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Mercado de leite atinge limite nos preços pagos ao produtor

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 22/05/2014

2 MIN DE LEITURA

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Após sucessivas altas nos valores repassados ao produtor, estima-se uma estagnação no preço do leite para que não haja recuo na demanda. O presidente da Leite Brasil - Associação Brasileira dos Produtores de Leite -, Jorge Rubez, disse ao Valor Econômico que o produto atingiu o teto para o consumidor e os preços, negociados em torno de R$ 1,083/ litro na média nacional do mês de abril não devem chegar a R$ 1,50/ litro, independente do período de entressafra.

O presidente da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg), Rodrigo Alvim, contou ao Valor que os preços na região não só se estabilizaram como até entraram em um movimento de queda. "A demanda subiu muito. Saímos de um patamar de 147 para 180 litros per capita em um espaço de tempo de três anos. Até o ano passado o produtor estava sendo bem remunerado no mercado interno e isso não deve permanecer porque não há mais espaço", avalia.

Segundo Alvim divulgou ao Valor, o estado de Minas Gerais é responsável por cerca de 28% da produção nacional de leite, aproximadamente, 8,9 bilhões de litros por ano. "Indo mais além, alguns pecuaristas refletem a redução nos repasses à alimentação da vaca, fator que pode comprometer até a próxima safra", completa.

Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), mostram que o preço líquido pago ao consumidor em abril (sem frete e impostos) teve média de R$ 0,9995/litro, valor 6,11% maior que o do mês anterior e 7,77% superior ao de março de 2013, em termos reais.

Segundo o instituto, este aumento esteve atrelado principalmente à queda na produção em março, em função do início da entressafra em algumas regiões produtoras. Essa menor oferta elevou a competição entre as indústrias quanto à matéria-prima, com consequente aumento nas cotações negociadas.

"Porém, a valorização nos preços que muitos produtores estão esperando não vai acontecer porque não cabe no bolso do consumidor", afirmou Rubez ao Valor. Para o presidente da Leite Brasil, questões como o endividamento das famílias fazem com que o produto final não aumente os níveis de consumo, mesmo com a chegada das estações mais frias.

De acordo com o Valor Econômico, na região Sul, onde a entressafra sazonalmente começa mais cedo, os valores repassados ao pecuarista já acumulam avanço de 15,46% no acumulado do ano. A variação climática na região colaborou para a redução na oferta nos primeiros meses do ano e colaborou para a alta nos preços.

Mercado externo

Alvim, que também é presidente da Comissão Nacional de Pecuária do Leite na Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e presidente da Câmara Setorial de Leite e Derivados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), explicou ao Valor que os valores atuais de negociação do produto no mercado internacional e o câmbio tiram a competitividade brasileira.

"Um exemplo disso é a Argentina, que tem autorização contratual para exportar até 3,6 toneladas de leite em pó para o Brasil e no ano passado exportou 2,5 toneladas. Ou eles não puderam ou não quiseram por optarem para outro mercado mais competitivo, como a China, por exemplo, que tem recebido a produção argentina", destaca o presidente.

Com relação às importações, o representante da Leite Brasil, Jorge Rubez, enfatiza que o País não é dotado de um grande know-how para exportação, mas a compra no mercado externo também não deve aumentar por conta da estabilidade na demanda.

As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela Equipe MilkPoint Brasil.


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SANTIAGO

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 28/05/2014

Jank;



Perdoe, mas continuo achando que as indústrias são muito diferentes umas das outras, em tecnologia, inovação, idoneidade e cultura, assim como são os produtores. Realmente seria mais fácil que ela fosse a incentivadora dessa mudança, só não é factível que aconteça de fato sem fiscalização e obrigatoriedade de mudanças;



Sobre o consumo, também não concordo. Esse é um dado que aparece compilado em números depois de bastante tempo do que ocorreu de fato. Na maioria das vezes esse dado mais exato vem ao nosso conhecimento em semestralmente. Não estou falando de 2013, mas de 2014. Estou bem ambientado ao varejo e tenho informações muito atualizadas que o consumo está muito frio. Realmente o consumo independe dos preços. Ele está atrelado ao endividamento do povo, renda, inadimplência, inflação, dentre outros fatores. Mas em via inversa, o preço depende do consumo.

Se esse for retraído e os estoques no varejo e nas indústrias sofrerem com essa retração, os preços obviamente caem.



O melhor dos mundos seria que todas as indústrias tivessem o mesmo afinco na busca pela qualidade, mas não é a verdade. Algumas recebem qualquer produto e alguns produtores produzem qualquer produto. Mais uma vez, reitero a necessidade de uma fiscalização presente, punitiva e técnica. Hoje o MAPA nem ao menos tem um fiscal por SIF, estão muitos aposentando e não são abertos concursos suficientes.



