ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Produtores de leite da Bahia querem apoio do governo

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 08/04/2002

2 MIN DE LEITURA

0
0
Na Bahia, a Câmara Consultiva do Leite, criada em julho do ano passado pelo governo do Estado para arbitrar conflitos e desenvolver políticas para o setor, já começou suas reuniões. Os produtores reivindicam uma intervenção estatal mais efetiva, por exemplo, no financiamento a novas cooperativas, para forçar a profissionalização do sistema. Também articulam com a União dos Municípios da Bahia (UPB) o cumprimento de Portaria baixada pelo Ministério da Agricultura, que obriga a comercialização exclusiva de leite processado.

Além da câmara do leite, o governo baiano dispõe de outro instrumento voltado para o setor, que é o Programa de Recuperação da Pecuária Leiteira (Proleite), criado pela Secretaria da Agricultura durante a grande seca do início da década de 90, quando quase metade do plantel leiteiro baiano foi dizimado. A estiagem reduziu, entre 1993 e 1999, o rebanho dos então 12 milhões de cabeças para 7,5 milhões. “Hoje, graças a esse programa, a Bahia já alcançou as nove milhões de cabeças”, comemora o diretor de Desenvolvimento da Pecuária, da Secretaria da Agricultura, Luís Hage.

A produção de leite na Bahia é marcada pela atividade safrista, feita por uma maioria de pequenos criadores de rebanho de corte, que aproveitam determinados períodos das estações climáticas para negociar com o leite. O nível de atividade industrial e de processamento do leite no Estado compõe fator de desestabilização do mercado. Dos 2,3 milhões litros de leite diários que a Bahia produz, apenas 600 mil litros são processados por todas as 16 indústrias instaladas no Estado. O excedente de 1,6 milhão é vendido in natura. Segundo dados da Secretaria de Agricultura 46% desse leite não processado têm procedência “clandestina”.

A situação, segundo a visão de especialistas e produtores, só será resolvida com iniciativas que englobem todos os setores que fazem parte desse ramo da economia. Em Itapetinga, no sudoeste baiano, a agência local do Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa (Sebrae) vai desenvolver um programa-piloto chamado “Modernização da Cadeia Produtiva do Leite”.

Onze produtores vão pagar R$ 110 cada um para que 12 técnicos coordenados pelo Sebrae ajudem a implantar em suas propriedades um sistema integrado de atividades empresariais que envolve a produção não apenas de leite e de bezerros, como também de gado de corte.

Preços baixos

O litro do leite longa vida pode chegar a até R$ 2, no comércio, a depender do diferencial embutido no preço. O produtor que forneceu a matéria-prima deste leite, na Bahia, pode ter recebido pelo mesmo litro R$ 0,20 e R$ 0,26. Isso se justifica pelos efeitos de uma outra característica de mercado, a existência de setores oligopolizados na economia.

Embora não possa ser culpada sozinha pelo excesso do produto no mercado, a Nestlé é apontada pelos produtores como o principal vetor de desequilíbrio entre oferta e procura. No País todo, a indústria suíça deixou de comprar um milhão de litros de leite por dia. Na Bahia os 400 mil litros diários que a empresa processava diariamente em sua fábrica, em Itabuna, foram reduzidos a 180 mil.

Fatores econômicos e conjunturais mais recentes, como a crise de energia, também comprimiram a demanda do mercado de leite na Bahia, contribuindo para o excessivo aumento de oferta. Essa contingência é a desculpa, usada pelas indústrias, para minimizar a redução das compras junto aos produtores.

Fonte: A Tarde/ BA (por Nilton Nascimento), adaptado por Equipe MilkPoint

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures