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Nossa Comunidade - Antonio Elias Silva, economista, funcionário público e produtor rural

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 19/04/2012

3 MIN DE LEITURA

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Antonio Elias Silva é economista e tem uma formação acadêmica repleta de títulos, mas mesmo tendo estudado até fora do país não deixou suas raízes. Membro de uma família que há muitos anos se dedica à produção rural, montou sua própria fazenda em Campo Alegre de Goiás, GO, inicialmente com gado de corte e desde 2007 está voltado para produção de leite. Ainda investe em reflorestamento e aquicultura.

Antonio também é autor de artigos relacionados à agropecuária, destacando-se dois: Dinâmica dos Negócios Agropecuários: por que o produtor dificilmente lucra? e Commodities: estruturalismo às avessas.



1- Breve descrição profissional:

Sou economista de formação, funcionário público federal e produtor rural (pecuária, silvicultura e AQuacultura) por vocação e inércia, haja vista que a minha família está no negócio a centenas de anos.

2- Como é sua propriedade leiteira?

Meu sistema de produção é a pasto com suplementação de concentrado o ano todo e de volumoso no período da seca. Minha produção por hectare/dia é de 10 litros de leite. Atinjo 400 litros/dia em épocas de pico de produção. Como meu sistema ainda não está otimizado, meu custo de produção econômico (ao levar-se em conta todos os custos de oportunidade) situa-se em R$ 1,20/litro. Quando se consideram somente os custos contábeis (aqueles em que se leva em conta somente o que sai explicitamente do bolso - o que não inclui, portanto, remuneração do capital em terra, rebanho, máquinas e equipamentos)- o custo de produção é de R$ 0,60/litro nas águas. Como o sistema apresenta-se deficitário, após amplas pesquisas e debates, pretendo viabilizá-lo via implantação de irrigação. Meu rebanho é de vacas girolandas, num total de 50 vacas, sendo 40 em lactação.

3- Quais as dificuldades e desafios que vc tem na sua atividade?

A maior dificuldade é a ampla e crescente escassez de mão de obra. Outras dificuldades são: 1- dificuldade de acesso a crédito governamental, devido aos limites serem sempre inferiores às necessidades de investimento e custeio; 2- morosidade e burocracia excessiva no processo de análise e liberação do crédito oficial; 3- baixa remuneração do leite por inexistência de cooperativa na região; 4- alto preço de vacas de grande potencial leiteiro; 5- alto preço do sêmen; 6- assistência técnica oficial escassa e de má qualidade; 7- morosidade e altos custos na obtenção de licenças ambientais; 8- alto custo das máquinas e equipamentos no Brasil.

4- Como enxerga a atividade leiteira no país?

A atividade leiteira hoje está com melhores perspectivas do que no passado, porque hoje não importamos tanto leite subsidiado quanto no passado, e os preços no Brasil estão entre os mais altos do mundo. No entanto, pelo fato do setor ter no passado sofrido concorrência desleal com importados, o nível tecnológico da atividade, a qualidade genética do rebanho brasileiro e o nível técnico dos profissionais são muito baixos. Creio que com essa maior proteção do mercado, a atividade poderá crescer no futuro, e o Brasil finalmente deixará essa vergonhosa situação de ser importador líquido de leite, mesmo tendo o maior rebanho bovino comercial do mundo.

5- O que acha que falta no setor?

Faltam políticas públicas inteligentes para o setor. Quais seriam elas? Políticas que estimulassem o aumento de produtividade do setor, tais como subsídios à inseminação, transferência de embrião, ao custeio de novilhas, à aquisição de touros de elite, à aquisição de ordenhadeiras, tanques de expansão e à irrigação. Além disso, faltam incentivos ao cooperativismo, melhor qualificação dos técnicos da rede oficial de assistência técnica e regulação dos contratos de venda de leite (de forma que o produtor saiba o preço que receberá pelo leite).

6- Dica de sucesso ou frase preferida:

Ame muitos, confie em poucos e nunca desista.

