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Importações voltarão a assombrar o mercado brasileiro?

POR VALTER GALAN

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 16/04/2014

6 MIN DE LEITURA

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Preços internacionais em queda, taxa de câmbio também com tendência de redução da relação Real/Dólar. O cenário de mercado indica que mais atenção deve ser dada às cotações internacionais e aos preços dos produtos importados trazidos ao mercado interno.

O Brasil é, historicamente um importador líquido de derivados lácteos. Como mostra o gráfico 01, à exceção de um período de crescimento das exportações – principalmente entre os anos de 2004 e 2009 – os volumes exportados sempre foram bastante pequenos em relação à quantidade de lácteos importados para atender, junto com a produção local, à nossa crescente demanda.

Gráfico 01. Importações e Exportações brasileiras de derivados lácteos, em equivalente litros de leite (Milhões de litros/ano)

















Fonte: MDIC, elaboração MilkPoint Inteligência

É importante mencionar que, avaliadas como proporção da produção nacional de leite, as importações tem caído consideravelmente ao longo dos últimos anos, como mostra o Gráfico 02. Em meados da década de 90, os volumes importados representavem de 10 a 12% da produção nacional de leite; nos últimos 5 anos, quando houve aumento da proporção do volume importado em relação a produção nacional, elas ficaram, em média, em 3,5% da produção interna.

Gráfico 02. Importações brasileiras de derivados lácteos, em equivalente litros de leite (Milhões de litros/ano) e como % da produção nacional de leite


Fonte: MDIC e IBGE, elaboração MilkPoint Inteligência


As importações caíram porque o ritmo de crescimento da produção brasileira de leite foi maior do que o ritmo de crescimento do consumo aparente do produto. O consumo aparente por habitante por ano é o volume disponível para atendimento da demanda interna (Produção + Importações – Exportações) dividido pela população do país. O Gráfico 03 mostra que no período de 1996 a 2013, a produção brasileira cresceu 83%, ou algo próximo a 3,6% ao ano, enquanto que o consumo de lácteos cresceu 38%, cerca de 2% ao ano.

Gráfico 03. Índices de crescimento da produção brasileira de leite e do consumo aparente (litros/habitante/ano) brasileiro




Fonte: IBGE, elaboração MilkPoint Inteligência

E no curto prazo?

Uma variável bastante importante para avaliar a competitividade das importações no curto prazo é a taxa de câmbio. Quanto menor a quantidade de Reais necessária para compras 1 Dólar Americano, maior a competividade do produto importado e menor a competitividade das exportações brasileiras. Neste sentido, a taxa de câmbio tem mostrado, desde janeiro de 2014, uma trajetória de queda – como mostra o gráfico 04.

Gráfico 04. Evolução da taxa de câmbio (R$/US$)



Fonte: Banco Central, elaboração MilkPoint Inteligência

Desde 02 de janeiro até 14 de abril deste ano, a taxa de câmbio acumula queda de 7,3%.

A outra variável relevante para a competitividade das importações é, obviamente, o preço internacional do leite. Neste caso, avaliaremos o leite em pó, produto líder no comércio de derivados lácteos entre países; como origem do produto, podemos ter os nosso vizinhos do Mercosul, com alíquotas de importação iguais a Zero, ou os tradicionais vendedores internacionais de derivados lácteos – Nova Zelândia, Austrália, União Européis e Estados Unidos. Para o produto vindo da Nova Zelândia, há uma alíquota de importação de 28% (TEC) + uma tarifa anti-dumping de 3,9%; para os lácteos da União Européia, além da TEC há um anti-dumping de 14,8%. Para os produtos originados nos Estados Unidos e na Austrália, aplica-se “apenas” a TEC de 28%. Agradecemos aqui a preciosa colaboração de Gustavo Beduschi, da OCB, que nos atualizou quanto às diferentes alíquotas aplicadas nas importações brasileiras.

Uma boa referência sobre como estão os preços internacionais de lácteos é o leilão quinzenal realizado pela plataforma GDT (Global Dairy Trade), por meio da qual muitas empresas comercializam seus produtos lácteos. A GDT responde por cerca de 14% dos volumes globais transacionados. O gráfico 05 mostra a evolução dos preços (em US$/ton) do leite em pó integral transacionado no GDT

Gráfico 05. Preços do leite em pó integral no GDT (US$/ton)




Fonte: gDT, elaboração MilkPoint Inteligência


Como pode-se perceber, depois de permanecerem num patamar de cerca de US$ 5000/ton durante quase todo o ano de 2013, os preços do leite em pó caíram, de meados de fevereiro/2014 até agora, mais do que US$ 1.000/tonelada! Isto representa uma redução superior a 20% no período.

