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Irlanda: Alta CCS está afetando receita de produtores de leite

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 17/06/2014

4 MIN DE LEITURA

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Quinze produtores de leite participaram de um workshop do CellCheck, programa nacional de controle de mastite da Irlanda, realizado nas salas de aula do Clonakilty Agricultural College em West Cork, no início do mês. O grupo variou de jovens produtores a produtores mais experientes, todos querendo aprender mais sobre o controle da contagem de células somáticas (CCS) em seus rebanhos leiteiros.

O CellCheck é um programa nacional de controle de mastite, coordenado e facilitado pelo Animal Health Ireland (AHI). A coordenadora do programa na região de Carbery e uma das sete coordenadoras nacionais, Ciara O’Donovan, explicou que o programa visa eliminar a grande confusão que ronda a questão da alta CCS. O programa também espera aumentar a conscientização entre os produtores de leite sobre os benefícios de se estabelecer as melhores práticas e determinar metas, incluindo uma média no rebanho de menos de 100.000 células por mililitro.

“Hoje, tudo gira em torno de construir capacidade e determinar diretrizes para o controle da mastite. Os produtores dizem que têm um problema com alta CCS, mas nem sempre a associam com a mastite em seu rebanho. Para a maioria dos produtores, o custo percebido da alta CCS em seu rebanho é a perda do leite descartado, o custo do tratamento para mastite e as penalidades na cooperativa”.

Na região de Carberry, em West Cork, os produtores estão muito conscientes sobre as penalidades aplicadas aos fornecimentos com mais de 300.000 células/ml e o bônus recebido quando o leite tem CCS de menos de 200.000 células/ml. Entretanto, os produtores ouviram que três quartos das perdas sofridas devido às altas CCS vêm da perda na produção e do abate de animais do rebanho.

Um estudo do Teagasc sobre os efeitos econômicos da alta CCS mostrou que um produtor de leite com um rebanho com CCS de 200.000 a 300.000 células/ml produzindo uma receita de €19.661 (US$ 26.617,7) – dentro da faixa que não recebe penalidade, mas que também, não recebe bônus – poderiam melhorar sua receita para €26.771 (US$ 36.243,4) ao manter a CCS dentro de 100.000 a 200.000 células/ml. Melhor ainda, os mesmos produtores com um rebanho com CCS de menos de 100.000 células/ml poderiam aumentar sua receita para €31.252 (US$ 1.695).

Por outro lado, uma CCS de 300.000 a 400.000 células/ml poderia levar a uma queda da receita para €16.936 (US$ 22.928,5), enquanto uma CCS de mais de 400.000 células/ml poderia levar à queda do rendimento para €11.748 (US$ 15.904,8).

Cada produtor recebeu no workshop uma planilha com a qual poderiam estimar rapidamente os efeitos na receita para seu próprio rebanho, preenchendo informações relevantes sobre CCS e descarte no rebanho.

O veterinário, Kevin O’Sullivan, explicou os mecanismos de infecção no rebanho. “Muitos produtores lhe dirão que têm problemas com alta CCS, mas não têm mastite no rebanho. Eles abaterão as vacas com alta CCS e ainda pensarão que não têm problemas de mastite. Porém, a alta CCS normalmente está relacionada às bactérias no úbere – em outras palavras, mastite”.

Seu conselho foi identificar as vacas individuais que estão contribuindo para a alta CCS do rebanho através de testes individuais. Ele disse que isso deveria ser seguido pela identificação do tipo de mastite. A falha em seguir uma abordagem apropriada pode ser um desperdício e gerar custos.

Ele disse que os produtores precisam identificar o problema antes de tratar. “A mastite subclínica é difícil de identificar, porque não é visível. A importância de identificar o tipo é vital. Streptococcus agalactiae é fácil de resolver, mas Streptococcus aureus é mais difícil de curar. Streptocuccus uberis é ambiental e a fonte pode ser o esterco e a lama”.

“A defesa natural da vaca será capaz de lidar com alguns casos. A manutenção adequada das ordenhadeiras é muito importante e a desinfecção pós ordenha dos tetos precisa ser feita adequadamente, usando pelo menos 15 mililitros por teto de desinfetante. O dipping é normalmente mais eficaz do que a pulverização”.

O’Sullivan insistiu no uso de luvas na sala de ordenha, porque elas transmitem menos infecção do que as mãos do ordenhador.

Don Connolly tem um negócio de serviços em máquinas de ordenha em West Cork. Ele disse que o serviço de avaliação regular das ordenhadeiras é tão importante quanto trocar o óleo do trator a cada 500 horas. “Uma máquina de ordenha média terá registrado até 540 horas de operação e seis meses e esse é um bom valor para mantê-la em manutenção regular”.

Nesse meio tempo, existem avaliações diárias, semanais e mensais no mecanismo de vácuo, no forro, entre outras coisas, que devem ser feitas.

O conselheiro da Teagasc, Don Crowley, disse que os produtores subestimam totalmente a quantidade de leite que estão perdendo com a alta CCS. “Um produtor com 80 vacas poderia estar perdendo até €560 (US$ 758,14) por semana em produção de leite se tiver um alto nível de CCS em seu rebanho. Independentemente do preço do leite, há muito dinheiro sendo perdido quando a mastite está afetando a produção de leite”.

Ele enfatizou a importância do controle leiteiro, que disse que poderia fornecer uma quantidade enorme de informações a um custo de €12 (US$ 16,24) por vaca por ano. “Existem apenas um terço dos produtores nesse país com controle leiteiro. Esse número é de até 90% em alguns países da União Europeia”.

Após uma apresentação e discussões de 90 minutos na sala de aula, houve uma sessão prática de 75 minutos na sala de ordenha. A maioria dos produtores que participaram do programa disse que aprenderam com o evento. Em 2013, cerca de 90 Workshops CellCheck foram realizados e a meta em 2014 é aumentar esse número para 200 workshops.

A reportagem é do https://www.independent.ie, traduzida pela Equipe MilkPoint Brasil.
 

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