7- Quais os serviços do MilkPoint você utiliza mais, e como o site lhe auxilia no dia-a-dia?

Utilizo mais a seção de artigos. A troca de informações com demais produtores e técnicos é o melhor caminho para o aprimoramento. Evoluí muito depois que comecei a trocar informações com os usuários do MilkPoint. Os analistas do site são também muito sóbrios e preparados.

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RAPHAEL DE ARAGÃO

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO

EM 10/05/2019

Antonio Elias, boa noite!
Tambem sou servidor publico federal, lhe peço a mesm ajuda que o Halec pediu abaixo. Gostaria de ser produtor rural, mas a lei 8112 nao permite. Como faço? Grande abraço.
ANTÔNIO ELIAS SILVA

CAMPO ALEGRE DE GOIÁS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/03/2014

Caro Lualdy,



Como não me lembraria de vc? É uma grande satisfação reencontrá-lo. Em verdade, eu trabalhava na SEAP/PR, não no MDA.



Forte abraço,

A Elias
LUALDY J. DAMASCENO XAVIER

ARACAJU - SERGIPE - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/03/2014

Amigo Antônio Elias,

Eram anos de 2005/206 tive a satisfação em te conhecer aqui em Sergipe, naquela oportunidade estava eu com um projeto de Capacitação sobre aquicultura e Pesca, e o amigo como fiscal do MDA, lembra? Mesmo a atividade em tela sendo outra, começamos a conversar sobre a Pecuária de Leite e de Corte, já naquele momento ficava latente a afinidade que vc tinha com o assunto, por isto quero te parabenizar pelo sucesso.      

Forte abraço!!!

Lualdy Xavier
ANTÔNIO ELIAS SILVA

CAMPO ALEGRE DE GOIÁS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/10/2012

Caro Halec,

Por favor, envie-me um e-mail para aeliascastro@gmail.com .

Grato,

A Elias
HALEC OLBARAKAN SUAD

ABADIA DOS DOURADOS - MINAS GERAIS - TRADER

EM 17/10/2012

Caro Antonio Elias



Também sou servidor público federal, e lhe peço auxilio quanto à legislação que me permite ser produtor rural, visto que a lei 8.112 me proibiria de exercer atos de comércializar a produção. Meu pai, idoso, já não pode tocar os negócios, e eu gostaria de substituí-lo. Desde já agradeço.
ANTÔNIO ELIAS SILVA

CAMPO ALEGRE DE GOIÁS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/05/2012

Neste caso, as exceções virarão regras.. rs

Forte abraço,

A Elias
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/05/2012

Prezado Antônio Elias: Cuidado - não se apegue à exceções porque elas confirmam, sempre, a regra (rsrsrs).

Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
ANTÔNIO ELIAS SILVA

CAMPO ALEGRE DE GOIÁS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/05/2012

Caro Guilherme,

Obrigao pelos comentários, e assumo que já tenha lido os artigos.. hehehh... Bem, leste sobre o produtor José Renato, novato na nossa comunidade, produz a pasto irrigado e confinamento. Veja o que diz sobre qual é o sistema mais lucrativo e menos problemático (depende menos de mão de obra)... hehheheh

Forte abraço,

A Elias
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/05/2012

Prezado Antônio Elias: lerei com certeza seus artigos.

Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
ANTÔNIO ELIAS SILVA

CAMPO ALEGRE DE GOIÁS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/04/2012

Olá, caro Guilherme,

Bem, é verdade, é mto triste ver que políticas tão importantes sequer estão na agenda (são estado de coisa..rss).

Quero aproveitar para disponibilizar os links de meus artigos relacionados ao agronegócio, que recomendo a leitura, principalmente por parte de produtores e formuladores de política pública para a área.

Artigo sob título "Commodities: estruturalismo às avessas", em parceria com o agora PhD em Relações Internacionais José Nelson Bessa Maia, pág. 15:  

  
https://corecondf.org.br/files/2012/03/47-revista.pdf<br

Acredito que pelas amplas pesquisas que fiz para embasar os artigos e pelas informações que não encontrarão em nenhum outro lugar, vale à pena dedicar 10 minutos para ler cada um dos artigos acima (não são longos, coisa de 5 páginas).

