ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Especial Região Sul, Sítio São José: simpatia combinada com eficiência produtiva

POR MAYSA SERPA

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 06/01/2020

4 MIN DE LEITURA

4
8

Já mostramos aqui no Especial Região Sul que produzir leite com qualidade e eficiência não é exclusividade das grandes propriedades e a edição de hoje é mais um exemplo disso. O Sítio São José é uma simpática propriedade localizada na cidade de Palotina, interior do Paraná, que trabalha com rebanho totalmente composto por vacas Jersey, cujos proprietários nos agraciaram com imagens maravilhosas. Quem conta a história de hoje são Cléber Sônego e seus pais, Arlete e Aldemir.

Tudo começou nos anos 70, quando os pais do Sr. Aldemir migraram do Rio Grande do Sul para o Paraná. Ele tinha apenas três anos. Em 1988, casou-se com dona Arlete e tiveram três filhos. Em meio as dificuldades financeiras, no ano 2000, decidiram iniciar a produção de leite, já que a área da propriedade que possuíam não era suficiente para produzir grandes culturas, como soja e milho.


Foto: cedida pela Família Sônego.

Na época o rebanho tinha genética menos apurada, era criado totalmente a pasto, com baixa utilização de concentrado. Atualmente, o sistema de produção é semi-intensivo e o rebanho conta com 22 animais em lactação, todos Jersey, com produção de 400 litros de leite diários, média de 18 litros por animal. “O gado Jersey é um animal mais rústico, dócil e de pequeno porte, o que facilita o manejo, além de produzir leite mais “gordo”, com qualidade superior. Não vemos desvantagens em relação a outras raças, apenas pontos positivos”, disse Arlete.


Foto: cedida pela Família Sônego.

A propriedade conta com 4 ha de capim Mombaça, divididos em 37 piquetes, em sistema de pastejo rotacionado. Além do pasto, os animais são alimentados com silagem de milho, parte produzida na fazenda e parte terceirizada. Em épocas de escassez de chuva, utilizam feno, também comprado de terceiros. Quanto ao fornecimento de ração, um aspecto muito interessante sobre o Sítio São José é a prática de dieta individual. Ela – a dieta - é calculada por uma equipe de assistência técnica, com base no peso, período de lactação e produção de cada animal.

jersey região sul paraná produção de leite
Foto: cedida pela Família Sônego.

O manejo é feito da seguinte forma: logo após serem ordenhadas, as vacas são conduzidas a cochos com canzil, que impedem que um animal coma a ração do outro. Em uma lousa ficam descritos os nomes de cada animal e as quantidades de milho moído, farelo de soja, sal mineral, tamponante e calcário adequadas para cada um. Já a silagem fica disponível em porções iguais cocho para todos. Assim, cada animal é identificado e recebe sua dieta balanceada e exclusiva. “Os benefícios observados foram economia com ração, porque cada animal come o correspondente a sua produção, além de aumento no volume do leite, com média subindo de 9 litros por animal, para 18 litros”, comentou Aldemir.

O Sítio São José está inserido na bacia leiteira oeste do Paraná, onde é comum a utilização de tecnologias e a assistência técnica é abundante. Um exemplo disso é o programa Leite MAIS, uma iniciativa do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER, do Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR e da Cooperativa de Trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural - COOPERMAIS. Este programa visa o aumento da produtividade, qualidade e rentabilidade da atividade leiteira, por meio da prestação de orientação técnica personalizada aos produtores assistidos.  Durante a visita são executadas as seguintes atividades:

  • avaliação das condições produtivas e mensuração da disponibilidade de pastagens;
  • avaliação das condições produtivas das áreas de produção de volumosos de inverno;
  • atribuição de escore de condição corporal (ECC) ao rebanho;
  • avaliação das condições sanitárias do rebanho;
  • avaliação da higiene das instalações e equipamentos;
  • realização do balanceamento individual das vacas;
  • monitoramento da pesagem das bezerras/novilhas;
  • ajuste da quantidade de ração;
  • transferência para a ficha do animal das anotações feitas pelo produtor;
  • diagnóstico de prenhez;
  • anotação das recomendações no caderno apropriado;
  • acompanhamento da rotina de ordenha sempre que necessário;
  • entrega ao produtor do calendário de visitas para o próximo mês.


Foto: cedida pela Família Sônego.

Sobre o Leite MAIS, Cléber falou: “O programa no auxiliou principalmente na produção de volumosos. Inclusive, neste quesito, fomos premiados como 2° melhor produtor do projeto. Além disso, aprimorou a criação de bezerras e novilhas, aumentou produtividade das vacas, ajudou no melhoramento genético, entre outros manejos da propriedade, o que trouxe uma melhor produção e melhor qualidade de vida”.

O bom desempenho do programa também está refletido nos parâmetros de qualidade do leite: Contagem de Células Somáticas (CCS) de 154 mil cél/mL e Contagem Bacteriana Total (CBT) de 21 mil UFC/mL. O leite é fornecido para a empresa LATCO, da qual recebem por volume e qualidade. “Com certeza o pagamento por qualidade motiva o produtor a melhorar, pois, se ele estiver sendo remunerado, a tendência é querer ser cada vez melhor, para receber mais”, comentou Arlete.


Foto: cedida pela Família Sônego.

Apesar dos três filhos de Arlete e Aldemir terem seguido os caminhos do agronegócio (dois Agrônomos e um Zootecnista) nenhum deles pensa em assumir a propriedade, por enquanto. Contudo, sempre que têm disponibilidade, ajudam os pais nos afazeres da fazenda.

Os proprietários do Sítio São José sonham em ampliar a produção de leite. O próximo objetivo é a construção de um barracão em que seja possível tratar dos animais utilizando desensiladeira misturadora e, depois disso, aumentar o rebanho.


Foto: cedida pela Família Sônego.

Gostaria de ver alguma propriedade do Sul no nosso especial? Indique ela clicando aqui! 

MAYSA SERPA

Médica Veterinária, MSc. e doutoranda em Sanidade Animal pela UFLA.

4

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

EDUARDO SCHULZ MITTANCK

CENTRAL - ZOOTECNISTA

EM 08/01/2020

Parabéns pra Família Sônego!! ????????
ROBERTO DE ANDRADE BORDIN

SÃO PAULO - SÃO PAULO

EM 07/01/2020

Bom dia...

Mais casos assim deviam ser expostos...pois mostra que com vontade e técnica...tudo acontece.
Parabéns.
WILLIAN GONÇALVES DO NASCIMENTO

PALOTINA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 07/01/2020

Parabéns Família Sônego, IAPAR, EMATER e COOPERMAIS, excelente trabalho.
ANDRÉ LUIZ PIZANO LOURO

ANTÔNIO PRADO DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/01/2020

Top essa raça

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures