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Crescem as vendas de leite longa vida e produção poderá ultrapassar 6 bilhões de litros em 2012

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 12/06/2012

2 MIN DE LEITURA

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Depois de registrar um expressivo crescimento de vendas de 6,7% em 2011, a indústria de Leite Longa Vida, ou Ultra High Temperature (UHT), já consegue prever, com a análise dos primeiros meses de 2012, um bom desempenho também para este ano. A expectativa é de que as vendas em 2012 cresçam entre 3% e 4%, pouco acima do PIB, e a produção ultrapasse a marca de 6 bilhões de litros.

"O setor tem presenciado um aumento de consumo médio do leite UHT em todo o País; o leite de consumo cresceu acima da média dos produtos lácteos em geral, como comprovam os números de 2011", diz o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), Laércio Barbosa.

O setor, no entanto, se desdobra para absorver os aumentos nos preços da matéria-prima e a consequente queda na rentabilidade da indústria. No ano passado, a matéria-prima teve preço médio entre 15% e 20% acima do que em 2010, dependendo a região, segundo dados da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP). Ainda assim, a produção leiteira do País cresceu apenas 2,2%.

O relatório anual do setor de Leite Longa Vida acaba de ser finalizado pela ABLV. Com o aumento de 6,7% (5,81 bilhões de litros contra os 5,45 bilhões de 2010), o setor foi o maior responsável pelo crescimento de 4,2% do mercado total de leite de consumo, do qual ainda fazem parte os segmentos de leite em pó (+4,3%) e leite pasteurizado (-3,8%). O faturamento da indústria fechou em mais de R$ 10 bilhões.

De acordo com as explicações do diretor-executivo da ABLV, Nilson Muniz, os setores de Leite Longa Vida e pó se "beneficiaram do aumento de renda da população, particularmente das classes mais baixas, que passaram a consumir um volume médio maior". Além disso, a influência da renda no consumo de lácteos estimula a preferência do consumidor pelo produto Longa Vida e também traz ao mercado formal usuários que antes eram do leite sem tratamento.

Em 2011, o market share do Leite Longa Vida foi de 78,2% e do Leite Pasteurizado de 21,8%. "Por sua praticidade e facilidade de distribuição e armazenamento, bem como pela crescente credibilidade junto aos consumidores, o UHT atende ao estilo de vida do brasileiro e às características do País, com seu clima tropical e dimensões continentais", lembra Laércio Barbosa.

INVESTIMENTOS - Outro fator que impulsiona as vendas do Leite Longa Vida é o constante investimento do setor em novas plantas, aumento de capacidade industrial, modernização, pesquisa e desenvolvimento de produtos, marketing e comunicação. No ano passado, foi encerrada uma fase de aportes superiores a R$ 1 bilhão, o que marcou um dos maiores períodos de investimentos da história recente do setor, afirma Barbosa.

REPRESENTATIVIDADE - A ABLV completou 17 anos em setembro de 2011 e congrega atualmente 38 empresas, que juntas respondem por mais de 80% da produção de Leite Longa Vida no País, estimada em mais de 6 bilhões de litros em 2012. A entrada da associação no mercado, em 1994, coincide com o período que registrou maiores índices de crescimento de vendas do produto. Naquele ano, as vendas de LLV eram de 730 milhões de litros. O market share, de 20% em 1994, passou para os 78,2% em 2011.

A matéria é da ABLV, adaptada pela Equipe MilkPoint.

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GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/06/2012

Prezado  Laércio Barbosa: Não é o que as ações recentes da Polícia Federal constataram com a adulteração de leite longa vida em diversas unidades industriais. Em diversa esteira de pensamento, a utilização de práticas como a reconstituição de leite em pó, ainda que em sistemas de produção diferentes, não exime a indústria laticinista de sua culpa, de sorte que, via de regra, os que atuam no leite longa vida também o fazem em outros artefatos lácteos (queijos, iogurtes, sorvetes...).

Por lado outro, longe de ser vítima, a indústria do longa vida é, tal como as demais, vitimadora, porque, aproveitando-se do excesso de leite em pó despejado no mercado, explora a produção nacional (que passa a ser excedente) pagando por ela preço vil, mesmo na entressafra, em detrimento dos produtores pátrios.

Quanto à união entre produtores e indústrias somente virá quando o produtor deixar de ser tratado como explorado (tal como descrito acima) e passar a ser admitido como parceiro, o que, no meu entendimento, em uma sociedade capitalista como a nossa, jamais acontecerá.

Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
LAÉRCIO BARBOSA

PATROCÍNIO PAULISTA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 18/06/2012

Prezado Guilherme,

Realmente o momento é de dificuldade para o setor lácteo brasileiro, especialmente no que tange aos preços ao produtor, com queda em plena entressafra.

