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Coca-Cola vai disputar setor lácteo no Brasil

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 04/12/2015

3 MIN DE LEITURA

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O Sistema Coca-Cola Brasil, por meio da Leão Alimentos e Bebidas, assinou um contrato de intenção de compra da fabricante mineira de lácteos Verde Campo. A operação marca o primeiro passo da Coca-Cola para competir no mercado brasileiro de produtos lácteos - um segmento no qual a rival Pepsico atua desde 2000, com a marca Toddynho.

A intenção da Coca-Cola, no entanto, é entrar em segmentos de produtos com maior valor agregado, como iogurtes, queijos e sorvetes. Leites não estão no foco da companhia.

O valor do negócio é mantido em sigilo pelas companhias. A operação foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Coca-Cola informou que a negociação está em curso e ainda não tem prazo estabelecido para a conclusão.

A Verde Campo foi fundada há 15 anos em Lavras (MG) e produz iogurtes e queijos, incluindo linhas sem lactose, dietéticas e com baixo nível de gorduras, vendidas sob a marca Lacfree.

Fora do Brasil, tanto a Coca-Cola quanto a Pepsico diversificam a oferta de bebidas. A Coca-Cola possui desde 2011 a Estrella Azul no Panamá. No ano seguinte, comprou a Santa Clara, que opera no México. Nesses países passou a produzir iogurtes, queijos, leite UHT, sorvetes entre outros itens. No início de 2015, a empresa lançou nos Estados Unidos a bebida láctea Fairlife, que não contém lactose.

Já a Pepsico comprou na Rússia a fabricante de iogurtes Wimm-Bill-Dann Foods em 2011. Em 2012, a Pepsico começou a vender iogurtes no mercado internacional, por meio de uma joint venture com a companhia alemã de laticínios Theo Müller. Procurada, a companhia preferiu não comentar sobre seus projetos para o Brasil.

De acordo com a Euromonitor International, o mercado de iogurtes - incluindo os líquidos, de colher (como gregos e petit suisse) e à base de soja - cresceu em volume, em média, 7,2% ao ano entre 2010 e 2015 e deve fechar este ano com 1,6 milhão de toneladas. Em receita, o crescimento médio é de 13,7%, fechando 2015 com receita de R$ 14,6 bilhões. Mesmo com o cenário de crise, o mercado de iogurtes crescerá, em média, 6,1% ao ano entre 2015 e 2019, chegando a R$ 18,6 bilhões em 2019.

Vicente Jabur, executivo de contas da consultoria Kantar Worldpanel, diz que, neste ano, devido à crise econômica, as vendas totais de iogurtes no Brasil recuaram 2,3% no acumulado de janeiro a outubro, em comparação ao mesmo período de 2014, chegando a 655,7 mil toneladas. Em receita, no entanto, houve crescimento real de 4,3%, para R$ 4,36 bilhões. Entre os diferentes tipos de iogurtes, a categoria "grego" foi a que mais cresceu, com avanço de 5,8% em vendas, seguida pelos iogurtes líquidos, com alta de 4,4%.

"Em 2015, houve uma racionalização do consumo. Os iogurtes líquidos continuam crescendo porque têm baixo custo. O iogurte grego também cresce porque o consumidor vê o valor agregado. Outras linhas intermediárias têm queda", afirmou Jabur. Ele observa que a Verde Campo já produz iogurte grego e outras linhas de alto valor agregado, como bebidas sem lactose, o que tornou a marca atraente para a Coca-Cola.
Olegário Araújo, especialista em consumo e diretor da consultoria Inteligência em Varejo, considera que uma parcela relevante dos brasileiros têm buscado bebidas e alimentos considerados mais saudáveis e práticos, o que contribui para o crescimento de produtos como iogurtes e queda de outros, como os refrigerantes.

De janeiro a novembro, a produção de refrigerantes no país caiu 6,2%, para 13,311 bilhões de litros, segundo dados do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe) da Receita Federal. "O Brasil acompanha a tendência global de consumo de produtos mais saudáveis", afirmou o consultor.

Araújo acrescentou que as indústrias de bebidas avaliam a tendência de consumo para as próximas décadas e antecipa o investimento na área. "Quando a Coca-Cola comprou a Del Valle em 2006, o mercado de sucos prontos era muito menor do que é hoje", disse.
 

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PLINIO SOUSA CANDIDO

SANTA HELENA DE GOIÁS - GOIÁS - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA LATICÍNIOS

EM 19/03/2018

Considero relevante para o setor de lacteos esta noticia. O que por um lado pode ser uma ameaça aos players atuais, por outro lado pode ser um impulso na demanda, se considerarmos todo potencial da coca cola na promoção de produtos alimentícios.
JOSE EDUARDO VO VALLE GONÇALVES

CURITIBA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 07/03/2016



Esta notícia é terrível, vem aí um dominador que pode acabar com vários laticínios Brasileiros. Esta Empresa obriga mercados, bares, lanchonetes e toda cadeia de consumo a ter em sua prateleira toda linha de produtos, oferecem prazos convidativos, só para eliminar a concorrência, e, com esta prática o pequeno e o médio são colocados para escanteio, SUCOS, REFRIGERANTES, ÁGUA, LEITE, QUEIJO,... devemos ser mais patriotas e estimular consumo de produtos de EMPRESAS BRASILEIRAS. É UM ALERTA!
LUCAS MACCARINI

EM 11/12/2015

Espera-se assim uma melhora no cenário nacional... Grandes empresas tem um novo jeito de fazer as coisas!!! E automaticamente as melhoram.
IVES FIGUEIREDO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA LATICÍNIOS

EM 07/12/2015

Inovações e criatividade faram que o Mercado Brasileiro de Lácteos sustente um forte crescimento no setor, apoiados em novas tecnologias de Processo e Sistemas de Embalagens e que os gigantes das bebidas e distribuição sejam bem-vindos!

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