O que pode explicar esta queda importante no mercado internacional, pelo menos neste início de ano? Pelo lado da demanda, aparentemente não há grandes alterações de cenário – até o momento a China, cujas importações de lácteos cresceram quase 30% ao ano nos últimos 5 anos, mantém-se demandante e compradora .

Pelo lado da oferta, há sinais claros de aumento considerável da produção em países importantes para as exportações mundiais de lácteos: a produção na Austrália (que deverá representar este ano 8% das exportações mundiais de lácteos), nesta safra (período iniciado em julho/13 até janeiro/14), o aumento na produção foi de 11,3%; na Nova Zelândia (que deverá responder por quase 43% das exportações de lácteos no mundo), no mesmo período de análise, o aumento da oferta foi de 5,8%. Mesmo nos Estados Unidos (que, segundo a mesma projeção feita pelo USDA, deverão atingir 15% de participação no mercado mundial de lácteos), neste início de ano a produção de leite é 1,1% maior que no ano passado. Adicionalmente, há informações de que lácteos provenientes da Índia começam a disputar mercado com os tradicionais exportadores – nos últimos 5 anos a Índia teve o segundo maior crescimento médio anual da produção de leite no mundo (cerca de 4,5% ao ano), acrescentando cerca de 12 bilhões de litros de leite fresco equivalente (basicamente, volume equivalente à produção anual da Argentina) à sua produção anual.

Taxa de câmbio em redução e preços internacionais em forte queda. Cabe então avaliar a quanto chega o leite em pó importado – desde o Mercosul e também de fora dele – e comparar a competitividade do produto vs. o leite matéria-prima comprado no mercado local.

Gráfico 06. Preços do leite em pó integral (em equivalente leite fresco), origem Mercosul, vs. preço do leite ao produtor (média Brasil), segundo o CEPEA - R$/litro



Fonte: MDIC e CEPEA, elaboração MilkPoint Inteligência

O leite do Mercosul chega a um equivalente leite fresco de R$ 1,11/litro, enquanto que o leite ao produtor base Cepea pago em março foi de R$ 1,0209/litro – uma diferença aproximada de 8% entre as duas opções de abastecimento. O leite do Mercosul, com grande volumes produzidos principalmente na Argentina, estão, portanto, bastante próximos das cotações nacionais. No Uruguai, no acumulado janeiro/fevereiro, a produção de leite este ano está cerca de 4% superior à do ano passado; não há dados atualizados quanto a evolução da produção na Argentina e, mais ainda, da disposição e das condições políticas para exportação de lácteos a partir daquele país.

Gráfico 07. Preços do leite em pó integral (em equivalente leite fresco), origem Nova Zelândia, vs. preço do leite ao produtor (média Brasil), segundo o CEPEA - R$/litro



Fonte: MDIC e CEPEA, elaboração MilkPoint Inteligência

Ao mesmo tempo, graças a alíquota de importação estabelecida para a origem na Nova Zelândia, o leite kiwi ainda apresenta-se em patamares elevados (R$ 1,488/litro) se comparados ao leite ao produtor mapeado pelo CEPEA – diferença de ainda 31,4% entre as duas opções.

Por fim, a competitividade do produto importado a partir dos Estados Unidos é um pouco maior do que o produto neozelandês, chegando hoje a um equivalente leite fresco de R$ 1,44/litro, cerca de 29% acima dos patamares pagos aos produtores hoje.


Neste cenário, valem algumas observações:

• Eventuais novas variações na taxa de câmbio podem, rapidamente, alterar este cenário para a competitividade do leite importado (para pior ou para melhor);

• O mesmo pode-se dizer sobre as cotações do mercado internacional. O leilão GDT, realizado a cada 15 dias, apresentou quedas consecutivas em suas últimas 5 edições. Novas variações negativas nos preços dos leilões, ainda que com estabilidade na taxa de câmbio, podem alterar o cenário competitivo no mercado brasileiro;

• Leite spot: este mercado possivelmente sentirá antes do produtor os eventuais impactos de um aumento na competitividade das importações de leite. Preços já praticados este ano de R$ 1,30/litro ou mais aumentam substancialmente a atratividade do abastecimento a partir de produtos importados.
 

VALTER GALAN

MilkPoint Mercado

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PAULO ALCANFOR XIMENES

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/01/2015

Toda essa discussão é interessante e verdadeira. Mas o que 'vejo como fundamental é o estimulo ao consumo e a busca de mercados para vender o leite e seus derivados produzidos no Brasil.
JOSE DENER SILVA COSTA

REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 28/04/2014

Jose Dener Silva Costa supervisor politica leiteira.

