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Leilão da Leite Nilza terminou sem lances satisfatórios

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 17/08/2015

3 MIN DE LEITURA

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O leilão da Indústria de Alimentos Nilza, em Ribeirão Preto (SP), ocorreu dos dias 10 a 13 de agosto, mas foi prorrogado pela segunda vez na tarde de sexta-feira (14/08) por não apresentar lances satisfatórios. De acordo com o juiz Heber Mendes Batista, o maior valor oferecido foi de R$ 120 milhões, mesmo lance dado no primeiro leilão realizado no dia 7 de novembro. A terceira tentativa de leiloar a indústria acontece no dia 21 de novembro. Falida desde 2009, a empresa esperava obter R$ 117 milhões pelas fábricas em Ribeirão, Campo Belo e Itamonte (MG).

Segundo Batista, a Justiça não aceitou o lance oferecido porque a empresa interessada não oferecia garantia de pagamento do valor em dinheiro. "Inicialmente essa proposta era em títulos da dívida agrária e precatórios. Além disso, os proponentes poderiam ser consultados na Receita Federal para verificarmos se com seu lastro patrimonial eles tinham condições de honrar ou não com aquelas propostas. Constatou-se que esse proponente não tem lastro suficiente para poder fazer uma oferta de R$ 120 milhões em dinheiro", explica.


Maquinário da fábrica


O juiz disse ainda que vai modificar o formato do leilão caso os próximos lances não sejam satisfatórios. "Se não houver melhora nas propostas, vou partir para um outro leilão de cada unidade em particular, para que a gente consiga recursos suficientes para o pagamento de pelo menos parte dos credores", diz.

De acordo com Batista, a medida seria favorável para a unidade de Ribeirão Preto, uma vez que as obras de ampliação do Aeroporto Leite Lopes podem valorizar o ativo imobiliário da região. O valor de venda do imóvel e do maquinário da indústria é avaliado em R$ 69 milhões. "Isso [projeto de ampliação do Leite Lopes] é um fato novo, relevante, que valoriza o ativo imobiliário de Ribeirão Preto, especificamente daquela unidade da Nilza", afirma.

Falência


Fachada da indústria

A dívida da Leite Nilza está estimada, agora, em R$ 500 milhões. Cerca de 3,3 mil fornecedores devem receber em torno de R$ 232 milhões e pelo menos 1.186 ex-funcionários não tiveram os direitos trabalhistas pagos - débito calculado em R$ 13,8 milhões. Além disso, há ainda R$ 141 milhões como garantia real e R$ 20 milhões em crédito extraconcursal.

A Indústria de Alimentos Nilza surgiu em 2004 da organização de sete cooperativas. Dois anos depois, ela foi comprada por Adhemar de Barros Neto, que iniciou um plano de expansão. Em 2008, a indústria comprou as unidades de Itamonte e Campo Belo da Montelac Alimentos S.A, passando a processar 1,5 milhão de litros de leite por dia em suas três unidades, que contavam com mil profissionais.

No mesmo ano das aquisições, no entanto, veio a crise no setor leiteiro brasileiro e a dificuldade de obtenção de créditos bancários com os problemas financeiros no setor imobiliário dos Estados Unidos. Para rodar o seu passivo, a empresa pegou empréstimos com factorings e teve sua dívida aumentada. Em março de 2009, as contas do vermelho fizeram a indústria entrar com o pedido de recuperação judicial.

Na época, o proprietário da Airex, Sérgio Alembert, entrou como dono da Nilza e foram feitas as primeiras demissões: 330 em Ribeirão e 220 em Itamonte. Em janeiro de 2011, o juiz da 4ª Vara Cível de Ribeirão Preto decretou a falência da empresa após constatar uma série de fraudes no processo de recuperação judicial e na negociação de venda da companhia para a empresa Airex, que aparecia em seus registros com sede em Manaus (AM), o que também chegou a ser investigado.

Cinco meses depois, a decisão de falência foi revogada e 40 funcionários foram recontratados para trabalhar na Nilza. Foram feitos testes no laticínio, mas a produção comercial não chegou a acontecer. Então, em outubro de 2012, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decretou a segunda falência, que dura até hoje.

As informações são do G1.

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PEDRO DE OLIVEIRA PINTO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 11/05/2016

É uma pena essas fábricas não voltarem a funcionar ou serem vendidas para outra empresa que tenha condições financeiras de fazê-las voltar a funcionar.
MARIA BEATRIZ CARDOSO ROCHA

CAMPO BELO - MINAS GERAIS

EM 18/08/2015

Que lástima hem....está tudo muito difícil....mais uma vez longe de nossos direitos trabalhistas serem recebidos pela Nilza Alimentos, apesar de todos esforços que estão sendo feito para a venda da Empresa.

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