Apesar da seca no Chaco, a produção de leite do Paraguai permanece estável, com 2,5 milhões de litros por dia em todo o país. Os produtores se especializaram nos processos para ter cobertura, segundo Erno Becker, presidente da Câmara Paraguaia das Indústrias de Laticínios (Capainlac).
Os industriais conseguiram se fortalecer aproveitando os períodos chuvosos, fazendo silagem úmida e feno, para suportar secas ou invernos rigorosos. "Vai continuar a acontecer. A bacia central é a pioneira e a que se estabeleceu diversificando, fornecendo cada vez mais produtos processados e iguarias", disse.
Ele mencionou que "os produtores do Chaco aprenderam a produzir muito bem em terras semiáridas", mas isso também fez com que muitos migrassem para a região leste, que está se posicionando como a mais forte em termos de bacias leiteiras. Em relação à produção nacional, ele disse que estão se aproximando da meta de ultrapassar 1 bilhão de litros por ano.
Becker disse que o consumo per capita ainda não atingiu a cota de 180 litros por pessoa anualmente, segundo as recomendações da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). No entanto, registramos cerca de 135 litros por pessoa por ano. "Temos que promovê-lo como Capainlac, que está constantemente se esforçando para que as crianças aprendam a consumir leite", acrescentou.
Por outro lado, indicou que as exportações para os diferentes mercados se recuperaram, mas a questão dos preços não foi motivadora devido ao colapso dos preços globais. "O preço internacional sempre foi baixo, o leite em pó foi afetado por isso e é um processo separado", disse ele.
Até agora, em 2023, o setor já produziu 80% do projetado, ou seja, mais de 700 milhões de litros, enquanto os embarques entre janeiro e outubro deste ano chegaram a 13.367 toneladas, 58% a mais que no mesmo período anterior, quando foram exportadas 8.415 toneladas.
As informações são do La Nación, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.