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Modelo de produção consorciada gera maior rentabilidade no campo

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 29/01/2014

4 MIN DE LEITURA

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Clima, qualidade de solo, competitividade do setor, variação de preços são alguns dos fatores que pressionam a produção de alimentos na agropecuária. Para evitar grandes solavancos e assegurar a viabilidade econômica do sistema produtivo, o produtor deve procurar medidas que fortaleçam a rotina de trabalho de sua propriedade. Na opinião de especialistas uma poderosa alternativa para fugir da corda bamba é o consórcio de cultivares.

A implementação do consórcio de cultivares beneficia a produção em diversos pontos. Aumenta a eficiência da propriedade elevando os níveis de produtividade, modifica o padrão de solo da região, melhora sua composição física e a fertilidade, bem como, reduz perdas ocasionadas por mudanças climáticas ou degradação de solo. Como um todo, o consórcio promove maior estabilidade da produção.

De acordo com o pesquisador da Fundação MS, André Luís Lourenção, o consórcio aplicado na produção de grãos serve como um seguro agrícola natural, no qual o produtor compra sua apólice ao investir no solo. Esse investimento é o resultado de benefícios como a produção de palhada que é utilizada no revestimento do solo, favorecendo o plantio da soja, e o combate à proliferação de plantas daninhas como a buva, por exemplo.

"O consórcio é uma tecnologia que veio para somar no sentido de garantir a estabilidade da produção de soja. Embora seja uma tecnologia complicada, pois o produtor passa a trabalhar com mais de uma cultura dentro do sistema, o consórcio promove um aumento na resistência da produção contra plantas daninhas e eleva o percentual produtivo da soja, em média se produz 20 a 25 sacas a mais, considerando o período de estiagem devido à seca", comenta Lourenção.

Para o pesquisador da Fundação MS, adotar o consórcio significa proteger a produção de contratempos. O aumento sinalizado por ele está ligado a duas situações: o incremento de produtividade observado pela melhora da qualidade do solo, aspecto sentido a longo prazo, e a redução de perdas durante o inverno.

Apesar de vantagens, aplicar o consórcio em uma propriedade requer alguns cuidados. Lourenção explica que o produtor deve começar com parcelamentos pequenos, definir bem a escolha do híbrido de milho e do capim a ser plantado, cuidar da densidade de semeadura da planta para evitar desajustes de modo que aja um ponto de equilíbrio nas culturas evitando concorrências no interior do sistema produtivo.

Segundo o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ademir Hugo Zimmer, a implantação do consórcio necessita de um aprimoramento no modelo de gestão da produção para haver um salto de eficiência produtiva na propriedade.

Em tese, o sistema de consórcio lavoura-pecuária é bastante similar ao consórcio voltado para grãos. A principal diferença é a incorporação do componente animal que aumenta o intervalo entre o plantio e o replantio da soja. Conforme Zimmer, o sistema voltado para a produção animal garante ganhos de produtividade nos dois elementos, animal e vegetal. O aumento na produção acompanha a melhoria na qualidade do solo, porém frisa o pesquisador, é a médio e longo prazo.

"A integração lavoura-pecuária é uma tecnologia que dá retorno ao produtor em quatro anos de implantação. A principal vantagem está na estabilidade e no aprimoramento da dinâmica produtiva do sistema, uma vez que se notam mudanças na condição do solo, solo mais fértil e melhor ciclagem de nutrientes, além do aumento de resistência contra pragas", fecha Zimmer.

Sob a ótica estatística e econômica, por exemplo, os dados de experimentos desenvolvidos pela Embrapa, entre outubro de 2011 a verão de 2012/2013, apontam que o milho consorciado com braquiária forneceu uma receita de 8.415 reais/hectare, levando-se em consideração o preço da semente da braquiária, a um custo de 6.117 e uma renda de 2.299. O safrinha solteiro com soja obteve receita e custo próximos, 8.017 e 6.031 reais/hectare, mas a renda caiu para 1.986. "São informações que ratificam a eficiência dos sistemas consorciados, nunca esquecendo que cada propriedade tem suas peculiaridades e isso não pode e nem deve ser desconsiderado", reforça Alceu Richetti, economista rural da Embrapa.

Novas forrageiras

A Empresa lançou duas novas forrageiras que acrescentam a seleção de braquiária e panicum disponíveis no mercado, que podem ser incorporadas ao modelo consorciado de produção. A Zuri é uma espécie de panicum que possui características similares ao capim Tanzânia, qualidade de forragem, entretanto, é resistente a ferrugem; a outra é a BRS Paiaguás, indicada para outono e inverno, que possui alta produção de palhada e bom rendimento de ganho de peso na seca. Sua suscetibilidade às cigarrinhas é um fator de alerta.

Para o analista da Embrapa, Haroldo Pires de Queiroz, zootecnista da área de Transferência de Tecnologia, as novas forrageiras entram no mercado para otimizar a rentabilidade do produtor. "A competitividade na agropecuária brasileira é decisiva. O produtor que não buscar mais eficiência exercitando a sagrada fórmula de reduzir custo de produção e aprimorar a dinâmica produtiva não garantirá sua sobrevivência. As novas forrageiras chegam justamente para oferecer melhores soluções tecnológicas ao produtor", comenta Haroldo. 

As informações são da Embrapa.

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