Parece que há uma concordância entre o setor que grande parte dessa dificuldade é causada pela entrada excessiva de lácteos importados, principalmente queijos e leite em pó, a preços bem abaixo dos custos de produção dos similares nacionais.

No entanto, não acho correto acusar sem fundamento um setor, no caso o de leite longa vida, de estar realizando a reconstituição de leite em pó, prática que, além de ilegal, é completamente desnecessária.

A industria de leite longa vida é de longe um dos segmentos lácteos mais formalizados do país, possuindo 100 % de sua produção fiscalizada pelo SIF, com severa vigilancia de toda a sociedade após a grande crise do leite de 2007. Além disso, o setor mantém um programa de auto monitoramento, com coleta e análise periódica de todas as marcas consumidas no país. O que se tem constatado é que o leite longa vida brasileiro é hoje um produto de alta qualidade, que por sua vez é reconhecida pelo consumidor, permitindo um expressivo e contínuo crescimento de sua produção e consumo.

Se existe um segmento industrial que compra 100% de sua matéria prima de produção nacional, esse é a indústria de leite longa vida. Para quase todos os outros produtos lácteos do mercado é permitido por lei o uso de leite reconstituído em sua produção, caso dos queijos, iogurte, sorvetes e até mesmo leite condensado. Isso sem falar do simples fracionamento do produto para venda em sachets direto para o consumo. Por outro lado, o leite em pó também é um importante ingrediente para a indústria de confeitaria, panificação, doces e chocolates.

Ao invés de vilã, a indústria de leite longa vida é vítima desse processo, pois, na prática, o que acontece é que essa grande quantidade de leite em pó importado a baixo custo acaba por substituir o leite nacional em todas as situações acima, e isso acarreta uma sobra de produto in-natura no mercado, que geralmente é absorvido pela indústria de leite longa vida, por ser um dos produtos com maior giro e liquidez no mercado lácteo. Isso deprime os preços e compromete a rentabilidade de todo o segmento.

Acho que o momento é de união entre a indústria e o produtor de leite para juntos defenderem o mercado e a produção de leite nacional. Para isso, penso que acusações de parte a parte somente provocam desgaste e desconfiança entre os envolvidos, beneficiando os outros elos da cadeia, que comprovadamente (e recentemente mostrado em estudo aqui no Milkpoint), estão lucrando com a nossa desunião.

Um forte abraço,

Laércio Barbosa

Presidente da ABLV - Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida

SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 15/06/2012

Roberto, bom dia!

Realmente o LV carece de ações mais ousadas na busca por oferecer um produto com diferenciais, o que melhoraria as médias de preço na sua venda total.

O que vemos hoje são algumas marcas escoradas em nome (Ninho e Parmalat) e outras oferecendo aditivos com vitaminas ou redução na lactose. Porém é um trabalho muito tímido ainda e sem maior ação de marketing visando atingir nichos de mercado mais específicos.

O uso do Citrato de Sódio como estabilizante é a prova maior da grande desuniformidade de padrões de qualidade do leite produzido no Brasil.

Um caminhão de leite de 10.000 litros que adentra uma indústria com o leite de 20 produtores, com média em 9000 litros de 50 de CBT, se tiver 1.000 litros com 1.000.000 de CBT vai entrar na plataforma de produção com 160.000 de CBT mais a perda de transporte, carga e descarga vai para 250.000 em média. Esse produto se não for estabilizado, não resiste à temperatura do UHT.

Realmente uma seleção na coleta resolveria a questão no momento, mas em um futuro onde os resultados comerciais demandassem por mais LV diferenciado, esbarraríamos mais uma vez na desuniformidade.

Um abraço,
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/06/2012

Prezado amigo Roberto: O problema, ainda maior, é que, para atender a este aumento de consumo, ao invés de aumentar a compra da produção interna e incentivar sua implementação, o que se está fazendo é uma recomposição de leite em pó importado (muito mais barato). Com isso, os preços ao produtor continuam caindo e a produção está em viagem idêntica, ante a evidente falta de incentivo, o que, por conta da explosão de consumo anunciada, não seria necessário. Coisas de Brasil.

Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/06/2012

O longa vida tem uma história de sucesso no Brasil. Tem ainda um share do mercado de leite em pó para conquistar, principalmente no NE, já que o atual crescimento da renda permite a substituição do leite em pó (para jovens e adultos) por leite fluido.

Mas ainda falta uma ousadia para os agentes do LV, que é separar leite de melhor qualidade para fabricar um produto sem citrato, permitindo ao consumidor optar por esse diferencial. Isso daria enorme impulso na direção da IN62.

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