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Pecuária brasileira emite menos gases de efeito estufa do que o estimado pelo IPCC

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 03/06/2015

4 MIN DE LEITURA

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Um estudo realizado por pesquisadores da Embrapa Agrobiologia em pastos do Cerrado brasileiro mostra que a emissão de óxido nitroso (N2O), um dos gases de efeito estufa (GEE), é pelo menos 50% menor do que tem sido estimado com base no modelo do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC, na sigla em inglês). Os dados medidos pela Embrapa já foram incorporados ao inventário nacional e significam uma redução nas estimativas de emissões totais de GEE da agropecuária brasileira na ordem de 10%.

O pesquisador Bruno Alves explica que devido ao tamanho do rebanho bovino nacional, em torno de 200 milhões de cabeças, as excretas (urina e fezes) representam a maior parte das emissões de óxido nitroso do inventário nacional da agropecuária. “Mais da metade do que é emitido de N2O vem das excretas do boi; é mais do que vem de fertilizantes e resíduos de culturas”, esclarece.

A metodologia do IPCC, aplicada na elaboração de inventários nacionais, além de utilizar dados genéricos para todas as regiões do mundo, considera que as emissões de excretas depositadas nas pastagens ocorrem de maneira igual, independentemente de serem fezes ou urina. A pesquisa da Embrapa mostra que as fezes bovinas têm um fator de emissão muito menor e por isso não dá para ser utilizado o mesmo índice estabelecido para urina.

Além disso, no Cerrado, onde o estudo foi feito, existe uma época seca, que dura cerca de cinco meses por ano. Nessa época, as emissões das excretas são muito baixas e até próximas de zero, de acordo com o estudo. Bruno esclarece que os fatores de emissão do IPCC servem para todo o período de doze meses. “Quando consideramos essa época em que os animais estão excretando, mas não emitem nada, as emissões do período seco ponderadas com as emissões do período chuvoso permitem chegar a um fator de emissão que é bem mais baixo do que o do IPCC”, explica o pesquisador.

Metodologia

Por meio de experimentos de campo, os pesquisadores monitoraram, por um ano, a urina e as fezes dos bovinos quanto a produção de N2O ao longo dos períodos chuvosos e secos. “O fator de emissão é a proporção do nitrogênio que estava nas excretas que se transformou em N2O”, detalha Alves.

Nos cálculos, consideram-se as emissões das excretas em cada período do ano para se obter um fator de emissão anual. O estudo da Embrapa concluiu que o fator deveria ser 0,7%, bem menor daquele existente na metodologia do IPCC que estima que 2% do nitrogênio depositado no solo como excreta vira N2O e vai para a atmosfera.

Bruno Alves afirma que a realidade da agricultura brasileira será mais bem representada com o avanço das pesquisas que a Embrapa e outras instituições vêm desenvolvendo no País.

Emissões podem ser reduzidas

Outro estudo da Embrapa Agrobiologia, ainda inédito, revela que as emissões de gases de efeito-estufa pela pecuária podem cair com o aumento da produtividade da pastagem, e o uso de leguminosas forrageiras em consórcio com a braquiária seria uma opção com amplo efeito e menos emissões. 

O estudo avaliou cinco cenários diferentes na pecuária brasileira, desde a condição de pasto degradado até a pastagem adubada combinada com confinamento. As estimativas foram feitas com a metodologia do IPCC, porém com vários dados levantados em pesquisas no Brasil, inclusive incorporando os resultados do estudo de emissões de N2O das excretas.

Os resultados mostraram que, em comparação ao que se chama de pastagem degradada, as emissões totais podem ser reduzidas em 16% com a pastagem fertilizada ocasionalmente.

O pesquisador Robert Boddey, que coordenou a pesquisa explica que com uma pequena melhoria da pastagem, consorciando-a com uma leguminosa forrageira, que não exige adubação nitrogenada, aliado a um controle maior dos animais, é possível obter uma redução nas emissões ainda maior, aproximadamente de 26% em relação ao que se teria no pasto degradado, e quadruplicar a produtividade.

Mais produtividade possibilita maior sequestro de carbono no solo

O pesquisador Segundo Urquiaga, integrante da equipe que realizou os dois estudos, acrescenta que o aumento da produção da pastagem nos sistemas mais intensivos também permite sequestrar carbono no solo pela maior produção de resíduos de parte aérea e raízes das plantas. “Esse processo pode representar a remoção de algumas toneladas de CO2 da atmosfera se a produção do pasto for mantida, e ganhar intensidade com a entrada de resíduos mais ricos em nitrogênio, como os de uma leguminosa forrageira em consórcio”, complementa Urquiaga.

O uso do pasto consorciado com leguminosas forrageiras é uma opção promissora para reduzir a emissão de gases, segundo os pesquisadores. Trata-se de uma possiblidade cujos benefícios se aproximam daqueles conseguidos com a conversão a um sistema muito intensificado, porém sem exigir qualificação e investimentos maiores do produtor. “Basicamente, o que mudaria em relação ao que é feito na maioria dos pastos brasileiros é a utilização de uma leguminosa que introduz o nitrogênio no sistema por meio da fixação biológica de nitrogênio, permitindo maior oferta de proteína para o boi e fazendo com que o animal engorde mais rapidamente, sem depender de fertilização nitrogenada”, finaliza Boddey.

As informações são do Portal Bragança.

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