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Rentabilidade da atividade leiteira: 5 perguntas para Christiano Nascif

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 04/05/2015

5 MIN DE LEITURA

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Christiano Nascif é Zootecnista e Mestre em Produção de Ruminantes pela Universidade Federal de Viçosa e coordena diversos projetos junto a universidade e no Sebrae, como o Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira (PDPL) e o Projeto Educampo/Sebrae Minas. Atua como consultor do Sebrae Ceará e Senar Nacional. É também coordenador técnico do Projeto Gestão Econômica e Financeira do Sebrae Minas nos segmentos: apicultura, hortifruticultura e suinocultura. Sócio – proprietário da empresa Labor Rural Serviços e Empreendimentos Ltda. e atua como consultor autônomo de empresas rurais e projetos agropecuários.

Vencedor do Prêmio Impacto 2013 oferecido pelo MilkPoint, será um dos destaques do Interleite Sul, que será realizado em Foz do Iguaçu, PR, entre 18 e 19 de junho próximo, abordando o tema “Análise de índices econômicos e de produtividade norteando a assistência técnica” na manhã do dia 19 de junho.

A assistência técnica ao produtor rural é um modo de transferir tecnologias competitivas para os fazendeiros. Objetiva o desenvolvimento e evolução da produção de leite e tornando possível a manutenção do homem no campo. O profissional responsável geralmente assume posição de orientador na relação com o produtor, enquanto juntos buscam melhorar a propriedade através dos meios disponíveis.

O MilkPoint entrevistou Christiano para antecipar algumas curiosidades sobre a palestra e o tema. Confira:

MilkPoint: Quais são os índices mais relacionados à rentabilidade, de acordo com os dados que você tem acompanhado nesses índices todos?

Christiano Nascif: Os índices técnicos que mais se relacionam com a rentabilidade, são principalmente aqueles que envolvem o fator terra. Como o maior estoque de capital imobilizado na atividade leiteira é referente ao valor empatado em terras para a produção de leite, se queremos aumentar a eficiência do uso do capital, ou seja, a rentabilidade, temos que intensificar de forma eficiente a uso da terra. Sendo assim o indicador L/ha/ano tem uma importância fundamental para o sucesso na sustentabilidade econômica e ambiental da atividade.

MP: Em sua opinião, o setor tem evoluído em termos de gestão e aplicação correta de tecnologia?

CN: Há um descompasso entre a intensificação do uso de novas tecnologias para a produção de leite e a modernização e uso de ferramentas de gestão técnica e econômica da atividade leiteira. Na maioria das vezes, há uma preocupação em usar novas tecnologias, porém de uma forma isolada, descontextualizada, o que não surte o efeito esperado. Desta forma, muitas boas tecnologias desenvolvidas pelos centros de pesquisas são “queimadas”. Houve um avanço na preocupação e valorização da gestão econômica e financeira, de recursos humanos, ambiental, estratégica, entretanto, ainda há muito que evoluir nestes quesitos.

MP: Em que diferem os índices do Sul e do Sudeste/Centro-Oeste?

CN: No Sul do Brasil, em relação às regiões Sudeste/Centro-Oeste, as características das propriedades leiteiras são diferentes. Normalmente são menores, em termos de utilização de área; tem uma forte participação de mão de obra familiar; na maioria das vezes não é a única atividade agropecuária explorada na propriedade. As condições edafoclimáticas também permitem um sistema de produção diferenciado, inclusive no que tange ao período de maior oferta de leite, o da região Sul é diferente das regiões Sudeste/Centro-Oeste.

Diante deste cenário, os indicadores referentes ao uso dos fatores de produção mão de obra e terra são bem diferentes, o que causa impacto na rentabilidade da atividade na região Sul, além de termos que considerar que o mercado de leite, que tem também um comportamento diferente em relação ao Sudeste/Centro-Oeste.

