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Rodrigo Alvim: Câmara Setorial debate preço e qualidade de leite importado

RAQUEL MARIA CURY RODRIGUES

EM 04/03/2016

3 MIN DE LEITURA

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Na semana passada, ocorreu em Brasília (DF), a reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O MilkPoint entrou em contato com Rodrigo Alvim, presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e presidente da Câmara Setorial de Leite e Derivados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que traçou um panorama sobre os principais pontos discutidos.



“Inicialmente o DIPOA (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal) fez uma apresentação sobre o que ocorreu em 2015 e explanou o planejamento para 2016. A grande novidade foi o anúncio de uma medida no processo de desburocratização da gestão, que permite a concessão automática do registro dos produtos de origem animal com regulamentos técnicos específicos. Isso engloba o registro do rótulo, a composição e o processo de fabricação do alimento. Hoje, o procedimento demora, em alguns casos, até oito meses. Com a mudança, a obtenção do registro será instantânea, e o Mapa terá mais tempo para se dedicar à fiscalização”, disse.



Ainda sobre o assunto, Rodrigo frisou que as indústrias que não estiverem cumprindo com as especificações terão a perda do seu produto no mercado, além de terem que fazer um recall, que é uma ação bem cara para um país com as nossas dimensões. “A responsabilidade das indústrias aumentou”, completou.

De acordo com Alvim, outro assunto debatido foi o uso dos tanques comunitários, que, no seu ponto de vista, é muito interessante, mas há a necessidade de uma amostra individual de cada produtor que o compartilha, porém, a amostra ainda é referente ao tanque como um todo. “Essa é minha discussão de muito tempo com o MAPA e a minha sugestão é que indústria faça uma amostra individual de cada produtor até para rastrear a qualidade e o leite de cada um deles”.

Sobre produtos lácteos específicos, o presidente da FAEMG citou que o requeijão foi assunto de uma das discussões. “O autêntico requeijão deve ser produzido com gordura animal. No passado, o produto que substituísse a gordura animal pela vegetal era chamado de especialidade láctea e essa denominação voltou a ser pauta, porém, não sou a favor e sugeri que haja uma inspeção para que todos os requeijões sejam produzidos apenas com gordura animal e que o nome não seja alterado”, disse.

Sobre o aumento da competitividade do leite, uma apresentação longa foi exposta aos participantes e referiu-se a um programa lançado pela ministra Kátia Abreu há mais de um ano. O programa é baseado em sete pilares: respeito ao crédito; assistência técnica; melhoramento genético; qualidade; marketing dos produtos para incentivar o consumo de lácteos e a abertura de novos mercados; e por último, normas, ministérios e marcos regulatórios. “Se nós estamos discutindo competitividade, consequentemente precisamos melhorar a nossa produtividade e aumentar nosso volume de produção. A ministra, que tem como responsabilidade vender e divulgar o agronegócio brasileiro, ao meu ver, acabou se precipitando, pois abriu mercados sem antes aumentarmos a escala de produção. Ela faz o seu serviço com maestria, foi para China, Rússia, Emirados Árabes, mas agora, precisamos produzir para atender esses mercados”. De acordo com ele, o projeto foi apresentado com detalhes e o pilar mais importante e que está angariando fundos para melhorias e expansão é a assistência técnica.

Importações

Rodrigo ainda salientou que foram debatidos assuntos com relação às novas políticas de incentivo para a produção de leite na Argentina adotadas pelo atual presidente Mauricio Macri, que inclui subsídios para o leite e o fomento das cadeias do agronegócio como um todo, o que pode aumentar a pressão de exportações argentinas para o Brasil, apesar de termos um acordo de volume de cotas de importação acordado com o país. “Além disso, foram discutidos os preços muito baixos das importações, não só do Mercosul, mas também dos Estados Unidos, inclusive eventualmente abaixo dos preços praticados pelo GDT - que já estão baixos – o que seria um concorrência extremamente predatória, ainda mais porquê, esses produtos estão sendo importados por tradings para participarem de concorrências públicas e do programa mais leite, que só no Estado de São Paulo demanda 2 mil toneladas de leite em pó por mês”.

Na sequência, ele finalizou pontuando que as tradings estão utilizando produtos importados para concorrerem e ganharem as licitações e esse ato é proibido pela instrução normativa nº 11, que decreta que a concorrência com dinheiro público não pode ser vencida por produtos importados. “Além do mais, entrou em pauta a possível baixa qualidade desse leite importado, que eventualmente, pode nem ser leite em pó, mas sim, um produto similar”.

