do Ministério Público, que identificou fraudes cometidas por transportadores:

– Ampliamos o número de testes e investimentos para se proteger ainda mais. As análises seguem a IN 62 e o plano de qualidade de cada empresa. Como consumidores, todos querem qualidade.

Segundo Guerra, a recomendação é que os produtores enviem pelo transportador uma amostra do leite do animal tratado, após o período de carência, para a indústria testar. Assim, o pecuarista se certifica de que a matéria-prima não tem resíduos de medicamentos e não corre risco de prejuízo.

As informações são do Zero Hora.

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TIAGO FERRER TORRES

ITAJUBÁ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/04/2017

Estou tendo problemas com resíduo de antibiótico também, no meu rebanho de 230 animais em lactação ocorreu presença tipo Beta. Após a carência de 55 dias do antibiótico de vaca seca ( cepravim) os testes continuam dando positivo. No membro tenho descartado leite de 26 animais.  Tanto o laticínio quanto o laboratório do medicamento não responsabilizam pelas perdas. Neste caso, onde está o erro? Do laticínio que utiliza um teste qualitativo ou do laboratório de medicamento que não me dá satisfação sobre os dias excedentes de antibiótico positivo?  
MAICON HEITOR DO NASCIMENTO

NAZARENO - MINAS GERAIS

EM 22/11/2015

olá





Outro ponto a ser lembrado é a super dosagem, onde se usa, mais produto do que esta recomendado, o que faz o PERÍODO DE CARÊNCIA, prolongar.



Falando em antibiótico, o bom e sempre trabalhar com mais de um/dois dia extra do período da bula. Sendo que deve ter boas marcações nos animais...



Outro ponto a ser considerado é, o tratamento de vaca seca. Pois acontece muito de achar que a vaca, falta 60 dias para parir, onde a marcação esta errada ou até mesmo adianta o parto. Dessa forma, resultando em leite com antibiótico.

É só ler a bula dos medicamentos com atenção, que estará escrito a carência.



E sempre trabalhar com honestidade, desde o laticínios/ cooperativas, técnicos, transportador até o produtor...



Separar o leite de animais duvidosos, e fazer a análise, antes de colocar no tanque. Colocar apenas quando tiver a certeza do teste ser negativo.



Tema de grande relevância. Parabéns.



Abraço


RICARDO

ABELARDO LUZ - SANTA CATARINA - ESTUDANTE

EM 21/11/2015

Isto é  fato os produtores do sul frauda muitos os leites, e não podem reclamar pois são os que mais fazem isso, sou Técnico em quimica e trabalho como analista em uma empresa da lbr, o antibiotico tem q ser negativo, o leite tem que ser isento de qualquer substancia quimica q não seja produzido por ele.
EDIEL ANDRÉ KERBER

CONSTANTINA - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 19/11/2015

A discussão é necessária e válida. Se a exigência é grande, logo, precisamos de padronização a nível nacional e confiabilidade em todos os testes e produtos disponíveis.



Animais tratados com tetraciclinas e penicilinas quase sempre possuem período de carência maior que o estipulado em bula, mesmo quando usado na dose recomendada pelo fabricante. Isso é fato e não "achismo".



Fatos preocupantes, vergonhosos e que mostram a falta de padrão e confiança é quando o leite de um animal tratado com tetraciclina dá positivo para penicilina; ou leite de animal tratado com diclofenaco dá positivo para antibiótico. Esses fatos dão total insegurança para os produtores e para quem faz a recomendação.



Temos no mercado produtos licenciados há 10 anos, alguns 15 ou mais, e aí vem a minha dúvida, os testes de hoje são os mesmos que a 15 anos atrás? Os mesmos produtos licenciados pelo MAPA (com um determinado período de carência), não estão passando pelos testes aprovados pelo próprio MAPA. Há contradições!!



