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Novos investidores podem reativar produção da Leite Nilza em Ribeirão

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 25/07/2013

6 MIN DE LEITURA

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O antigo laticínio da Leite Nilza, que foi líder de mercado de leite longa vida no Estado de São Paulo e que faliu em 2012 está recebendo compradores interessados em reativar a produção. Nesta quarta-feira (24) um grupo de investidores esteve na unidade de Ribeirão Preto (SP) para conhecer o parque industrial acompanhado do administrador nomeado em abril deste ano pela Justiça para cuidar do patrimônio da antiga companhia. Um recurso enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelos antigos proprietários ainda tenta reverter a quebra financeira da indústria.


Foto 1: Máquinas da Leite Nilza recebem manutenção mesmo após falência (Foto: Leandro Mata/G1)

A dívida da Leite Nilza está estimada em R$ 500 milhões - 4 mil fornecedores e pelo menos 700 ex-funcionários ainda esperam receber pelos serviços prestados, segundo Alexandre Borges Leite, advogado e administrador da massa falida da empresa.

Segundo Borges, o objetivo é colocar o antigo laticínio para funcionar e comercializar parte dos bens da Nilza. A companhia tem no Estado de São Paulo a fábrica de Ribeirão Preto e em Minas Gerais as unidades de Campo Belo - que está arrendada – e Itamonte, além de imóveis em Alfenas e Quartel Geral. O patrimônio é estimado entre R$ 200 milhões e R$ 300 milhões, segundo Leite.

O maquinário de Ribeirão Preto continua recebendo manutenção e, segundo o administrador, poderá funcionar em três meses após a compra de insumos e ajustes em máquinas. Os aparelhos da fábrica, no entanto, foram dados como garantia de dívidas com bancos e estão penhorados. Borges negocia um acordo com os credores para poder concretizar a venda.

“Nós temos hoje três investidores com potencial para adquirir os ativos da Nilza e para poder solucionar o problema imediato nosso, que é a venda de ativos para poder liquidar algumas coisas do quadro geral de credores. Antes de ter algum tipo de entendimento nós precisamos ter alguma conversa com os credores extra concursais, dentre eles alguns bancos, porque, por mais que exista a empresa montadinha, aqueles equipamentos não são da Nilza, são de bancos. Então, tem que se fazer um acordo com os bancos para resolver isso de uma forma plausível e viável”, explica.

A dívida que levou a companhia a falência chega a quase R$ 500 milhões com débitos com 4 mil fornecedores, segundo o administrador. Do valor, cerca de R$ 10 milhões são com pelo menos 700 ex-funcionários que não tiveram os direitos trabalhistas pagos. A venda da Nilza poderia ser uma esperança para esses antigos trabalhadores, de acordo com Borges. “A nossa expectativa é pagar 100% dos credores trabalhistas nesse projeto e voltar a funcionar as fábricas, em especial Ribeirão Preto, que é a que está mais apta”, afirma o advogado.

Além disso, também estão sendo colocados à venda sucatas e um leilão para a venda de caminhões e frotas de carro que contam com duas caminhonetes SUVs importadas que foram apreendidas de antigos donos está sendo organizado. A Nilza também tenta recuperar 200 tanques que estavam em fazendas de produtores de leite e expediu mandados de busca e apreensão para carros e caminhões que estão desaparecidos.


Foto 2: Parque industrial da Leite Nilza em Ribeirão Preto tem 250 mil metros quadrados (Foto: Leandro Mata/G1)

Outro projeto é desmembrar a área de 250 mil metros quadrados do parque industrial de Ribeirão Preto. O plano é dividir o terreno, 107 mil metros quadrados ficariam para a indústria, 43 mil metros quadrados são destinados à reserva ambiental e 106 mil metros quadrados do lote seriam vendidos para empreendedores imobiliários. O pedido já está em análise na Prefeitura da cidade.

“Inicialmente nós estamos tentando alguém da área para retomar as atividades, mas se não conseguir a gente vai tentar ao máximo otimizar os ativos da empresa visando tentar amenizar o prejuízo que foi causado por essa falência da Nilza”, conclui Borges.

Tentativa de reverter a falência

O advogado Marcelo Gir Gomes que defende a Airex, empresa que pertence a Sérgio Alembert e que administrou por último a Leite Nilza, afirmou que tenta reverter a decisão de falência decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) em outubro de 2012. O desembargador do TJ Manoel Queiroz Pereira Calças entendeu que a empresa não teria mais condições de se reerguer.