Forte abraço,

A Elias
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/04/2012

Prezado amigo Antônio Elias Silva: Concordo com você, eis que sou adepto da política de subsídios, única saída para que nós tenhamos competitividade a nível internacional, tanto é que a mesma é adotada por todos os Países que são potências lácteas. O que atrapalha ao Brasil é a corrupção e a politicagem. Se fôssemos uma nação séria, sem que um queira passar a perna no outro, se nossa política monetária e mercadológica não fosse predatória, onde um quer engolir o outro e, não, apenas crescer por suas próprias pernas, teríamos alguma chance, sem que necessário fosse subsidiar aos produtores (agora, a culpa é do nosso produto, que é muito caro, veja só!). Mas, no estágio (quase perpétuo) em que nos encontramos, onde fica difícil até mesmo escolher um Presidente de CPI, porquer a maioria dos parlamentares têm pendências morais, não existe saída diferente.

Quanto ao confinamento integral, já sabia de sua resposta (rsrsrs).

Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
ANTÔNIO ELIAS SILVA

CAMPO ALEGRE DE GOIÁS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/04/2012

Caro Guilherme,

Obrigado por suas palavras. Qto ao preço dos sêmens, acho que, mesmo que os resultados sejam tão espetaculares, eles poderiam ser mais baratos, nem que seja via subsídios governamentais. Como a pecuária leiteira está tecnologicamente mto atrasada no Brasil, o governo tem de implementar políticas inteligentes para torná-la competitva. Afinal, leite é produto com mto valor agregado (ração, mão de obra,  fertilizantes, medicamentos, pesquisa, tecnologia etc). As políticas públicas mais inteligentes para aumentar a competitividade são aquelas que alvejam o aumento da produtividade. Então poderíamos elencar bastante coisa nessa linha: doação ou subsídio a botijão e sêmens; doação ou subsídios a touros de elite; subsídio forte a tanques e ordenhadeiras; fortalecimento do cooperativismo, difusão tecnológica, fomento à pesquisa e inovação, entre outros. Na década de 1980, a indústria automobilística dos EUA (pouco competitiva) estava fortemente ameaçada pela japonesa. O que o  governo dos EUA fez? Subiu impostos de importação? Não. O governo estimulou o aumento de produtividade da indústria, via  subsídios creditícos e estimulos fiscais diversos, fomentando a pesquisa e a inovação. Uma década depois, a indústria estadunidense se tornou uma das mais competitivas do mundo. Devemos tirar lição da experiência dos EUA para a pecuária leiteira brasileira.

Por outro lado, vai ser difícil eu me enveredar para o confinamento, uma vez que todos os estudos a que tive acesso demonstram a superioridade do sistema a pasto sob irrigação usando tífton 85.

Forte abraço,

A Elias
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/04/2012

Parabéns ao amigo Antônio Elias Silva que, finalmente, mostra a sua cara (rsrsrs).

Sucesso em suas empreitadas, muito embora se enverede por caminhos pouco recomendáveis, como leite sob irrigação (rsrsrs).

Todavia, como você já está em regime de semiconfinamento, daqui há pouco tempo, com certeza, se renderá aos benefícios do confinamento integral (rsrsrs).

Daí, passará de 400 litros/dia, no pico de produção, para 4000, o ano todo(rsrsrs).

Quanto ao preço do sêmen ser caro esta assertiva advém de um profissional que, ainda, não lida com gado puro e, portanto, não faz ideia de quanto vale uma novilha, uma bezerra de alto poder genético. Depois que você tiver, como eu, filhas puras de Canvas, Wildman, Blitz e outros expoentes, vai achar que pagar R$ 1000,00 (mil reais) por uma dose de sêmen é bastante razoável.

Um abraço e muito sucesso.

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=

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