28/04/2014

E uma questão de pouco tempo, sabemos que estamos caminhando para um período critico ,  que é um período de entressafra , vai diminuir o volume de leite e consequentemente ,aumenta  a procura, e o mercado aquece , desde que impedi grandes volumes de importados.

Vamos ficar de olho ?.

Lembra que de 2007 a 2009 já tivemos baixa de preço de leite em pleno mês de Agosto.
THIAGO BRANDAO

JESUÂNIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/04/2014

Pessoal,

a realidade e uma só; nao tem comida suficiente para produzir leite este ano 2014-2015 a estiagem chegou a reduzir em 40% a produtividade das silagens de milho e muito pior a qualidade dessas silagens.... leite a pasto pior, nem masega vai ter pra seca. Materia prima uma incerteza.   Afirmo que teremos uma redução da produção significativa no entanto acho que preço do litro leite e dai pra cima, pressão pra comprar mais barato a industria faz mesmo mas sabemos lidar com isso.

bom artigo Sr Walter
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/04/2014

Valter, na minha opinião o Marcelo Duarte tem toda razão. O cambio é o fiel da balança para exportar, importar e definir nossa competência. Claro que o preço internacional é uma variável fundamental, mas sem cambio favorável não há competência relativa.

Ninguém diz que acha absurdo o valor do leite entre U$ 0,55 e U$ 0,57 nos EUA, Europa e N. Zelândia (estatísticas, abril/14), mas para os atuais R$ 1,03 no Brasil (hoje, U$0,45) há uma tendência da turma da indústria já começar a considerar o produtor nacional incompetente e pouco eficiente.

Veja que os três gráficos deveriam mostrar o mesmo drive, porém mesmo aumentado a taxa de produção mais do que a de consumo, ou seja, mais oferta relativa de leite, ainda assim a importação aumenta e a exportação cai. Por que isso? Provavelmente não estamos com estatísticas corretas no leite informal (deve ser menor que os 10 bi de litros estimados).

Sugiro fazer o mesmo gráfico colocando a importação sobre o leite formal e não total; provavelmente fará mais sentido com os outros dois gráficos.  Mas de qualquer forma, que a exportação subiu com real desvalorizado e caiu com Real sobrevalorizado, não há dúvidas. O melhor de tudo é que as importações estão cada vez menos relevantes sobre o leite formal e isto, visto a taxa de produção maior que a de consumo, sem falta de leite no país, como querem sugerir alguns.

abraços,

Roberto

  
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/04/2014

Prezado Marcelo,



A questão da competitividade brasileira associada a taxa de câmbio é bastante controversa mas, se analisarmos as informações históricas de volumes exportados e taxa de câmbio, vamos ver que nosso pico de exportações (em 2008) esteve mais associado a preços internacionais elevados do que a uma taxa de câmbio favorável.



Grande abraço!



Valter
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/04/2014

Caro Otávio,



O objetivo do artigo não é o de opinar contrariamente ou a favor das importações, mas sim indicar que os patamares de preços internacionais, num cenário de queda, associados a uma taxa de câmbio também variando para baixo, tendem a colocar um teto de preços para o mercado interno que está cada vez mais próximo dos níveis atuais.

Concordo que, conceitualmente, num mercado competitivo e com perspectivas de tornar-se exportador sustentável de derivados lácteos, deveríamos trabalhar para entender com maior naturalidade os fluxos (importadores e exportadores) de produtos.
GUSTAVO JUÑEN

PUNTA DEL ESTE - MALDONADO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 23/04/2014

Muy buen artículo.
LAÉRCIO OZELAME

EM 22/04/2014

Pois é amigos,li e reli todos os comentários acima e o que achei mais parecido com meu modo de ver as coisas são os do Santiago e do Maikel, trabalho com a venda do leite envasado,um ótimo produto mas que é enquadrado como se fosse um produto de pouca qualidade por ser uma marca nova no mercado,somos comparados com produtos problemáticos e que ficam brincando com o preço do leite,pois estes não tem compromisso com qualidade, envasando leite com 1,6% de gordura no leite integral onde deveria ser de 3% aí eles brincam mesmo e avacalham o mercado.
SANTIAGO

LAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 22/04/2014

Bom dia;



Não sei até quando vamos ficar nesse "estica e puxa" pra baixo e pra cima.



Não adianta pensar em medidas protecionistas em um país com tantos vínculos comerciais internacionais como o Brasil;



Na verdade o que vem se discutindo à anos, é que olhamos muito para o preço do leite quando devemos buscar tão somente competitividade.