Enfim os desafios são diferentes, daí a importância de termos valores de referência técnicos e econômicos regionalizados, pois são mais efetivos do que os gerais, que consideram a média brasileira.

MP: Quais são as principais limitações que se encontra para que as fazendas tenham boas informações financeiras?

CN: A geração produtora de leite no Brasil ainda convive com a ressaca do tabelamento do preço do leite, daí não dá a devida atenção e importância aos custos de produção como ferramentas para as tomadas de decisões futuras e planejamento da atividade. Custos são medidas de um passado, para que no presente possamos planejar um futuro melhor para a nossa atividade, sem incorrer em erros anteriores e melhorando os indicadores técnicos e econômicos.

A idade média do produtor de leite brasileiro é de 55 a 60 anos, sendo que o tabelamento do preço do leite deixou de existir há 23 anos, quando o produtor de leite atual tinha 37 anos, certamente ele já estava inserido na atividade leiteira. Antes o custo determinava o preço, após o período de tabelamento, o preço (mercado) determina o custo de produção.

Como acredito que o produtor de leite é reflexo á semelhança do técnico que o assiste, temos duas saídas: aumentar a oferta e possibilidade de assistência técnica e gerencial competente á classe média do leite; e a mudança na formação dos futuros profissionais dentro das academias, ambas as soluções ainda estão muito incipientes.

MP: Quem for ao Interleite Sul, em 18-19 de junho, sairá com que informações de sua apresentação, em linhas gerais?

CN: O participante do Interleite Sul/2015 sairá com uma noção clara da necessidade e do poder de transformação, de uma assistência técnica e gerencial eficiente dentro de uma empresa rural, no caso, pecuária leiteira, além da importância para o país. Outro assunto que será abordado, será a eficiência na transformação de fatores de produção em renda, sempre utilizando informações práticas e reais, resultados de mais de 1000 empresas produtoras de leite que acompanhamos mensalmente há mais de 20 anos. Espero e farei de tudo para que o público que for ao Inteleite Sul/2015, fique satisfeito com a nossa apresentação. Nos encontraremos lá!

Nascif já participou de vários Interleites. Suas palestras são caracterizadas por dados muito consistentes, didática ímpar e interação com o público. Não por acaso, está entre os 10% mais bem avaliados entre todos os palestrantes da história do Interleite.

Interleite Sul

O Interleite Sul 2015 irá ocorrer nos dias 18 e 19 de junho, em Foz do Iguaçu. É organizado pelo MilkPoint, com a co-realização da Ceres Qualidade e do programa Oeste em Desenvolvimento. Conta também com o patrocínio diamante especial do Sebrae e da Itaipu Binacional; com o patrocínio diamante da Vallee; com o patrocínio platina da Adisseo, Agroceres Multimix, Bayer, Itambé e Vetoquinol; e com a participação da Inabor e CRV Lagoa. Possui ainda o apoio da FAEP/Senar, Cooperideal, Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), UDC Centro Universitário, Parque Tecnológico Itaipu, FIEP, AMOP, Caciopar, APCBRH, Embrapa, Emater, Sindvet, GTPS, CCAS, dos jornais Folha Agrícola e O Presente Rural e das Revistas Feed & Food, Leite Integral, Mundo do Leite, Inforleite, Balde Branco e da Revista SindRural.

O evento terá 14 palestrantes nacionais e internacionais, tratando de temas de interesse para o mercado e para a produção de leite no Sul do país. Um momento de ampliação de conhecimento, relacionamento e negócios.

Não fique de fora desse grande encontro! Para conhecer a programação e realizar a sua inscrição acesse www.interleite.com.br/sul. Participe!

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ARNALDO ALVES DE OLIVEIRA

NAVIRAÍ - MATO GROSSO DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 05/05/2015

Não vejo outra saída para se firmar numa atividade a não ser a capacitação continua de todos os envolvidos, trazendo para si cada um a sua responsabilidade de suas atribuições de modo responsável.

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