Equipe MilkPoint 

RAQUEL MARIA CURY RODRIGUES

Zootecnista pela FMVZ/UNESP de Botucatu.

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BRUNO PIOVEZANA RINCO

MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/03/2016

Penso que cada um pode expressar a sua opinião aqui nos comentários. Respeitar opiniões diferentes faz parte de uma boa educação.

Cada um é livre para opinar o seu ponto de vista.
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/03/2016

O prêço do leite  e seus  derivados, já esta caro nos mercados, é necessário tirar todos os impostos que entram na cadeia do leite, pois é o produtor que pede socorro  , não os mercados, para que o aumento seja ao produtor, pois é questão de sobrevivência nossa, caso contrário as compras diminuem , atrapalhando o consumo.
ÂNGELO MÁRIO LACERDA

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/03/2016

Com leite no mercado internacional na faixa de U$ 1.800,00 não tem como o produtor brasileiro ser competitivo. O produtor tem que começar a dar impotência para o volume de leite em pó importado que entra no Brasil, o volume é muito grande o impacto negativamente no preço pago ao produtor. Se as industrias de laticínios secassem o volume de lente em pó que importamos a procura pela matéria prima iria aumentar bastante e isso faria com que o preço para o produtor aumentasse bem. É a leite da oferta e da procura. Os representantes do setor deveriam pressionar o governa a criar mecanismo para diminuir bastante o leite em pó importado pelo menos enquanto ele estiver abaixo dos U$ 3.000,00.
JOÃO ALEXANDRE RIBEIRO

MORRINHOS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/03/2016

o produtor de leite precisa, sim, da redução dos custos de ´produção. Tanto dos compradores   quanto do governo. O produtor de leite tem que estar capacitado, também, para saber produzir pelo menor custo possível.
FERNANDO FERREIRA PINHEIRO

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

EM 07/03/2016

Há muita coisa estratégica a ser discutida, mas amostra de produtor de tanque comunitário não é o caso. Para começar, que é preciso definir muito bem o que é tanque comunitário e diferenciar de Associações que coletam e reúnem grandes volumes de leite (20.000 L) em instalações como se fossem postos de leite, ajuntadores e grandes produtores que dividem o volume entre filhos para não perder o crédito de ICMS (repartindo a produção). Em todas essas situações há vários produtores reunindo leite em um tanque, mas nenhuma delas segue a premissa de atender somente pequenos produtores. Quando se falou em normatizar os tanques comunitários, inclusive com o controle de qualidade, falou se também em limitar o tamanho dos tanques e o raio de ação dos mesmos. Por que isso não foi levado adiante? Porque isso inviabilizaria muitas associações, que atuam como verdadeiros laticínios, mas sem as obrigações dos mesmos.  Fora outras questões técnicas, que precisam ser consideradas, como mencionado acima.



Quanto aos demais assuntos, quem quer estar entre os 5 maiores produtores de leite do mundo precisa estar preparado para fazer parte do comércio mundial. E estar pronto não depende apenas de produzir com qualidade, mas possuir estrutura de estratégia para discutir e buscar soluções para gargalos da competitividade.
ÂNGELO MÁRIO LACERDA

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/03/2016

Este governo deveria criar limites para a entrada de leite do Uruguai como já acontece com o leite argentino. Além disso, deveria criar um mecanismo de proteção com um gatilho automático, toda vez que o leite no mercado internacional ficasse abaixo de U$ 3.000,00 a tonelada. Há anos sofremos com a entrada discriminada de leite importado e devido ao custo Brasil, as industrias brasileiras não tem como competir com o leite importado mesmo com o dólar na faixa de R$ 4,00.
BRUNO PIOVEZANA RINCO

MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/03/2016

Pois tanto a indústrias quanto os produtores não aguentam mais impostos/tributos e despesas em geral que o setor bem acumulando. O setor agropecuário no Brasil está falido.
BRUNO PIOVEZANA RINCO

MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/03/2016

Conhecer a realidade e as dificuldades reais deveria ser um dever dos governantes.

Como um laticínios por exemplo que possui 1000 tanques comunitários pode coletar amostras individuais de cada produtor desses 1000 tanques. Sendo que os produtores entregam leite geralmente todos na parte da manha.

Seria necessário ter 1000 funcionários para realizar esta coleta sendo um funcionário em cada tanque ou ter 34 funcionários trabalhando todos os dias para dar conta de coletar os 1000 tanques dentro do mês e detalhe mandando remessas todos os dias para o laboratório.

E os custos para esse processo quem vai arcar? O governo??

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