Esse caminho deve ser trilhado no sentido da evolução tecnológica do setor como um todo, da redução da carga tributária sobre o produto, da redução da guerra fiscal entre os estados e de um plano governamental de gestão de estoques.



Não aprendemos ainda que não adianta impor movimentos de preço no mercado antes que eles aconteçam naturalmente nas gôndolas. Essas interferências especulativas estão levando empresas do setor e produtores a enfrentarem problemas financeiros por não identificarem tendências naturais e não conseguirem a devida previsibilidade do seu negócio.  
MAIKEL WILLIAM GRASEL

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 22/04/2014

Artigo bastante interessante, mas importantes e preocupantes também são os comentários. Vejo com muita preocupação a desorganização do setor. Desorganização de maneira muito abrangente, que vai além da relação produtor/indústria. Digo isso, pois indústrias estão reclamando dos investimentos que não se pagam, e, do outro lado, produtores insatisfeitos. Temos três opções (não estou generalizando): 1 - O varejo está ganhando enquanto a cadeia produtiva paga a conta; 2 - As indústrias são improdutivas e ineficientes; 3 - Os produtores são amadores. Acredito que esses 3 fatores ligado às políticas governamentais, trazem à tona a realidade que vivemos hoje.

A boa notícia é o setor leiteiro não está fadado a desaparecer e sim a ser seletivo. O que precisamos é que o produtor (na sua grande maioria), aprenda a FAZER CÁLCULO (nutricional, produtividade, custo, rentabilidade) e produza leite de qualidade; A indústria por sua vez, modernize seus parques fabris, industrialize com mais EFICIÊNCIA e qualidade, e, principalmente, não seja AMADORA na comercialização de seus produtos. Para o governo, fica a missão de terminar com o que chamamos de leite informal além de tentar NÃO atrapalhar ainda mais quem produz.

Isso citado acima é FATO, pois tem produtor muito satisfeito e indústria com rentabilidade excelente enquanto outros abandonam a atividade por não "pagar a conta".

Poderia me alongar muito mais, mas em suma, se fizermos esse tema de casa a situação desse setor será melhorada para todos.  

Um detalhe. Antes de tudo é necessário deixarmos de lado o orgulho para percebermos que a resolução da grande maioria dos problemas, passa primeiramente por cada um de nós, da porteira pra dentro ou da porta da indústria pra dentro.
ROMILDO JÚNIOR

NOVA FRIBURGO - RIO DE JANEIRO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 22/04/2014

Excelente matéria Valter. Alertando a todos, que 2014 é um ano de muita cautela, tanto do produtor e principalmente da Indústria.
JOAO AURELIO CARM

CARMÓPOLIS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/04/2014

Tinha empresa ofertando alto de mais, vendendo leite a vista para pagar alta no leite do produtor do mês passado. Agora que o Spoot caiu como pagarão as promessas de aumentar em 0,10 o preço de Abril. Como gato escaldado tem medo de água fria não acreditei nas promessas
RICARDO OLIVEIRA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/04/2014

PARABÉNS PELO ARTIGO VALTER! CONCORDO PLENAMENTE COM OS COLEGAS ACIMA , A PALAVRA DO MOMENTO QUE O PRODUTOR PRECISA ADOTAR É CAUTELA, PRINCIPALMENTE EM UM MOMENTO ONDE OS INSUMOS ESTÃO EM ALTA, O CLIMA NÃO TEM AJUDADO, E A ESTABILIDADE ECONÔMICA BRASILEIRA JÁ VEM DANDO SINAIS DE FRAQUEZA A ALGUM TEMPO! ESPERO QUE OS PRODUTORES SE INTERESSEM PELO ASSUNTO E NÃO FAÇA BESTEIRAS NA HORA DE INVESTIR OU TOMAR DECISÕES.
MICHEL KAZANOWSKI

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 18/04/2014

Caro Claudemir,



Leite e cerveja são mercados totalmente diferentes. No entanto um ponto na cerveja é interessante. As cervejarias são as empresas que mais investem em propaganda para seduzir o consumidor. Se houvesse na mídia tantas propagandas para consumo de leite e derivados tanto quanto há de cerveja tenho certeza que o consumo per capita brasileiro seria acima de 300 litros ano e a nossa produção não daria nem pro cheiro.
MARCELO R. G. NORONHA

ÁGUAS FORMOSAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 18/04/2014

Ótimo trabalho Valter! Parabéns!
RENATO BOMFIM FREITAS

VITÓRIA DA CONQUISTA - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/04/2014

Valter, parabéns pela matéira.

