O setor leiteiro do Uruguai teve um "ano fantástico" em 2004, devido aos fatores climáticos, à melhora nos preços internacionais e à inclusão de novas tecnologias, de acordo com o técnico da Cooperativa Nacional dos Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole), representante da bacia leiteira do sul do país, Luis Martínez.

Ele destacou o projeto Alimentação e Reprodução da Conaprole, que já tem quase três anos de desenvolvimento, onde se trabalhou no manejo de pastagens, no planejamento de rotações e de suplementação, com ênfase na parte de reprodução. "O projeto integra o trabalho de responsáveis regionais da Conaprole com técnicos de campo, com o apoio de engenheiros e veterinários da Faculdade de Agronomia. Os dados gerados são de grande apoio para a atividade dos técnicos do campo".

Martínez disse também que, em 2004, os preços pagos ao produtor melhoraram muito, demonstrando uma relação direta com o aumento dos preços internacionais. Quando questionado sobre as perspectivas para 2005, considerando o superávit econômico deste ano, Marínez disse que "nem todos os anos são bons" e que apesar de ser desejável que "esta conjuntura dure, não vai durar para sempre", de forma que o setor deve fazer reservas para momentos mais difíceis e fazer investimentos planejados que garantam o crescimento e a sustentabilidade do processo produtivo.

O ano de 2004 fechou com volumes de mais de 807 milhões de litros de leite remetidos às fábricas da Conaprole. Esse número supera o recorde de 1998 e ocorreu graças fundamentalmente às condições climáticas favoráveis e ao bom estado dos animais.

O presidente da Associação Nacional de Produtores de Leite, Wilson Cabrera, disse que, após vários anos adversos para o setor, 2004 trouxe uma equação favorável ao produtor. "Depois de ter passado pela crise alimentícia de 2000, com a escassez que nos levou a ter que importar toneladas de ração da Argentina, custou para que os bovinos leiteiros recuperassem seu estado corporal".

Parmalat

A demorada solução na Parmalat do Uruguai parece estar se aproximando, segundo o presidente da empresa, Jorge Gutman. Ele disse que a expectativa é que, em janeiro, o empresário argentino Matías Campiani, tome o controle da Parmalat Uruguai.

O governo italiano já aceitou a proposta do novo acionista e o Uruguai agora espera a chegada de representantes da Parmalat Itália para fazer as escrituras e finalizar a transação.

Fonte: DiarioLaRepublica.com e Radio El Espectador, adaptado por Equipe MilkPoint