O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, disse que a expedição de produtos acabados do setor lácteo está bloqueada, não permitindo o cumprimento de contratos com o mercado interno e externo. O fato, segundo ele, intensifica o desabastecimento de produtos no varejo. “A expedição de produtos está com problemas, com caminhões carregados parados pelos grevistas, e as indústrias sem capacidade de estocagem”.

Guerra e o vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, participaram de reunião na Fiergs com a presença de outras federações patronais e o governo do Estado. De acordo com o sindicato, a indústria láctea está sofrendo com a falta de insumos para industrializar seus produtos, além da quebra enfrentada na coleta de leite nas propriedades dos produtores que já dura mais de uma semana. Por causa do movimento dos caminhoneiros, a indústria ficou com problema de suprimento de embalagens, lenha para as caldeiras e produtos de limpeza, entre outros intens.

A produção de lácteos só começará a voltar ao ritmo normal, conforme os dirigentes do setor, depois que as indústrias receberem por completo o leite dos produtores e os insumos. Relatos de associados ainda indicaram vários problemas com bloqueios, entre os quais na região sul do Estado. Como a indústria gaúcha de laticínios não está conseguindo processar a sua média diária de 13 milhões de litros de leite e remeter produtos para o mercado, concorrentes de outras unidades da Federação ganham espaço comercial, com poder de barganha nos preços. “Quem vai pagar o nosso prejuízo, a repercussão negativa no caixa das empresas”, tem perguntado o presidente do Sindilat/RS.

A reportagem é da Rádio Progresso de Ijuí/RS.