Ao contrário do que era esperado, por se estar no período da entressafra, o mercado lácteo no Estado está estabilizado, tanto na captação quanto no preço do leite pago ao produtor. O preço em jun/14 fechou em R$ 0,841/l, uma diminuição de 1,52% quando comparado a mai/14.

Apesar de os produtos lácteos continuarem estabilizados no varejo, a indústria está recebendo menos pelos seus produtos e pagando menos ao bovinocultor de leite, cenário que está ligado ao consumo menor da população, já que esta queda na demanda é maior que na produção. Outra prova disso é o preço do leite UHT, um dos principais derivados lácteos, que se mostra estabilizado em R$ 2,19/l pelo segundo mês consecutivo, além disso, ocorre uma grande instabilidade nos preços dos derivados lácteos do atacado. O desaquecimento por parte do consumidor tem como consequência a dificuldade do fluxo dos produtos, é uma realidade tanto no mercado do leite quanto em outros setores da economia.

Segundo a projeção do Imea a produção do leite no Estado poderá ter um aumento de 5,10% quando comparada à do ano de 2013, saindo de 595 milhões para pouco mais de 625 milhões de litros. Entre os fatores que podem contribuir para elevação é o período de chuva estendido e o maior preço pago ao produtor nos últimos meses, fato que pode ter estimulado a produção.

Na projeção para o Brasil, a produção do leite tende a manter-se estável, mostrando uma variação negativa de 0,08%, devido à seca nos primeiros meses do ano em algumas importantes bacias leiteiras e ao excesso de umidade no mês de jun/14 na Região Sul. Com o aumento da produção no Estado, o seu percentual de participação na produção brasileira deve se elevar mais uma vez neste ano.

Por mais um mês, a relação de troca entre o leite e o milho, um dos principais ingredientes na suplementação animal, é favorável ao bovinocultor de leite. Em jun/14 é necessário vender 18 litros de leite para adquirir uma saca de milho, queda de 19,32% quando comparado com mai/14.

A captação de leite no Estado em jun/14 ficou praticamente estável, pois as chuvas prolongadas ajudaram os pastos a continuarem verdes por mais tempo, adiando o reforço da suplementação animal.

A exportação de lácteos sofreu uma queda de 20,14% em jun/14, devido ao aumento da produção em outros importantes países fornecedores de leite e pelos estoques elevados na China.

As informações são do Imea.