Gomes tenta convencer os magistrados do STJ de que Sérgio Alembert teria condições de arrecadar R$ 45 milhões com parceiros e colocar a Nilza para produzir, gerando assim empregos. “Nós temos o nosso recurso e acreditamos muito nele. É o mesmo argumento que se aplicou na Varig (empresa aérea que passou por processo de falência) e conseguiu reverter a falência, o do princípio social da empresa. Como pode uma empresa do tamanho da Leite Nilza ficar fechada? Imagina quantos empregos essa empresa iria gerar?”, questiona.

O plano é terceirizar parte da produção da fábrica para outras empresas que usariam as instalações para fabricar seus produtos. Gomes afirma que com a verba a Nilza pagaria a sua folha de funcionários e voltaria a produzir.
Ele também afirma que as dívidas trabalhistas seriam pagas com a venda de bens móveis, que não prejudicariam a produção da fábrica. “Todos os credores serão pagos, mas isso depende do administrador conseguir vender artigos para pagar as dívidas trabalhistas e demora um pouco. Eu não posso precisar quando isso vai acontecer”, disse.

Da liderança a quebra

Em 2004, a Leite Nilza surgiu da organização de sete cooperativas. Em 2006, ela foi comprada por Adhemar de Barros Neto, que iniciou um plano de expansão. Dois anos depois, a indústria de laticínios comprou as unidades de Itamonte e Campo Belo, emMinas Gerais, da Montelac Alimentos S.A.

No auge, a Leite Nilza chegou a processar 1,5 milhão de litros de leite por dia em suas três unidades, que contavam com mil profissionais. Em 2008, mesmo ano das aquisições, veio a crise no setor leiteiro brasileiro e a dificuldade de obtenção de créditos bancários com os problemas financeiros no setor imobiliário dos Estados Unidos. Para rodar o seu passivo, a empresa pegou empréstimos com factorings e teve sua dívida aumentada.

Em março de 2009, as contas do vermelho fizeram a indústria entrar com o pedido de recuperação judicial. No mesmo ano, o proprietário da Airex, Sérgio Alembert, entrou como dono da Nilza e foram feitas as primeiras demissões. Foram desligados 550 funcionários nas unidades de Ribeirão Preto (330 funcionários) e Itamonte (220 funcionários).

Em janeiro de 2011, o juiz da 4ª Vara Cível de Ribeirão Preto decretou a falência da empresa após constatar uma série de fraudes no processo de recuperação judicial e na negociação de venda da companhia para a empresa Airex, que aparecia em seus registros com sede em Manaus (AM), o que também chegou a ser investigado.

Cinco meses depois, a decisão de falência foi revogada e 40 funcionários foram recontratados para trabalhar na Nilza. Foram feitos testes no laticínio, mas a produção comercial não chegou a acontecer, segundo o administrador judicial responsável atual pela massa falida.

Com a fábrica sem funcionar, o Tribunal de Justiça de São Paulo decretou em 30 de outubro de 2012 a segunda falência, que dura até hoje. O desembargador Manoel Queiroz Pereira Calças afirmou que a Leite Nilza não tinha faturamento nem exercia atividades desde 2010 e, portanto, não teria mais tempo e meios de se recuperar financeiramente.

“A organização está esfacelada. O perfil funcional da empresa desapareceu; apenas restam bens. É evidente o estado de insolvência da Nilza e impossibilidade de superação da crise econômico-financeira”, decidiu o magistrado.

As informações são do G1, adaptadas pela Equipe MilkPoint.
 

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ERIKA OLLIVEIRA

INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 08/12/2014

CLARO.
DIRLEI JOSE ZORZENONI

PIRACICABA - SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 05/12/2013

Boa tarde Gostaria de ver novamente essa empresa  atuar no mercado do estado de São Paulo  e no interior  porque e um nome muito renomado em nossa regiao e se volotar creio que vai ocupar novamente o seu lugar em destaque .
DIRCEU

PIRACICABA - SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 02/11/2013

Fui representante da leite Nilza em Piracicaba  mais de vinte anos desde do tempo em que a marca surgiu com a Coonai  .Espero que ela volte a funcionar brevemente pois eu aqui de Piracicaba fico feliz em ver essa marca tão forte em minha cidade novamente.
MARCELO LOPES

CAMPINAS - SÃO PAULO

EM 03/09/2013

Não há crítica ou esperança que possa mudar este lastimável estado de coisas que envolveu esta ruptura empresarial.

