As previsões de números de vacas, produção de leite por vaca e produção de leite não mudaram no relatório sobre previsões para o setor de lácteos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado em 14 de março. A razão entre preço do leite e preço da ração apoia a expansão; entretanto, o clima adverso e a má qualidade da forragem limitará a produção de leite por vaca no curto prazo. A expansão do rebanho provavelmente será mais tarde nesse ano. As previsões do preço do leite e dos produtos lácteos foram aumentadas nesse mês com base na forte demanda, estrangeira e doméstica.

A produção de leite por vaca também não mudou com relação à previsão de fevereiro, de 10.083,31 quilos/vaca. O crescimento na produtividade por vaca ficou abaixo da média dos últimos cinco anos em janeiro. É provável que o inverno mais frio que o normal na região alta do Meio-Oeste, combinado com a aparente qualidade variável da forragem na colheita de feno do ano passado, tenha contribuído para uma produção menor do que a esperada por animal. Em contraste e apesar das condições de seca, a produtividade por cabeça aumentou na Califórnia e foi apoiada pelo aumento anual de quase 5% em janeiro no estado. Um retorno à qualidade mais normal de forragem nessa primavera na maior parte dos Estados Unidos provavelmente aumentará a produção de leite por vaca no segundo trimestre. A previsão é que a produção de leite não mude a partir de fevereiro, em 93,30 bilhões de quilos para o ano.

Os abates de vacas leiteiras permanecem fortes, mas os preços para novilhas de reposição e bezerras estão maiores que no ano passado, sugerindo que a expansão do rebanho pode estar iminente.

Os preços do milho não mudaram com relação a fevereiro, mas o alcance de preços diminuiu no relatório desse mês, para US$ 4,25-US$ 4,75 por bushel, apesar dos valores do milho estarem levemente superiores nas projeçoes. As previsões de preços do farelo de soja também se elevaram para US$ 450-US$490/tonelada nesse mês, à medida que o menor esmagamento de soja reduziu a projeção de produção de farelo de soja. Os preços preliminares da alfafa em fevereiro foram reportados em US$ 188 por toneladas, mais que em janeiro, porém bem abaixo do ano anterior. Esses preços projetados da alimentação animal provavelmente terão um pequeno impacto na razão entre o preço do leite e o preço de concentrado, reportado em 2,55. Grande parte da força dessa razão pode ser atribuída aos preços recordes do leite.

As exportações equivalentes de leite comerciais aumentaram nesse mês, para 5,62 bilhões de quilos com base em gordura, devido ao forte movimento até agora nesse ano dos queijos ao México e Coreia do Sul. Além disso, as exportações de manteiga para a África do Norte e aos países do Oriente Médio estão mais fortes do que o projetado anteriormente, ajudando a aumentar as previsões de exportações. As exportações com base do sólidos desnatados não mudaram com relação à previsão do mês passado, em 17,33 bilhões de quilos, à medida que as maiores vendas de lactose e queijos são compensadas pelas previsões levemente menores de exportações de leite em pó desnatado e soro do leite. As importações com base em gordura e sólidos do leite não mudaram com relação a fevereiro, para 1,68 bilhão e 2,40 bilhões de quilos, respectivamente. Os estoques finais com base na gordura do leite caíram com uma demanda mais forte estrangeira e doméstica por queijos e manteiga. Os estoques finais com base em sólidos desnatados caíram levemente nesse mês com relação a fevereiro.

Os preços dos produtos lácteos e consequentemente os preços do leite deverão permanecer altos ao longo de 2014. A forte demanda, tanto estrangeira como doméstica dará suporte aos preços recordes ou quase recordes, apesar das maiores ofertas dos competidores. A previsão de preço do queijo em março é substancialmente maior do que as projeções de fevereiro em US$ 4.100-US$ 4.232/quilo. Similarmente, os preços da manteiga elevaram para US$ 3.538-US$ 3.736 por quilo nas previsões desse mês. As previsões do preço do leite em pó desnatado também foram maiores do que em fevereiro, em US$ 4.023-US$ 4.133 por quilo. J
Já o preço do soro do leite também aumentou, mas não tão dramaticamente, para 127,87-134,61 centavos por libra.

Os maiores preços para os produtos lácteos resultaram em maiores preços do leite. A previsão de todas as categorias aumentou para US$ 47,18-US$ 48,50 por 100 quilos para março.

A reportagem é do Dairy Herd Management, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint Brasil.