ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Austrália deve se inspirar na indústria de lácteos da Nova Zelândia

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 07/04/2014

3 MIN DE LEITURA

1
0
Embora o setor de agronegócios da Austrália pareça estar se expandindo no mercado da Ásia, seus concorrentes da região estão ganhando cada vez mais espaço. Não é à toa que alguns se referem à Nova Zelândia como a Arábia Saudita da lactose. Nesse ano, os ganhos per capita por exportações do setor de lácteos do país serão mais do que os australianos ganharão com minério de ferro.

O ritmo extraordinário de expansão da indústria de lácteos da Nova Zelândia é inspiração para a Austrália. Em um negócio que essencialmente transforma água em proteína, a Nova Zelândia está claramente jogando com seus pontos fortes.

Seria errado, entretanto, considerar que trata-se apenas de um golpe de sorte. O setor leiteiro neozelandês está colhendo os frutos de investimentos, audácia e um forte foco nos custos, um processo assistido pela dominância quase completa de uma empresa, a Fonterra.

Não é de se admirar, entretanto, que a Nova Zelândia tenha tido uma grande importância nas discussões do Fórum Global de Alimentos do The Australian realizado na semana passada. Houve uma notável mudança no humor com relação ao ano passado, quando a força do dólar e a seca eram as principais preocupações da lista.

Nesse ano, parece ter havido uma percepção coletiva de que isso se tratava de desculpas sem sentido. A expansão do mercado alimentício de classe média na China está lá para ser servida e a Nova Zelândia está mostrando como isso pode ser feito.

Há dez anos, a Austrália tinha uma participação respeitável de 15% do mercado global de exportações de lácteos e a Nova Zelândia tinha uma participação não muito diferente. Porém, embora a produção de leite australiana esteja caindo em 1,7% por ano em média, a produção anual na Nova Zelândia vem crescendo em 3,5%. Nesse ano, a Austrália fornecerá apenas 7% do mercado internacional comercial, mas a Nova Zelândia, terá 36% de participação.

De fato, agora há mais vacas leiteiras que pessoas na Nova Zelândia. O diretor executivo do Coles, Ian McLeod, disse no Fórum que haveria 1,8 bilhão de pessoas mais ricas no mundo até 2025, antes de fazer a pergunta: “o que está nos segurando?”.

A resposta, em uma palavra, é custos. Os custos com mão de obra na Austrália são o sexto maior do mundo; a Nova Zelândia está na 17a posição. A regulamentação foi se multiplicando mais rapidamente do que a população, disse McLeod. A Austrália é mais regulamentada do que o Irã ou o Zimbábue.
A produtividade multifatorial na Austrália retrocedeu em sete dos últimos dez anos, ou seja, estamos “nos pagando mais e gastando mais tempo para produzir menos”.

Os australianos testam a paciência dos sócios estrangeiros, equivocados sobre investimentos externos. “A Austrália precisa reconhecer que está em um mercado competitivo e que existem outros países que também veem essa oportunidade”, disse McLeod. Precisamos aprender a ser “mais eficientes, mais eficazes e mais acolhedores”.

A discussão entre os diretores executivos das duas maiores produtoras de lácteos australianas – Gary Helou, da Murray Goulburn, e Judith Swales, da Fonterra Austrália – destacaram o quanto o país está para trás.

John Durie, do The Australian, que moderou a sessão, disse que há 10 anos, a companhia matriz da Fonterra na Nova Zelândia e a Murray Goulburn tinham aproximadamente o mesmo tamanho. Nesse ano, a Fonterra anunciou receitas de A$ 11,4 bilhões (US$ 10,59 bilhões). A Murray Goulburn deverá ter um quarto dessa receita.

“Nosso maior impedimento é que somos muito introspectivos, tendemos a focar no mercado doméstico e, em particular, nas redes Coles e Woolworths”, disse Helou. “O caminho a seguir é envolver pessoas asiáticas”.

O grande apelo de Helou para o dia foi que os oito maiores processadores no mercado doméstico eventualmente se tornarão quatro, para beneficiar a indústria como um todo. O dividendo da eficácia dará à Austrália um “enorme poder”, disse Helou.

O mercado está crescendo rápido. Há dez anos, a China importava menos de A$ 500 milhões (US$ 464,48 milhões) em lácteos por ano. Agora, são mais de A$ 6 bilhões (US$ 5,57 bilhões).

Dentro de 10 anos, previu Swales, haverá uma escassez global de leite de 100 bilhões de litros por ano; isso é aproximadamente dez vezes a produção total da Austrália.

A Austrália deve aspirar razoavelmente fornecer até 5% dessa lacuna no mercado em expansão, disse Swales. Porém, isso requererá consolidação na produção rural. “Ainda há um papel para as produtores familiares na Austrália, mas acho que vamos ver um aumento das produção rural corporativa; de escala muito maior, muito mais eficiente, com acesso a capital facilitado”, disse Swales.

A reportagem é do The Australian, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint Brasil.
 

1

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

MICHEL KAZANOWSKI

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 08/04/2014

A Austrália em dez anos talvez não atenda seu próprio mercado interno. Isso passa pela escassez e custo da mão de obra, a elevação do custo de combustíveis e energia elétrica e principalmente a falta de água. A maior parte das áreas agrícolas australianas chove menos de 400mm anuais. Pra se ter uma ideia no nosso nordeste chove 600. Em muitas áreas de produção pecuária nem a água dos lagos pode ser usada para irrigação pois é salgada.

Mesmo com tanta dificuldade eles ainda veem um futuro promissor e a manutenção de sua participação no mercado internacional. Isso se as medidas acima mencionadas forem tomadas. O que vale nesta hora é a percepção de que uma ótima fase está ocorrendo e que é o momento para se tomar as medidas que estruturarão a cadeia para o cenário futuro e que estas medidas já deviam ter começado ontem.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures