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Cenário de grãos: alta de preços para o milho e queda para a soja

POR HELOISA VASCONCELOS

PANORAMA DE MERCADO

EM 06/10/2023

3 MIN DE LEITURA

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Durante o mês de setembro, o movimento que vinha sendo observado até então para os preços do milho e da soja brasileiros foi invertido.

Enquanto o milho enfrentou uma queda mensal de 3,0% no seu preço médio no mercado físico brasileiro em agosto, em setembro o grão passou por um aumento mensal de aproximadamente 2,4%, como mostra o gráfico 1. Isso ocorreu principalmente por conta da boa demanda externa pelo grão, valorizando os preços internos, enquanto as negociações voltadas para dentro do Brasil não apresentaram um ritmo tão avançado no último mês, com os compradores se mostrando ainda abastecidos para o milho.

Gráfico 1. Preços do milho no mercado físico em Campinas/SP e no mercado futuro

Preços do milho
Fonte: Cepea; B3; elaborado por MilkPoint Mercado.
 

Para a soja, que apresentou uma alta mensal de 1,1% em agosto, o movimento observado voltou a ser de desvalorização no mês de setembro, puxado pelas poucas negociações ocorrendo no mercado físico e pela queda observada nos contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Com isso, a soja apresentou uma queda mensal de aproximadamente 0,9% no mês de setembro, como pode ser observado no gráfico 2, mostrando que, assim como no último mês, essa mudança na rota dos preços esteve muito envolvida com o mercado externo.

Gráfico 2. Preços da soja no mercado físico e no mercado futuro em Paranaguá/PR

Preço da soja
 Fonte: Cepea; CBOT; B3; elaborado por MilkPoint Mercado.

 

Sobre a produção brasileira, apesar do recorde estimado para a safra atual de 2022/23 e essa recente alta nos preços praticados, citada anteriormente, para o milho espera-se que a próxima safra passe por uma queda na produção total brasileira. Isso porque a sutil valorização de setembro ainda não foi capaz de reverter o baixo patamar de preços que o milho se encontra quando comparado com os anos anteriores, como pode ser observado no gráfico 3, desestimulando o investimento na safra 2023/24.

Gráfico 3. Preços do milho no mercado físico em Campinas/SP deflacionados pelo IGP-DI

Milho (Campinas) - série deflacionada
Fonte: Cepea; elaborado por MilkPoint Mercado.
 

Gráfico 4. Preços da soja no mercado físico em Paranaguá/PR deflacionados pelo IGP-DI

Soja - série deflacionada
Fonte: Cepea; elaborado por MilkPoint Mercado.

 

Já para a soja, apesar do baixo patamar, a cultura apresenta um melhor retorno financeiro e liquidez, sendo projetado um novo recorde para a próxima safra do grão.

Os gráficos abaixo mostram as últimas projeções de produção para a safra 2022/23 e 2023/24 para o milho e para a soja, segundo o 12º levantamento da safra 2022/23 e o estudo de Perspectivas Agropecuárias da Conab, divulgados em setembro/23:

Gráfico 5. Série histórica da produção de milho total no Brasil

Produção de milho

 

Gráfico 6. Série histórica da produção de soja no Brasil

Produção de soja

*projeções

Fonte: Conab; elaborado por MilkPoint Mercado.

 

No próximo dia 10 de outubro deverá ser feito, também pela Conab, o anúncio do 1º levantamento da safra 2023/24, com a atualização das projeções de produções.

Sobre as negociações externas, na última semana foi divulgado pela USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) o relatório trimestral de estoques de milho e soja dos Estados Unidos, resultando em um volume de estoques para o milho menor do que o observado no mesmo período de 2022, e um volume maior do que o reportado no mesmo período do ano anterior para a soja, indicando boas negociações para o milho estado-unidense, assim como para o milho brasileiro.

E da mesma forma que realizado no último cenário de grãos, a ressalva em relação ao Canal do Panamá se mantém, onde, por conta da seca persistente no canal, houve restrições em relação aos pesos dos navios e tráfego diário. No último final de semana a Autoridade do Canal do Panamá reduziu novamente o número de trânsitos diários permitidos no canal, por conta da contínua redução de chuvas. Apesar dos navios conteineiros terem prioridade neste trânsito, e não ter afetado diretamente a logística dos grãos até o momento, o agravamento da situação coloca em risco a logística de países que utilizam esse caminho para o transporte externo de seus grãos, como é o caso dos Estados Unidos. Seguiremos acompanhando.

 

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