Sem dúvida precisamos melhorar a qualidade deste nobre alimento. A caminhada para chegar até lá é grande. A padronização de testes e licenças dos produtos, além da honestidade e comprometimento de indústrias, produtores e técnicos serão necessários.
FERNANDO FERREIRA PINHEIRO

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

EM 19/11/2015

A discussão deste tema é muito importante. Primeiro precisamos entender a legislação, o que a Fiscal Federal Agropecuária expôs está descrito no RIISPOA, Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. o RIISPOA foi instituído em 1952 através de um Decreto - Lei, portanto está acima de qualquer Instrução Normativa, sendo assim, a lei realmente não permite qualquer resíduo de elemento estranho à composição do leite, incluindo os resíduos de antibiótico, mesmo dentro de limites do Codex. A lei é antiga, é, mas enquanto o novo regulamento não é publicado fica a discussão entre legislações. Outro ponto são os testes utilizados nas indústrias, as mesmas devem fazer as análises para garantir a segurança de seus produtos e atender a legislação. Além disso, o teste precisa ser feito em tempo hábil para liberar a recepção do leite e a logística de coleta. Sendo assim, precisa se utilizar ferramentas que possuam agilidade e flexibilidade para detecção de vários agentes. Infelizmente os testes disponíveis e que permitem essa ação são apenas qualitativos. A única metodologia quantitativa aceita pelo MAPA e pelo Codex é a cromatografia líquida de alta performance (HPLC), que na rotina de recepção de leite ainda não é viável. Com relação aos testes rápidos qualitativos disponíveis,a EMBRAPA Gado de Leite, à pedido do MAPA, validou alguns destes testes. Sendo assim, há ferramentas com qualidade validada por uma instituição séria, sendo assim cabe às indústrias buscar estas ferramentas de seriedade e qualidade validados. Se a indústria busca o mais barato sem qualquer validação, então neste caso concordo com o que foi pontuado pelos produtores. O assunto é sério e precisa ser tratado com a devida seriedade. E um outro ponto importante é o fato de haver testes rápidos, qualitativos e validados que também podem ser usados nas propriedades para assegurar a inexistência de resíduos. E dentre estes testes há ferramentas com o custo acessível para produtores médios e grandes, para esses produtores a segurança oferecida pelo monitoramento na fazenda é muito maior que as eventuais perdas financeiras devido a presença de descarte, ou seja, ao invés de simplesmente controlar período de carência, a propriedade pode também monitorar a presença ou ausência de resíduos. E quanto ao período de carência, o mesmo é estabelecido através de trabalhos científicos e estatísticas, sendo portanto uma medida feita em um rebanho, mas que sofre interferência do indivíduo, da forma de aplicação e se houve associação de medicamentos. O período de carência é importante, mas não pode ser a única forma de prevenir. O fato é que a cabe a todos da cadeia assegurar que o alimento (leite e derivados), não ofereça risco ao consumidor.
SÁVIO COSTA SANTIAGO DE BARROS

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 18/11/2015

O interessante é que a recomendação de descarte funciona.



Quem vive o dia a dia da Indústria e sofre fiscalização sabe que não tem como receber produto com resíduo;



Agora me expliquem os que sempre dizem que a culpa é da indústria porque só dá antibiótico sábado, domingo e feriados?



O produtor tem que entender que produzimos alimento e que leite contaminado deve ser descartado.



Temos um sistema de contra prova na fazenda. A realidade é que a contra prova sempre dá positica e em todos os casos constatamos que o produtor descuida na liberação de animais antes do prazo, geralmente acontecem com funcionários "folguistas".



Portanto, devemos desenvolver métodos visuais de marcação de animais em tratamento além de anotações como acontecem em fichas de programas BPF.


ALEX SANDRO DE MORAES

VARGEÃO - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/11/2015

Sou produtor de leite, e exatamente no mês de setembro deste ano 666 litros de leite provenientes da nossa propriedade deu positivo para o teste de antibiótico, o problema então foi que nós não haviamos tratado nenhuma vaca com antibiótico. A única coisa que havia sido feito era aplicação em um quarto mamária de uma mistura de 6 gotas de PRÓPOLIS com 25 ml de água fervida, prática que vem sendo efetuada a mais de 10 anos na propriedade para o controle de mastites durante a lactação por conta de se tratar de um medicamento natural, sem nunca ter ocorrido algum problema com testes para antibiótico.  Quando se usa um medicamento químico convencional tudo bem em se aceitar que o período de carência possa se estender por conta de condições adversas do organismo animal, mas no meu caso em que se usa um produto natural os testes acusarem antibiótico em um tanto duvidoso não acha? Será mesmo que esses testes são 100% confiáveis como as indústrias dizem? Produzir leite saudável é coisa séria e envolve investimento e dedicação do produtor que espera ter o seu produto reconhecido, o que não pode é que todo o seu trabalho e esforço para garantir a qualidade e isenção de produtos químicos seja lixada dessa maneira a qual descrevi.
SERGIO LOPES DE AZEVEDO

