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Saiba o que foi publicado sobre a Verruga de Casco este ano no 12º Simpósio Internacional de Problemas de Casco (parte 1)

POR RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/09/2002

3 MIN DE LEITURA

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A Verruga de casco é uma das mais importantes lesões podais, ocasionando perdas econômicas de aproximadamente R$ 300,00 por lactação. Seu caráter agressivo causa dúvidas, contradições e muitos mitos.

Também conhecida como Dermatite Digital, esta lesão foi inicialmente descrita no norte da Itália em 1974; da Itália foi disseminada para todos os países da Europa. Já em 1980, foi descrita nos Estados Unidos. Mas, foi na década de 90, a grande explosão desta afecção, quando foi considerada um dos maiores problemas da exploração leiteira. Atualmente, é descrita em vários países do mundo e está associada com os confinamentos de leite e corte.

Os avanços no controle da doença dependem das descobertas atingidas com as pesquisas na área, e, por se tratar de uma doença relativamente recente, poucas são as novidades no setor preventivo. No 12º Simpósio Internacional de Problemas de Casco, ocorrido este ano nos EUA, foi publicada uma revisão intitulada: "Dermatite Digital: onde estamos após 30 anos?" Nesse artigo, o autor destaca as mais importantes descobertas relativas à afecção. Dentre elas a associação, em 1994, do Treponema sp. à etiologia da doença. Associando-se a isto, em 1998, constatou-se que a dermatite digital, a dermatite interdigital e a erosão de talão podem ser classificadas como uma síndrome e intituladas de "digital skin disorder". Também foi destacado que a Verruga de Casco é uma doença multifatorial, que associa agentes infecciosos, ambiente, condição da derme, estado imune do animal e do rebanho e o balanceamento de macro e microelementos na dieta.

Etiologia e aspecto da lesão

Ainda existem dúvidas sobre a exata etiologia da doença. Sabe-se que espiroquetas, do gênero Treponema sp. são as primeiras bactérias a invadir e colonizar a epiderme e a derme.

Inicialmente, o aspecto semelhante da lesão com o papiloma causaram suspeita sobre a etiologia viral da doença, mas esta teoria foi descartada uma vez que não foi constatada a presença do Papilomavírus.

A alta prevalência da doença em animais jovens sugere que os animais mais velhos desenvolvam uma imunidade à doença. Todavia, esta imunidade deve ser incompleta ou temporária, sendo que 60% dos casos tratados e recuperados de Verruga apresentam recidivas cerca de 7 à 15 semanas após.

Sabe-se que a prolongada exposição do casco à umidade e materiais orgânicos predispõe à ocorrência da Verruga de Casco.

Apesar das pesquisas, ainda não foi determinado exatamente qual é o modo de transmissão da doença. Possivelmente, os maiores vetores são os animais acometidos de forma clínica e subclínica, e os fômites (material de casqueamento, cordas, luvas, etc.).

Uma característica é certa: quando introduzida no rebanho, a Verruga de Casco apresenta uma rápida disseminação. Inicialmente acomete os animais adultos, afetando em seguida, o gado jovem.

A lesão provoca grande desconforto, o animal apresenta manqueira e, quando em estação, procura não apoiar sobre a área afetada do casco. Além disso, pode-se observar que o animal tenta coçar ou lamber a ferida. Quando é feita a contenção do animal em um tronco casqueador, nota-se que a lesão causa muita dor, que sangra com facilidade e que a superfície da lesão tem um aspecto semelhante a um morango.

A Verruga de Casco é comumente encontrada na região próxima ao talão do casco (na transição entre a derme e o tecido córneo). Todavia, um dos fatores que mais dificulta o diagnóstico a campo, deve-se ao fato da lesão adotar diferentes aspectos e várias localizações, podendo também estar associada a outras lesões tais como a Úlcera de Sola e o Gabarro.

No exame histopatológico a lesão caracteriza-se por ulcerações e alterações proliferativas da derme e epiderme com conseqüente paraqueratose e hiperqueratose. Ocorre também uma grande colonização de bactérias com o conseqüente processo inflamatório. As lesões são ovaladas, erosivas, circunscritas por um tecido hiperqueratinizado e algumas vezes, por pêlos hipertrofiados.

No próximo artigo serão abordados os tratamentos e as perspectivas de vacinas para a Verruga de Casco.

Figuras 1 e 2 - Exemplos do aspecto e localização da Verruga de Casco
 

 


Fonte da Figura 2: Universidade de Davis - Califórnia - USA.

Fonte: BERRY, S.L. et al. Etiology, treatment and prospects for vaccination against (papillomatous) digital dermatitis. Proc. 12th Intl. Symp. on Lameness in Ruminants, Florida, USA: 5-11, 2002.

ZEMLJIC, B. Digital Dermatitis: where we are after 30 years? Proc. 12th Intl. Symp. on Lameness in Ruminants, Florida, USA: 377-380, 2002.

RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

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