Sobre o norteador de preços da cadeia, concordo que primeiramente somos direcionados pela oferta, mas essa permanecendo estável ou levemente superior como acontece nesses momentos, o segundo item capaz de alterar os rumos dos preços o consumo. Seguindo retraída com produção levemente em alta é a combinação exata para o momento de redução de preços;



Acho que o UHT é realmente o maior indicador das mudanças de mercado a curto prazo, mas acredito que uma relação de ganha ganha só será de fato estabelecida do ponto de vista macroeconômico, quando de fato tivermos mecanismos para gestão e financiamento de estoques excedentes, e quando fizermos valer no futuro a nossa condição de país competitivo no mercado internacional em preço e qualidade. Abraço!
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/05/2014

Caro Santiago, entendo o que você diz mas realmente discordo.

A industria está em um ponto estratégico da cadeia que pode e deve direcionar o que espera da qualidade do produtor e para isso não precisamos do governo.

Sobre o mercado, veja que com UHT a R$ 3,20 ou a R$ 1,80, o consumo permanece igual e inelástico; 2013 foi recorde de consumo com preços de leite altíssimos ao consumidor. Portanto já se sabe que preço baixo não faz as pessoas consumirem mais leite UHT.

Se estivermos de acordo até aí, minha conclusão é que quando existe aumento de oferta a industria deveria barrar leite fora de padrão na porta e ajudar a modificar esse quadro que vem se arrastando por anos.    

A segunda conclusão é quem direciona os preços em primeira mão absolutamente não é o consumidor e sim a oferta de leite crú, que, por sua vez, está intimamente ligada ao custo de produção primária.

De forma que toda a variação de preço doo UHT no mercado foi originaria do estimulo ou desestimulo ao produtor, seja pela via do custo maior ou menor, seja pela via do preço que variou de acordo com a oferta e demanda.

Seria muito inteligente se aproveitássemos esses aspectos do mercado específico do UHT brasileiro, que sem dúvida é um driver, para estabelecer um jogo de ganha- ganha no setor, enfrentando melhor o varejo e modificando para melhor o status do produto oferecido ao consumidor.

abraços,

Roberto
TONY CARLOS BERNARDES

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/05/2014

É bom dar uma voltinha no campo, ou seja na origem da produção, e aí vai se ver que a produção está em queda...Mais cedo do que se imagina a realidade vai aparecer.....ou seja, falta de leite!!!!! Abraço aos amigos!!!
SANTIAGO

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 28/05/2014

Continuando;



O sudeste sofreu com uma seca atípica nos meses inicias de 2014 muito forte, e essa seca estimulou uma alta irreal nos custos da matéria prima. As indústrias acreditaram que  esse fator causaria um desabastecimento sem precedentes. Da mesma forma, produtores especularam com o mesmo argumento.



Na prática, várias empresas que tenho acesso confirmam que a produção segue em torno de 5% superior (nos mesmos produtores analisados) comparada ao mesmo período de 2013.



E por fim, o consumo segue retraído não só no setor lácteo mas no varejo em geral. Essa combinação de 1 - Alta irreal no início do ano; 2 - Volume sustentando e ligeiramente crescente e; 3 - Consumo muito retraído, desenham um cenário recessivo de readequação de preços, e após corrigidos, de estagnação.
SANTIAGO

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 28/05/2014

Caro Jank;



Acredito que é inútil cobrar que todas as mudanças tem que partir de qualquer parte do setor produtivo. Quem tem que exigir programas de pagamento de qualidade por parte das indústrias, melhoria continuada dos produtores é o poder público, o ministério da agricultura. A cultura do Brasileiro é a do jeitinho e por isso na iniciativa privada não tem como funcionar, tem que ser por via e fiscalização tanto nos produtores como nas indústrias.



A realidade é que em uma mesma região, existem indústrias que pagam por qualidade e outras que compram qualquer coisa. Da mesma existem produtores que acham vantajoso e essencial ter qualidade como existem produtores que vendem a quem recebe qualquer coisa porque são incapazes de lavar seus sistemas de ordenha e refrigeração. A diversidade é imensa e desestimula completamente boas parcerias comercias de exportação.  



Sobre os preços Jank, não estou falando só do SPOT que já caiu 0,30. Realmente ele traça tendências que são imediatamente seguidas pelo UHT, mussarela e pó e logo em seguida por outros queijos e produtos frescos. O UHT já acumula baixa recente de R$ 0,20 e continua em queda. O estoque nas indústrias e nos supermercados também tem aumentado.



Tem marcas realizando ações para redução de estoque a R$ 1,65 essa semana. O leite em pó segue a linha de baixa recente das cotações internacionais, a mussarela já é encontrada entre 9,50 e 10,00. Realmemente não consigo visualizar sustentabilidade com esses preços no atacado.



