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CNA aposta em recuperação de preços em 2008

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 29/02/2008

1 MIN DE LEITURA

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A expectativa do presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, é que os preços do leite em 2008 passem por um processo de recuperação em relação ao último trimestre de 2007, quando houve queda nos valores pagos ao produtor. "Já estamos nesse processo. E é preciso que haja recuperação, pois os preços praticados não estão cobrindo os custos totais", destacou ele durante entrevista coletiva sobre os Ativos da Pecuária de Leite.

Dentro desse cenário, a CNA trabalha com a perspectiva de crescimento da produção de 3% em 2008. Para explicar essa projeção, Alvim disse que "normalmente, quando há um forte crescimento em um ano, o crescimento no ano seguinte é menor". Para 2007, a CNA estima que a produção total (inspecionada e não inspecionada) tenha crescido entre 5 e 6%.

De acordo com Alvim, 2007 foi um ano interessante para o setor, mas fatos como as denúncias de fraude fizeram com que os preços recuassem. O pico do preço recebido pelo produtor foi de R$ 0,80/litro em setembro, caindo para abaixo de R$ 0,70 em dezembro. Em janeiro, o produtor recebeu R$ 0,66/litro, enquanto que, segundo Alvim, o patamar ideal para cobrir os custos totais seria de R$ 0,80/litro. Segundo Marcelo Costa Martins, assessor do departamento econômico da CNA, o que explica o crescimento da produção mesmo diante de preços insuficientes é o fato de parte dos custos não envolver desembolsos diretos: "O produtor vai empobrecendo aos poucos, não recupera cercas, o maquinário se deprecia, mesmo que o fluxo de caixa seja positivo", explica.

No mercado internacional, ele estimou que o preço da tonelada de leite em pó fique entre US$ 3,8 mil e US$ 4,5 mil durante 2008. No ano passado, a tonelada chegou a custar US$ 5,5 mil. "Nunca se viu patamares de preço desta ordem no mercado internacional. O patamar mudou e não vai voltar ao dos anos anteriores. Os preços eram muito reprimidos por práticas desleais de comércio e de subsídios dados pela União Européia. Isso não está mais acontecendo e finalmente estamos com preços reais no mercado e a pecuária leiteira pode se projetar para ocupar um importante espaço no mundo", ponderou.

Alvim finalizou dizendo que o dólar em queda preocupa, mas as exportações ainda são viáveis, pois os preços externos se recuperaram nas últimas semanas, após as quedas de outubro em diante.

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ROBERTO CUNHA FREIRE

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 01/03/2008

Realmente, hoje os nossos custos subiram e muito devido a vários fatores, principalmente a ração animal. Porém, há de ressaltar que os ganhos laticínios e das empresas particulares, que operam no setor na Bolsa de Valores, conforme notíciados e veiculado pelo site MilkPoint, foram enormes, ou seja suas ações foram consideradas vedetes e muito disputadas. Algumas cooperativas também sinalizaram com ganhos e até estão ampliando e investindo em ampliações de suas plantas industriais.

Transcrevendo parte do noticiário acima "O produtor vai empobrecendo aos poucos, não recupera cercas, o maquinário se deprecia, mesmo que o fluxo de caixa seja positivo". O que de fato vem ocorrendo conforme afirmativa é que esse empobrecimento por parte de nós, produtores rurais de leite, é, a meu ver, a falta de adequação da legislação da lei que rege o cooperativísmo aos pricípios incrustados no art. 37 da Const. Federal de 1988 e a proibição de reeleição por mais de 2(dois) mandatos de Presidente, Diretores e de membros dos conselhos das cooperativas.

Parece que não, mas tal fato também tem influencia diretamente nos preços do litro de leite que nos pagam, pois já era para as cooperativas, que aliás são geridas por colegas produtores rurais de leite, terem implementado a atualização dos preços do litro de leite que nos pagam, lastreado em um indexador a partir de um preço médio de uma cesta de produtos derivados do leite no atacado.

A não implementação dessas mudanças fazem com que nós produtores nos tornemos alvo fácil de cartéis de manipulação de preços por parte dos compradores, que sem sombra de dúvida é a parte que mais ganha, juntamente com os atacadistas e supermercados. Por essa e por outras razões o sistema cooperativista precisa sofrer adaptações aos novos tempos, sob pena de cair no descrétido e provocar como já vem ocorrendo - grande fuga dos produtores rurais de leite/cooperados para os compradores particulares, em busca de melhor remuneração.

O que se constata nessa reportagem, e que já vem ocorrendo há muito tempo, é que nós, produtores rurais de leite, estamos cada vez mais pobres em comparação aos demais elos da nossa cadeia, justamente por falta de união e comodismo das nossas lideranças de classe na busca de elementos de adequação e correção dessas distorções existentes no elo da cadeia, em que o produtor continua sendo o mais sacrificado.

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