Independente da forma ou do motivo, os direitos mais simples das pessoas foram aviltados como ferramenta de pressão política a banco e instituições e muitos sofrem os efeitos até hoje da insolvência indigna e impessoal.

Sem que alguém com poder e vontade suficiente se posicione, não haverá solução plausível, principalmente se os que podem resolver não são vítimas.

É necessário um socorro imediato de qualquer cidadão influente, capaz e determinado no destino deste amontoado de coisas e estórias que um dia foi uma empresa altamente eficaz.

Sua estrutura é invejável e recuperável, sua localização (em todas as localidades onde está) completa e totalmente estratégicas para o negócio (isso não quer dizer sem problemas e dificuldades), mas a cada dia que passa menos se pode esperar, porque tudo se torna obsoleto.

Empresários, entidades de classe, governos e pessoas de bem, acreditem pois eu estava lá, a planta de Ribeirão Preto produziu 1024000 litros de leite em 24 horas em 2008, no auge da crise.

Não foi a ineficácia de processos ou pessoas, mas isso não vem ao caso.

O mercado brasileiro de leite e derivados conheceu e ainda não esqueceu esta marca, ainda é tempo de leva-la ao lugar que merece, para a mesa das pessoas de bem.

Gostaria muito de ver a Nilza operar novamente.

Sou um dos credores trabalhistas, bem como tantos outros que colocaram nesta empresa, seus sonhos e planos. Nem nós nem a sociedade precisamos permanecer vítimas para sempre.

Abraço
SOINOX

ITAMONTE - MINAS GERAIS

EM 03/08/2013

boa tarde a todos!!!



Tomara que estes investidores compre a Planta Industrial da Leite Nilza de Itamonte-MG , é muito lamentável oque aconteceu aqui em Itamonte.Uma empresa que empregava uma Cidade inteira agora esta virando ruínas.....Se alguém puder fazer alguma coisa pra ajudar, a cidade de Itamonte agradece.. Não podemos deixar um patrimônio desse acabar em nada, esta FABRICA CONSTRUIU ITAMONTE empregou 90% da cidade, por conta de mal administração e alguns empresários de má fé, esta do jeito que esta virando SUCATA....Planta esta que chegou a envasar mais de 1.000.000 litros de leite por dia fora o suco e molhos é claro na época da Parmalt... Quem sabe um dia voltemos a sonhar com isso.  Eu trabalho com Manutenção Industrial e poderia muito bem ajudar a conservar esta fábrica , é só deixar que eu vou com maior prazer...Não quero nem receber pra falar a verdade.....Eu posso ajudar desse jeito .... alguém pode entrar em contato comigo pra falarmos a respeito???????? Abraço a todos!!!!!
RICARDO RUI RODRIGUES ROSA

GUARULHOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 31/07/2013

Nasci em Ribeirao Preto SP e sinto saudades dos produtos do Leite Nilza. Sem duvida era uma marca muito forte e acredito que ela ainda possa reagir pois e' di'ficil acreditar que ainda tem gente passando fome no Brasil e no Mundo e uma fa'brica com um potencial destes parada sem produzir alimentos , empregos e renda. Num caso destes tem que haver boa vontade poli'tica dos governos municipal , estadual e federal com as tais PPP's ( parcerias pu'blico privadas ) com empresarios se'rios do setor.
SANTO OLIVATTO

IPUÃ - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/07/2013

O AGRO NEGOCIO  PAULISTA TEM URGENCIA EM UM GOVERNO QUE SEJA VOLTADO PARA O SETOR, CASO CONTRARIO, NEM LEITE NILSA NEM  OUTRO QUALQUER TERA CONDIÇAO DE CONTINUAR NO RAMO. ASSIM COMO VEM ACONTECENDO COM O FRANGO , SUINO E ATE MESMO COM O BOI. COMO VAMOS  PRODUZIR LEITE, FRANGO SUINO COM OS PREÇOS DOS INSUMOS A BASE GRÃOS PELA  HORA DA MORTE.
GLAUBER

RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 26/07/2013

Por favor, que gente séria e do ramo de laticínio possa fazer esta empresa voltar a produzir e trazer a marca tradicional Leite Nilza ao mercado!!!!

Ribeirão Preto toda espera isso!

Uma industria de longa vida e derivados já montada e próximo ao grande mercado, vale a pena visitar pra ver sua potencialidade.

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