ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Nutreco avança no Brasil com a compra de mais duas empresas

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 02/12/2014

3 MIN DE LEITURA

0
0
Após quase um ano de ajustes em sua estratégia de negócios para o Brasil, a holandesa Nutreco, uma das cinco maiores companhias de nutrição animal do mundo, anunciou ontem as aquisições das empresas do interior paulista Fatec e BRNova, em mais um capítulo do processo de consolidação do mercado nacional de ração.

Com as duas operações, a multinacional holandesa - ela própria em vias de ser adquirida por sua compatriota SHV Holding - deflagra a terceira fase de sua expansão no país, que deve culminar em um aporte de ao menos R$ 30 milhões na construção de uma nova fábrica, disse ao Jornal Valor Econômico o presidente da Nutreco no Brasil, Luciano Roppa.

A empresa entrou no Brasil em 2009, quando comprou 50% do capital da Fri-Ribe. Dois anos depois, elevou sua participação na Fri-Ribe para 97% e adquiriu a Belmann, empresa de ração com foco no mercado de bovinos. Agora, a companhia reforça a atuação no mercado brasileiro com as aquisições de Fatec e BRNova. O valor das duas transações não foi divulgado.

Segundo Roppa, as duas aquisições elevarão o faturamento da Nutreco em mais de R$ 200 milhões - a Fatec fatura cerca de R$ 150 milhões ao ano, e a BRNova, R$ 80 milhões. Em 2015, a receita da Nutreco deverá chegar a R$ 620 milhões, crescimento de 80% ante os R$ 350 milhões estimados para este ano.

Do ponto de vista de produção, Fatec e BRNova acrescentam 40 mil toneladas à capacidade da Nutreco, que tinha potencial para produzir 230 mil toneladas ao ano nas sete fábricas que já tinha no Brasil. Mas Roppa minimiza os números. A dimensão estratégica vai além da capacidade, afirmou ele.

As duas empresas recém-adquiridas pela Nutreco são especializadas na produção de premix (pré-mistura de minerais e vitaminas usada na composição de rações) para aves e suínos, dois segmentos em que a empresa ainda não atuava - a holandesa é forte em ração para bovinos e peixes. Com as compras da Fatec e BRNova, Roppa estima que a Nutreco terá uma participação de 7% no mercado de frango de corte, 25% no de aves poedeiras, 18% no mercado suínos, bem como uma fatia de 6% no mercado de bovinos de leite.

Ao incorporar a produção de premix para aves e suínos, a Nutreco poderá atingir as grandes integrações, a exemplo de BRF, JBS, Aurora e outras cooperativas que atuam no setor. "Tínhamos ração pronta para aves e suínos, mas os grandes clientes não compram", explicou Roppa. Tradicionalmente, os grandes clientes do setor têm fábricas próprias de ração e só compram os premixes produzidos por empresas de nutrição como a também holandesa DSM, a francesa InVivo e, agora, a Nutreco.

Com sede no município de Arujá, na Grande São Paulo, a Fatec detém o espaço que abrigará a nova fábrica da Nutreco, de acordo com Roppa. A construção da unidade, voltada para a produção de premix, é necessária porque a BRNova, também adquirida, não tem fábrica própria e hoje terceiriza produção.

Segundo o presidente da Nutreco no Brasil, serão necessários de R$ 30 milhões a R$ 40 milhões para erguer a nova unidade. A expectativa é que as obras comecem no segundo semestre de 2015. "A fábrica vai ficar pronta no fim de 2016", prevê. Conforme Roppa, a aquisição da BRNova se justifica mesmo diante dos investimentos necessários na construção da fábrica porque, ao assumir a empresa de premix, a Nutreco também adquire a base de clientes, o que não ocorreria se apenas construísse uma fábrica.

Com as duas aquisições e o projeto de construção da nova unidade, Roppa indica que as prioridades da Nutreco já estão definidas e que novas aquisições não estão no radar. "Precisamos consolidar os dois negócios", afirmou.

Além dos desafios internos, Roppa também terá de lidar com a provável venda da própria Nutreco, que tem ações listadas na bolsa de Amsterdã e fatura cerca de € 4 bilhões. Em novembro, a empresa recebeu uma oferta de US$ 3,7 bilhões da também holandesa SHV Holding, grupo controlado pela família Fentener van Vlissingen - só no Brasil, a SHV controla a varejista Makro. Mas Roppa não vê a situação com preocupações, já que há o indicativo de que os membros da administração seguirão na companhia.

A notícia é do Jornal Valor Econômico.
 

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures