Representar o setor lácteo global e garantir que o conhecimento técnico e científico seja usado para produzir leite e produtos lácteos de alta qualidade, nutritivos, seguros e sustentáveis, ajudando a nutrir o mundo.
Essa é a missão da Federação Internacional do Leite (FIL/IDF), que conta com a expertise em pesquisa, desenvolvimento e inovação do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
As pesquisadoras Adriana Torres e Leila Maria Spadoti, do Centro de Tecnologia de Laticínios (Tecnolat) do Ital, fazem parte da lista de cerca 1,2 mil especialistas ligados à FIL/IDF, que tem 117 anos de existência e sede em Bruxelas, na Bélgica.
Atualmente, o projeto conta com 43 países membros, responsáveis por cerca de 75% da produção mundial e reconhecidos pela qualidade da produção de leite e seus derivados e por pensar estrategicamente o setor, considerando perspectivas táticas e operacionais.
A contribuição das pesquisadoras teve início há dois anos, assim que o Brasil voltou a ser membro da federação (foram duas experiências anteriores) por iniciativa da Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100), que está dentre os sócios-fundadores do Comitê Brasileiro, em parceria com as associações brasileiras de Leite Longa Vida (ABLV) e das Indústrias de Queijo (Abiq).
Composto por 130 especialistas, o comitê conta com dez subcomitês, sendo que Leila integra o de Ciência & Tecnologia e Adriana, o de Nutrição & Saúde. Os outros são: Economia & Política; Higiene & Segurança; Marketing & Comunicação; Meio Ambiente; Métodos de Amostragem & Análise; Normas, Padrões & Legislação; Gestão & Sistemas Produtivos; Saúde & Bem-Estar Animal.
As contribuições envolvem divulgação de informações científicas mais recentes por meio de textos e entrevistas na mídia, participação de reuniões virtuais para discussão de questões atuais e controversas de grande interesse, suporte na elaboração de documentos técnico-científicos e elaboração de projetos de pesquisa colaborativos.
“O Comitê Brasileiro da FIL/IDF tem como objetivo unir, integrar e desenvolver o setor lácteo nacional, permitindo a construção de políticas de Estado integradas, públicas e privadas, e buscando sua crescente soberania e competitividade no contexto global. O Brasil passará a ter protagonismo no cenário internacional, que lhe é justo, e não será mais um mero espectador, como vem ocorrendo”, ressaltam Adriana e Leila, que participaram da redação e publicação de estudos sobre a importância funcional da membrana do glóbulo de gordura do leite, a importância das proteínas do leite no sistema imunológico e a importância dos lácteos probióticos na imunidade.
Também integram o comitê, a Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário Edmundo Gastal (Fapeg), a Agência de Inovação de Leite e Derivados (Polo do Leite), o Conselho Nacional da Indústria de Laticínios (Conil) e o Instituto Antonio Ernesto de Salvo (Inaes), além da G100 e outras empresas e instituições. “É preciso muito esforço de liderança, comunicação e boa vontade para criar e manter um comitê, especialmente nos primeiros anos”, finaliza Guillaume Tessier, secretário nacional do Comitê Brasileiro FIL/IDF.
As informações são da Secretaria de Agricultura de São Paulo, adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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*Fonte da foto: Freepik