MILKPOINT VENTURES
CAFÉPOINT
EDUCAPOINT
MILKPOINT MERCADO
MILK MONITOR
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS
Na frente da caixa de leite da marca Neutral, dos EUA, logo acima do nome da marca, a embalagem traz uma mensagem curta em letras grandes: “Este leite combate as mudanças climáticas”.
Em seu site, a empresa lista o número de libras de CO2 que foram compensadas para dar ao leite este slogan – 12 libras (5,44 kg). A empresa trabalha para reduzir o máximo possível das emissões na produção e, em seguida, compensa o restante, tornando cada produto neutro em carbono.
Fonte da imagem: Neutral
“Como os consumidores estão comprando este leite, estamos investindo diretamente em fazendas com tecnologias e projetos para minimizar a mudança climática”, disse Marcus Lovell Smith, CEO da Neutral, que afirma ser a primeira marca de alimentos neutros em carbono nos EUA, embora outras também estejam compensando suas pegadas.
> O Dairy Vision 2021, maior evento para o setor lácteo do Brasil, contará com a palestra "É possível atingir a neutralidade de carbono no setor lácteo?", ministrada por Lukasz Wyrzykowski, Diretor Geral do IFCN - Alemanha. Confira a programação e se inscreva aqui!
A Neutral anunciou hoje que levantou, em uma rodada inicial de financiamento liderada pela Breakthrough Energy Ventures, o fundo de capital de risco focado no clima fundado por Bill Gates. O leite também chegou recentemente às prateleiras em todo o país, por meio da rede de mercados Whole Foods.
A empresa (Breakthrough Energy Ventures) trabalhou com pesquisadores para estudar a pegada de carbono dos laticínios, levando em consideração desde o fertilizante usado para cultivar os alimentos que vão na ração do rebanho, até o metano emitido pela eructação e fezes dos animais, a energia usada na fazenda, caminhões de entrega e plantas industriais de envase.
Fonte da imagem: Neutral
Em seguida, começou a fazer parceria com produtores de leite, pagando por tecnologias que, de outra forma, eles não seriam capazes de pagar. Embora algumas fazendas já tenham tomado algumas medidas significativas para reduzir suas pegadas de carbono, a maioria ainda tem muito espaço para mudanças.
No início deste outono, a empresa trabalhou com três fazendas de leite de propriedade familiar em Oregon, EUA, para cultivar pastagens com consórcio de plantas que são ricas em taninos – substância que as vacas gostam de comer e que pode ajudar a reduzir o metano.
A empresa também está trabalhando com produtores para instalar novos sistemas de manejo de esterco, outra fonte de metano. Em algumas fazendas, planeja plantar árvores em pastagens para ajudar a compensar algumas emissões.
Outras soluções, como aditivos de algas marinhas que podem ir na ração para também reduzir o metano, estão sendo consideradas para o futuro. “Temos uma abordagem bastante agnóstica em termos de tecnologia”, diz Smith.
Para compensar as emissões restantes, a marca compra compensações certificadas de outras partes da indústria de laticínios, incluindo fazendas maiores que usam digestores de metano, equipamentos que transformam esterco em energia, financiando a expansão do uso de digestores nessas fazendas.
Fonte da imagem: Neutral
A empresa também pode investir em soluções de agricultura regenerativa, como o plantio de lavouras de cobertura, que visam sequestrar carbono no solo das fazendas, embora Smith diga que mais pesquisas ainda são necessárias para entender exatamente quanto carbono essas técnicas podem sequestrar e por quanto tempo ele permanece debaixo da terra.
A empresa planeja posteriormente vender versões neutras em carbono de outros tipos de alimentos, mas queria começar com laticínios por causa de sua importância em termos de clima. Embora as vendas de alternativas aos lácteos à base de plantas estejam crescendo rapidamente, a maioria dos consumidores ainda compra produtos lácteos.
“Começamos no setor de laticínios porque tem uma grande pegada”, diz Smith. “Mas também porque acho que, até hoje, 93% das famílias americanas têm leite na geladeira. Portanto, é um alimento bastante universal e um lugar importante para começar.”
As informações são da Fast Company, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.
Veja também:
