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Melhorando o desempenho de vacas leiteiras com levedura viva durante a fase inicial de lactação

NOVIDADES DOS PARCEIROS

EM 16/06/2021

5 MIN DE LEITURA

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Ruminantes evoluíram para converter eficientemente grama e forragens em carne e leite. Atualmente, estes animais são alimentados com níveis mais altos de concentrados ou carboidratos de rápida fermentação, a fim de atender o aumento da exigência de energia e de produção, o que pode levar ao estresse alimentar e casos de Acidose Ruminal Subclínica (SARA). O aumento de carboidratos fermentáveis e amido causa uma alteração na flora microbiana ruminal e um aumento da fermentação, gerando acúmulo de ácidos graxos voláteis (AGV’s) e queda do pH ruminal. Se o pH ficar abaixo de 5,8 por um certo período de tempo, o animal entra em SARA. A digestão da fibra é prejudicada pela redução da quantidade e atividade de microrganismos digestores de fibra, que são os mais sensíveis à queda do pH ruminal. A condição ruminal mais ácida também pode causar danos à parede ruminal além de morte e lise da microflora naturalmente presente no rúmen (Khafipour et al, 2009). Com isso, ocorre a liberação de endotoxinas que podem estimular uma resposta inflamatória no epitélio ruminal (Gozho et al, 2005). Lesões na parede do rúmen também facilitam a passagem destas toxinas para a corrente sanguínea, causando uma resposta inflamatória. 

Como consequência da SARA, a saúde do rúmen, bem como o desempenho, a fertilidade e a saúde animal podem ser afetados. Tem-se estimado que o custo da SARA para os produtores de gado leiteiro é superior à 200 mil euros/ ano (Stone, 2004). Sinais visíveis desta síndrome incluem redução do consumo de ração, diminuição do desempenho e ocorrência de fezes menos consistentes, contendo grãos e fibras não-digeridas. Um outro indicativo da ocorrência da SARA é a redução da quantidade de gordura do leite devido à menor digestão de fibras. Quando os animais estão em SARA devido ao estresse alimentar, também são incapazes de lidar de forma efetiva com outros fatores, como infecções ou outros desafios sanitários. Isto pode ser refletido no aumento da contagem de células somáticas no leite e na incidência de mastite. Há também uma ligação entre a claudicação no rebanho causada por inflamação e liberação de endotoxinas e a incidência de acidose, onde rebanhos afetados pela síndrome apresentam casos de laminite (Gozho et al, 2005). 

Leveduras vivas são eficazes em estabilizar o pH ruminal e reduzir os efeitos da SARA, melhorando o desempenho e a sanidade do rebanho (Thrune et al., 2009). A levedura viva funciona de duas maneiras para ajudar a aumentar e estabilizar o pH ruminal. Em primeiro lugar, competirá por açúcares com bactérias produtoras de ácido lático no rúmen (por exemplo, S. Bovis e lactobacilos), reduzindo assim o seu crescimento e a produção de ácido láctico, o qual tem um elevado potencial acidótico (Chaucheyras et al, 1996; Pinloche al et 2013). Em segundo, é também uma boa fonte de nutrientes e metabólitos que têm demonstrado aumentar o crescimento e o número de organismos que podem utilizar o ácido láctico, por exemplo S. ruminantium e M. elsdenii, podendo estimular o crescimento microbiano. Assim, a adição de leveduras vivas à dieta é muito eficaz na manipulação da flora ruminal e na elevação e estabilização do pH ruminal para reduzir a incidência de SARA (Thrune et al., 2009). O objetivo deste estudo de 10 semanas foi demonstrar os benefícios da levedura viva Vistacell- AB Vista durante a fase inicial de lactação tanto, no desempenho quanto na saúde geral dos animais. 

Materiais e métodos

O experimento foi delineado aleatoriamente em blocos com dois tratamentos, sendo um de controle (Con) e o outro de leveduras vivas (Vistacell®). Sessenta vacas (incluindo 22 novilhas) foram distribuídas entre os grupos Controle e Levedura, com base no número de partos, produção estimada de leite e a data do parto. Uma dieta basal foi fornecida à vontade, duas vezes por dia, e suplementada com concentrados de acordo com um esquema fixo, baseado na idade e estágio da lactação. Os concentrados foram fornecidos em três partes iguais por dia. Animais foram alojados no sistema “loose-housing” durante um período de 10 semanas, com registro individual e diário da produção de leite e do consumo da dieta, através de cochos automáticos individuais (Calan Gates). A ordenha aconteceu duas vezes ao dia, e amostras de leite foram coletadas em quatro ocasiões diferentes, semanalmente, sendo posteriormente analisadas por NIR para gordura, proteína, lactose, contagem de células somáticas (CCS) e ureia. Os animais foram pesados quando ordenhados, e o escore corporal foi avaliado usando uma escala de 5 pontos nas semanas 0, 3 e 10 pós parto. Parâmetros de sanidade também foram monitorados, com atenção especial dada para a contagem de células somáticas e a incidência de mastite no rebanho. 

Resultados e Discussão 

Os resultados mostraram que, mesmo em um rebanho bem manejado, alimentado com uma ração equilibrada e de boa qualidade, a suplementação com levedura viva levou a uma melhora na secreção de leite corrigido para gordura e proteína (FPCM em inglês) de 0,8 kg/d e um aumento no consumo de matéria seca (CMS) da forragem de 0,7 kg/d.

 A produção extra não veio da utilização das reservas corporais; na realidade vacas suplementadas com levedura viva ganharam peso mais rapidamente após o parto, indicando melhor balanço energético que o grupo controle. A CCS caiu significativamente com a suplementação durante as semanas 4 a 6 e numericamente no período total de 10 semanas de experimento. A incidência de casos tratados de mastite também diminuiu significativamente por meio da suplementação com levedura (5 casos x 1 caso) indicando efeitos benéficos à saúde, além dos alcançados com o desempenho.   

Os melhores resultados da levedura viva na produtividade e saúde foram vistos em novilhas de primeira lactação, com um aumento de FPCM de 2,7 kg/d e uma melhora numérica na conversão alimentar de 5,6% (1,70 x 1,61). O aumento de FPCM foi decorrente de um crescimento significativo no rendimento de gordura (1248 g/dia x 1131 g/dia). O rendimento maior de gordura é geralmente um indicador de melhora na digestão da fibra levando à maior produção de acetato e fermentação mais balanceada com, potencialmente, menor ocorrência de SARA. A contagem de células somáticas foi significativamente reduzida em novilhas ao longo do experimento, indicando benefícios adicionais à saúde.

As novilhas estão sob maior estresse do que as vacas multíparas, especialmente em uma condição alimentar em grupo. Juntamente com ter que lidar com SARA e estresse alimentar, as novilhas precisam gerar energia suficiente para a produção e para o próprio crescimento. Por meio da suplementação diária com levedura viva AB Vista, as fêmeas superaram melhor o estresse alimentar, fato demonstrado pelo melhor desempenho e pelos efeitos positivos sobre a saúde.

 

Nelson FerreiraNelson Ferreira Jr,

Gerente de Negócios Ruminantes LAM da AB Vista.

 

 

Esse é um conteúdo da ABVista.

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