GUARANI - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/11/2015

é uma pena que em outras regiões não se tenha este tratamento,  se assim fosse  os picaretas da produção cairiam fora.
EDUARDO MÜHL

PASSO FUNDO - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/11/2015

Não sei se cabe a essa reportagem mas estamos tendo problemas aqui no sul com período de carência de antibióticos que em bula diz 6 dias de descarte mas alguns produtores por precaução mandando analises após o 6º dia de aplicação e alguns casos até 15 dias e ainda esteve aparecendo residuais de antibióticos.

Recentemente comentando com colegas tem muito produtor que não respeita o período de carência ou mesmo nem fazem o descarte de leite e não são pegos nos testes, então os testes para alguns antibióticos são eficazes e outros não?

Para mim qualquer produto que não pertença a composição do leite não deveria estar ali.

Com a crescente população acho eu que deveria estar mais organizado para podermos ter um leite de alta qualidade no Brasil. Amanha ou depois ocorre um problema de aparecer antibióticos no leite que vai sair do Brasil e dai vai ficar muito mais ruim do que já esta para o produtor.  
MARCOS SCALDELAI

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/11/2015

Simples: aguarda-se o devido tempo de carência, usando dosagens corretas para cada animal. Animais debilitados e com várias parições são mais lentos em livrar-se dos princípios ativos. Isso também vale para raça e score corporal, na dúvida, a resposta está no último parágrafo.  Boa sorte!
FLORISVALDO PEREIRA DA SILVA

SANTA RITA DO SAPUCAÍ - MINAS GERAIS

EM 18/11/2015

A 10 anos atrás ouvi diretamente de um produtor, com título de Conde, na Emilia Romana, norte da Itália, que seria imediatamente preso se o leite produzido por sua fazenda apresentasse traços de antibióticos, ao chegar à indústria. Para isso, isolava os animais em tratamento, até que o leite destes animais estivesse completamente livre de resíduos. Aqui, se a indústria "flexibiliza as análises" é enquadrada; se é rigorosa, é criticada. Produtor rural não é coitado; aliás, existem produtores que administram seus empreendimentos com mais capacidade que muitos administradores de grandes empresas.
HENRIQUE ROCHA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/11/2015

A determinação do Codex,  orgão Mundial que define os níveis aceitáveis de resíduos em carne e leite determina que o Ceftiofur é aceitável até 100 ppm por litro de leite, e isso é determinado para definir o período de carência dos medicamentos, que é regulamentado pelo próprio MAPA. Portanto o MAPA libera um produto com carência Zero pois os níveis de ceftiofur não atingem 100 ppm se usado conforme bula, e a IN62 também diz em seu texto que o produto deve ser usado conforme carência do fabricante.

Em momento algum da IN62 ela cita que o uso ou níveis de ATB no Leite são proibidos.

Está clara uma situação de interpretação errônea por parte do Fiscal Federal da lei e regulamentação brasileira.

E a Industria tem muita culpa, pois ela sempre soube que os testes tem que ser quantitativos não qualitativos.

Isso virou um jogo de empurra e quem continua sofrendo é o produtor.

DOUGLAS HENRIQUE SILVA CORREA

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 17/11/2015

Fiscalização no sul do Brasil funciona, nos demais estados é q nos deparamos com a precariedade. Será que só nos estados do sul que temos fraudes no leite ou nos demais estados da União a lei não funciona na prática ?!.
MARIUS CORNÉLIS BRONKHORST

ARAPOTI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/11/2015

Quem faz paga e a lei é para todos.Aqui no Parana é rigido e quem contanina paga o prejuizo ponto.......

Mas porque Só o gaucho reclama de regras claras e serias?????


BELCHIOR DA SILVA

NOVA PRATA - RIO GRANDE DO SUL

EM 17/11/2015

Esperamos que cada vez fique mais difícil para fraudar o leite, os produtores aos poucos vão se adequar e com isso serão melhor remunerados com seu produto...


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