ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Estudo propõe imposto sobre 'junk food'

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 12/05/2015

3 MIN DE LEITURA

0
0
Alimentação saudável está se tornando um artigo de luxo em mercados emergentes, e tributar "junk food" e refrigerantes excessivamente açucarados, como fez o México, pode ser a solução. Essa é a conclusão de um novo estudo realizado pelo UK Overseas Development Institute, que monitorou os preços de alimentos na China, Brasil, Coreia do Sul e México de 1990 a 2012.

O estudo constatou que os preços de frutas e vegetais aumentaram até 91%, acima da inflação nos preços ao consumidor, ao passo que os preços de alguns alimentos processados, como refeições prontas, recuaram 20% em termos reais.

Isso é má notícia para os países em dificuldades no combate ao aumento da obesidade, como estão, cada vez mais, os mercados emergentes. Isso porque, conforme mostrou a pesquisa, aumentos nos preços para dissuadir a ingestão
de "junk food" conseguem diminuir seu consumo.

Em suma, os mercados emergentes estão seguindo as tendências alimentares pouco saudáveis do Reino Unido e dos EUA ­- o preço de um sorvete caiu para metade no Reino Unido entre os anos de 1980 e 2012, por exemplo, enquanto os de verduras frescas triplicaram.

Para colocar isso em perspectiva: os brasileiros estão comendo o equivalente a 140 Big Macs a mais a cada um ano na forma de alimentos ultraprocessados "pronto para comer", observa Steve Wiggins, principal autor do relatório. Na Coreia do Sul, o preço do repolho -­ principal ingrediente do tradicional "kimchi" ­ aumentou 60% entre 1975 e 2013 (com base nos preços indexados), ao passo que na China, os preços das verduras frescas dobraram nas últimas duas décadas.

"Duas coisas são imediatamente visíveis. Uma delas é que os preços das frutas e vegetais subiram substancialmente desde 1990, predominantemente ao ritmo de 2% e 3% ao ano, em média, ou entre 55% e 91% entre 1990 e 2012", diz o relatório.

"A outra é que os preços de quatro dos seis produtos processados para os quais as estimativas são significativas mostram quedas a partir de 1990. A maioria dos outros alimentos teve aumentos de preços de 1% a 2% ao ano, com exceções ­ ou seja, quedas nos preços -­ para arroz na Coreia e frango no México", acrescenta o relatório.

Qual a razão disso?

Wiggins observa que, hoje em dia, frutas e vegetais frequentemente embutem maior "valor adicionado" nas prateleiras dos supermercados, o que significa que são pré­lavadas ou embaladas, por exemplo, o que eleva seus preços. Ele também cita que o fato de que o que antes podia ser sazonal está, agora, frequentemente, disponível durante o ano todo, outro fator de sustentação no preço.

O México, segunda maior economia na América Latina, onde os preços da base alimentar -­ farinha de milho e tortillas ­ subiram, em 2014, para quase o dobro de seu nível no início da década de 1980 ­- e onde sete em cada 10 adultos e um terço das crianças são obesas ou têm excesso de peso ­ inovou ao legislar um imposto sobre bebidas açucaradas e alimentos de alta teor calórico no início de 2014.

"É importante não afirmar que tudo o que é necessário fazer para mudar dietas é modificar os preços e tudo vai se resolver pelo mercado", afirma Wiggins.

Impostos funcionam?

Mais informações sobre o México são necessárias, mas pode ser que funcionem, defende o relatório, especialmente se a receita fiscal gerada for usada para subsidiar os valores de frutas e vegetais.

Um estudo britânico citado no relatório sugeriu que se a receita de um imposto de 17,5% sobre as vendas de alimentos não saudáveis fosse usada para subsidiar frutas e legumes, cerca de 6,4 mil mortes prematuras por ano decorrentes de doenças cardíacas e câncer poderiam ser evitadas. Esse número, em comparação, é três vezes maior do que o número de pessoas que morrem em acidentes rodoviários no Reino Unido por ano.

Wiggins diz que o imposto mexicano sobre "junk food" poderia fornecer "lições valiosas para outras economias em desenvolvimento e emergentes", mas observa que "medidas stalinistas" podem não ser necessárias para levar as pessoas a praticar hábitos alimentares mais saudáveis.

Ele citou um estudo de 2011 sugerindo que operários americanos ficaram, em média, 4,5 quilos mais pesados por década ao longo de 40 anos ­ e que a causa pode ser um excesso de apenas 100 kcal por dia.

"É muito pouco exercício e muita comida ­ mas isso se traduz em cerca de metade de um sanduíche e 15 a 20 minutos de caminhada", afirma Wiggins. "Creio que não é uma missão impossível".

As informações são do Jornal Valor Econômico.

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures