Parece que a indústria de lácteos da Nova Zelândia está passando por um período de consolidação em termos de produção de leite. Ostensivamente isso ocorre em resposta aos menores preços do leite ao produtor em sete anos para a produção até 31 de maio de 2015, mas também, porque a produção caiu abaixo dos níveis do ano anterior por causa da seca registrada de janeiro a março desse ano, informou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em um relatório sobre o setor leiteiro da Nova Zelândia.

A produção de leite do país para 2015 deverá ser de 21,4 milhões de toneladas, de acordo com as previsões do USDA, 2,2% a menos que em 2014. A previsão para os preços ao produtor em 2016 são um pouco melhores, mas os produtores estão enfrentando um ambiente operacional diferente que pode persistir por 18 meses ainda.

A produção de commodities lácteas e bens de consumo na Nova Zelândia deverá estabilizar-se em 2015, resultado direto da menor oferta de leite. Em 2,99 milhões de toneladas, essa previsão seria 1% a menos que o total de 2014, que foi de 3,02 milhões de toneladas e representou um aumento de 7% com relação a 2013. Entretanto, as exportações no total foram previstas para aumentar em 1,2%, para 3,08 milhões de toneladas, devido aos estoques reduzindo levemente e às maiores exportações de leite fluido previstas.

A produção de leite em pó integral lidera com uma previsão de 1,44 milhão de toneladas em 2015, 1,4% a menos que em 2014. As exportações de leite em pó integral devem alcançar 1,425 milhão de toneladas em 2015,basicamente o mesmo que em 2014.

Os produtos de gordura, manteiga e gordura anidra do leite estão indo relativamente melhor nesse ambiente de baixos preços, especialmente nos mercados da Ásia para ingredientes de foodservice e produtos prontos para consumo. A previsão é de uma produção estável, em 580.000 toneladas (equivalente em manteiga) em 2015. As exportações deverão aumentar em 3.000 toneladas com relação a 2014, para 559.000 toneladas em 2015.

A produção de leite em pó desnatado deverá ser reduzida em 5% com relação ao nível de 2014, para 375.000 toneladas, principalmente em resposta ao excesso de oferta desse produto no comércio mundial no momento. As exportações de 375.000 toneladas cairão em 2% com relação a 2014. Os estoques deverão ficar levemente baixos para que essas exportações sejam alcançadas. A produção de proteína será direcionada para os canais de caseína e concentrado de proteína do leite.

A produção de queijos deverá ser de 308.000 toneladas em 2015, 2,5% a menos que a produção estimada de 2014. Desses, 275.000 toneladas deverão ser exportadas, 3.000 toneladas ou 1% a menos que em 2014. A produção de queijos está mudando para queijos frescos, como mussarela, em resposta à demanda da Ásia como ingredientes de foodservice e produtos prontos para consumo.

Os dados são do USDA, a reportagem foi traduzida pela Equipe MilkPoint.