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A importância de uma transição eficiente

NOVIDADES DOS PARCEIROS

EM 10/02/2021

4 MIN DE LEITURA

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O período de transição, periparto e primeiro mês de lactação, são os momentos do ciclo produtivo da vaca leiteira que envolvem os maiores riscos. Embora a cetose seja considerada um problema "típico" desse período, certamente não é o único e deve ser considerada apenas a ponta do iceberg. Na verdade, 70% dos problemas que podem ser encontrados na vida produtiva da vaca leiteira ocorrem no primeiro mês após o parto. Está cientificamente comprovado que existe uma forte correlação entre o aumento de ácidos graxos não esterificados (AGNE) e corpos cetônicos na corrente sanguínea após o parto e a maior incidência de problemas como: distocia, retenção de placenta, mastite, cetose, deslocamento do abomaso e fertilidade reduzida. Todas essas questões críticas são, de fato, atribuíveis ao manejo do balanço energético negativo (BEN) após o parto, que, se não for tratado de forma otimizada, pode aumentar muito a incidência dos problemas mencionados. Estes não são apenas custos diretos (medicamentos, tratamentos, intervenção veterinária, diminuição da produção), existem também um forte impacto no ciclo reprodutivo, retardando-o e diminuindo a sua eficiência; não só durante os primeiros meses de lactação, mas com efeito que pode estender-se até o próximo parto e transição.

O uso de colina protegida da ação do rúmen, graças aos efeitos na saúde hepática, agora faz parte da rotina diária da maioria das fazendas. Porém, além da prevenção da cetose, são ainda desconhecidos os diversos benefícios que seu uso pode trazer durante o período de transição no ciclo reprodutivo e, consequentemente, na renda da fazenda. Uma pesquisa recente com mais de 10.000 vacas leiteiras tratadas com colina protegida da ação do rúmen, durante o período de transição, nos ajuda a esclarecer essas questões. Durante um ano, o desempenho de 10.316 vacas leiteiras foi monitorado em várias fazendas comerciais dos Estados Unidos, das quais 5.591 receberam Ruprocol® na dose de 60 g/cabeça/d durante 42 dias no peri-parto e 4.725 que não receberam tratamento. Os seguintes parâmetros foram avaliados: ingestão de matéria seca, produção de leite, eficiência alimentar (EA), custo da ração e incidência de metrite, retenção placentária, cetose clínica, deslocamento do abomaso, mastite e mortalidade.

Os dados desta pesquisa mostram claramente (Figura 1) como o tratamento com colina protegida da ação do rúmen, utilizada como preventivo, foi capaz de diminuir a incidência dos principais problemas pós-parto. Não só foi reduzida a incidência de cetose clínica em 72,1% (p <0,001), mas também casos de metrite (p<0,001), retenção de placenta (p<0,01), deslocamento de abomaso (p<0,05) e mastite (p<0,01) foram significativamente reduzidos (em 33,4%, 39,9%, 74,5% e 31,1%, respectivamente) resultando em diminuição da mortalidade de 47,1%. Além disso, vacas tratadas com Ruprocol® produziram em média 2,12 kg de leite (3,5% LCE) mais do que animais não tratados (42,26 vs. 40,14 kg/vaca/d), ingerindo em média 1,09 kg a mais de matéria seca (24,28 kg vs. 23,19 kg). Isso leva a uma melhoria na eficiência alimentar, que passou de 1,73 para vacas "controle" para 1,74 para vacas tratadas com Ruprocol®.

Avaliando ainda mais os custos dessas doenças (Figura 2), a vantagem do uso de colina protegida ruminalmente torna-se ainda mais evidente. O rebanho não tratado com colina protegida teve um custo total de USD 635.823 (R$ 3.497.027. Cotação de 5,5 R$/USD) enquanto no rebanho tratado com Ruprocol® o custo foi USD 407.137 (R$ 2.239.254). Ao dividir os custos pelo número de animais examinados, o uso de colina protegida permitiu uma economia de USD 61,74/ vaca/ano (R$ 340). Além disso, o rebanho tratado, considerando a incidência de patologias, teve um estimado de 244 dias abertos a menos, quando comparado ao rebanho não tratado (247 vs. 491), indicando uma clara melhora na eficiência reprodutiva. No que diz respeito à produção, as vacas não tratadas perderam, segundo estimativas, 17.731 kg de leite por ano, enquanto que o uso de colina protegida ruminalmente fez possível uma perda de "apenas" 9.785 kg de leite, considerando tanto a redução na produção quanto o leite descartado.

Realizando uma avaliação "bruta", considerando um preço médio do leite no momento da pesquisa igual a 0,39 USD/kg (2,15 R$/kg), um custo médio por kg de matéria seca de 0,27 USD/kg (1,49 R$/kg) e o custo do tratamento com colina protegida, as vacas tratadas obtiveram um RSCA de USD 0,53 (R$ 2,92) superior ao das vacas controle. Deve-se considerar também que estas avaliações representam apenas um "momento" instantâneo após um ano de tratamento e não leva em consideração os benefícios adicionais que se estendem aos partos e lactações subsequentes.

A partir das avaliações desta pesquisa, fica claro que o tratamento com uma boa colina protegida da ação do rúmen não é um custo, mas sim um investimento na "economia da saúde" de nossas vacas, que adicionalmente nos permite aumentar a produção e a eficiência reprodutiva. Mais uma vez, a prevenção é a melhor forma de manter um elevado desempenho de nossos animais.

Figura 1. Incidência de patologias durante um ano de monitoramento

 

Figura 2. Metodologia proposta pelo Dr. Chuck Guard da Universidade de Cornell

Por: Richard Paratte, Daniel Cooke

Artigo original na língua italiana disponível em: https://www.ruminantia.it/limportanza-di-una-transizione-efficiente/

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