Não temos apoio viável das autoridades competentes, nosso investimento é  muito grande para a nossa remuneração (vacas caras, insumos incompatíveis com o valor de

venda do produto, condições climáticas adversas e etc...), diante deste cenário,  após mais de 20 anos como produtor de leite (utilizando as "BOAS"  técnicas), desde 01.01.14 tornei-me "TIRADOR DE LEITE", com apenas 600 litros/dia, utilizando no máximo os produtos produzidos na fazenda, cruzando o rebanho, fazendo apenas uma ordenha diária e reduzindo a mão-de-obra em mais de 50%.  COMO APRENDEMOS APENAS TRABALHAR DURO E PRODUZIR, NÃO FAZEMOS  QUEBRA - QUEBRA, NÃO DESTRUIMOS O PATRIMÓNIO PÚBLICO  E PRIVADO, C O L E G A S   P R O D U T O ---R E S  D E   L E I T E, VAMOS PRODUZIR MENOS LEITE, VAMOS GERAR MENOS EMPREGOS E ESTA  ÚLTIMA ATITUDE PODERÁ CHAMAR   A  ATENÇÃO DAS AUTORIDADES COMPETENTES.
WAGNO RAIMUNDO DE SOUZA

COLORADO - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/04/2014

Chega nos que somos produtores de leite, não temos apoio de ninguém.

os insumos, raçoes, salários, tudo tem aumento. o leite fica no centavo por litro.

isso não da mais. o único jeito é parar. e plantar cana de-açuar.
NELSOMAR PEREIRA FONSECA

MUTUM - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/04/2014

Beleza,

Todos os comentários estão corretos, cada um no seu ponto de vista.

No meu ponto de vista o governo não tem que se entrometer, pois cada vez que ele entra o problema aumenta e nos produtores ficamos sem rumo.

Vejam só, já foi anunciado o novo salário minimo, o aumento da energia eletrica, pois as empresas fizeram investimentos e as represas não estão cheias.

Esta tudo muito bom, mas nos podemos aumentar o valor do leite porque a energia subiu? porque o SALARIO EM JANEIRO VAI SUBIR? A SOJA E O MILHO VAI SUBIR? TEMOS QUE COMPRAR O MILHO MAIS CARO POR CAUSA DA CHINA? Temos que ter paciência? O governo não tem compromisso com o produtor de leite, ou alias com o setor produtivo, Assistindo o canal rural vemos as dificuldades em todos os setores da produção, hoje um alerta no globo rural o governo importando banana, esquecendo do agricultor familiar, e principalmente das barreiras fito sanitárias, que segundo a reportagem eles usam 20 vezes mais aplicações de agrotóxicos que nós para produzir.

Precisamos de governos, Federal, estadual e municipal que saiam das promessas de palanque, e venham para a realidade rural. Nós precisamos de segurança para produzir, segurança publica contra roubos, furtos, sequestros que estão ocorrendo no meio rural, mas não publicados pela mídia, estradas para transportar além da produção, precisamos transportar também corretivos, fertilizantes, sementes, mudas leite, rações e etc. Para diminuir o êxodo rural que vem crescendo a cada ano, com bolsas e bolsas, programas e mais programas, voltados sempre para o meio urbano,incentivando mais e mais a melhoria da qualidade de vida, sem nenhuma preocupação com o meio rural.

A população rural precisa é de estradas paras transportar os insumos, a sua produção, os seus filhos para as escolas. Precisamos de melhor educação para nossos filhos, com inclusão de matérias técnicas nas escolas do interior, como práticas agrícolas, conservação de solo, reflorestamento e meio ambiente, como grade curricular,

Precisamos eleger pessoas e não políticos responsáveis por este país, e não como vemos todos os dias no noticiário, este ou aquele, que vais ser preso ou está sendo investigado.

Precisamos de um país transparente. (Petrobras, metros, leite), etc.

Nelsomar Pereira Fonseca
SAULO PARANHOS DE CASTRO

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/04/2014

Parabéns pelo artigo meu amigo Valter Galan. Espero revê-lo em breve. Abraços.
ELDER MARCELO DUARTE

SÃO CARLOS - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 17/04/2014

Valter, Parabéns pelo trabalho !!!

Devemos lembrar que o Real continua sobrevalorizado em relação ao dólar, e ao primeiro sinal de alta dos juros internacionais, o dólar sobe, e essa assombração vai embora junto com o capital, e num passe de mágica, como já aconteceu algumas vezes, o produtor brasileiro passará a ser visto como o mais eficiente do mundo...

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