Porém, como em ocasiões anteriores que antecipei as tendências (de baixa e alta) que logo em seguida se confirmaram, deixo o tempo (recente) responsável por confirmar minhas afirmações.



Para piorar, grandes empresas inadimplentes com os produtores desde 20/05.



Abraço  
EDUARDO AMORIM

PATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/05/2014

Concordo com o colega Roberto Jank e no tocante ao mercado acredito também que este movimento de queda não se sustenta. Se houver quedas acentuadas no preço pago ao produtor haverá desestimulo à produção pois os custos tem se mantido em patamares elevados. Nós produtores carecemos de uma entidade que nos represente e que lute por nossos interesses. A criação da Viva Lácteos com os 29 maiores captadores de leite do país, é algo impressionante e ao mesmo tempo preocupante.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/05/2014

Humildemente discordo do Santiago.

A revolução a ser feita não é no campo e sim na porta das fábricas que compram leite. Se a industria não começar a barrar leite fora das normas e/ou adulterado, nunca vamos evoluir na habilitação de novos mercados mais exigentes para a exportação.

Em resumo: só existe leite ruim porque tem quem compre e isso prejudica toda a cadeia, inclusive o consumidor.

Vejam no ranking das industrias que apenas 4% dos produtores respondem por 35% do leite formal do pais; todos provavelmente dentro das normas de qualidade previstas.

Temos que incentivar o crescimento desse grupo se quisermos sair da mesmice.

Também discordo do preço em queda livre; o mercado é puro e o spot é simplesmente um antecipador do futuro próximo; do mesmo jeito que cai rapidamente, sobe rapidamente. Em função da seca, esse não é um ano típico e novidades virão com o desenrolar do inverno.  
JOSE RIBEIRO DE CARVALHO

MANHUAÇU - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/05/2014

Sr Valter Parabens pelo seo comentario e a pura realidade.
SANTIAGO

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 25/05/2014

Sr Valter, o senhor fez uma analise muito correta. Para completar, acho que temos que considerar que parte da dependência do UHT nasceu da opção por praticidade feita pelos consumidores. Sobre a incapacidade exportadora do Brasil, dependemos também de  uma revolução no campo no que tange a qualidade. Hoje não temos argumentos com os melhores mercados externos quando as comissões vem ao Brasil verificar nosso padrão de qualidade. No restante, entendo que foi uma analise bem coerente que chega ao ponto certo: não temos como gerir excessos. Abraço!
SANTIAGO

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 25/05/2014

Como sempre analises atrasadas que nao agregam nada ao setor. A crise de consumo vai alem de uma estagnação, os preços estão em queda livre.  
ATALIBA F AGUILAR

RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAPRINOS DE CORTE

EM 24/05/2014

bom dia, essa historia do leite é antiga, principalmente preço, enquanto o consumidor paga 2,00 por uma garrafa de agua de 500ml o prod leite recebe em torno de um real por litro,só que vemos industrias vendendo derivados a 40,00 até 70,00 oquilo de queijo, como o consumidor vai conseguir comprar estes produtos para consumo em gde escala,precisamos parar e pensar,precisamos ganhar sim na qtidade vendida e não em preços ezorbitantes,obg
CELMO ALVES

ITAMARANDIBA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/05/2014

"A  corda sempre arrebenta pro lado fraco."  E lado fraco da historia.
ADALBERTO ANTONIO DE OLIVEIRA

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/05/2014

É triste ver que os próprios representantes dos produtores tentarem justificar uma queda nos preços do leite pago aos produtores, façam uma análise de toda a cadeia e verão que o produtor é o elo fraco!!!!
ADENESIO

IPORÁ - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/05/2014

O GOVERNO DEVIA DAR INCENTIVO NO PREÇO DE LEITE  UHT
ANTÔNIO MARIA SILVA ARAÚJO JÚNIOR

CAJURI - MINAS GERAIS

EM 22/05/2014

Não existe política para o produtor , existe sim especulações  que atrapalha produzir e ter preços competitivos . E nossa realidade.
EDUARDO AMORIM

PATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/05/2014



Sábias palavras do Marcelo (artigo "Uma boa notícia"):



"A indústria passa por dificuldades e enfrenta problemas de margens. A criação da  Viva Lácteos favorece o poder de negociação da indústria. Pode ser bom se for para fortalecer a negociação com o varejo, principalmente com relação ao leite UHT que no meu ver é talvez o maior problema do setor leiteiro nacional. PODE SER RUIM (grifo nosso) se for dirigido para pressionar os preços ao produtor para baixo o que não permite investir para uma pecuária de leite mais produtiva e competitiva."
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/05/2014

O  problema é que o preço  nos supermercados estão altos  , de todos os subprodutos do leite,  atrapalhando as vendas , ou seja o consumidor compra menos, e o produto não sai, emperra , e aí o produtor é quem leva o pior, como sempre.

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