A Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Rio Grande do Sul (SAA) reinstalou a Câmara Setorial do Leite durante a Expoleite. A definição de ações para programa de desenvolvimento da pecuária leiteira no Estado, dificuldade de financiamento de animais leiteiros para grandes produtores, questões sobre inspeção sanitária e queda na produção leiteira estadual nos dois primeiros meses do ano, foram temas de destaque na reinstalação da câmara.

"A Câmara Setorial do Leite tem a função de discutir a política do setor, pois devemos traçar juntos um cronograma para a cadeia produtiva", afirmou o secretário substituto da Agricultura, Caio Rocha.

Durante o encontro, foi feita proposta, por parte de entidades de criadores, para que linhas de financiamento para compra de animais também sejam obtidas por grandes produtores no Estado e não apenas pelos agricultores familiares, que contam com os recursos do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). Discutiu-se ainda a realização pela SAA, em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), de estudos sobre produtividade leiteira e capacitação profissional de produtores em quatro centros de profissionalização: Nova Petrópolis, Montenegro, Teutônia e Canguçu.

Outros temas discutidos foram a retomada pela secretaria do controle das ações do Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fesa) e a afirmação de representantes da Embrapa e de cooperativas acerca da queda da produção de leite, depois de uma década de aumentos sucessivos na produtividade. O motivo da queda de produção em janeiro e fevereiro, principalmente na região Noroeste - maior produtora de leite do Rio Grande do Sul -, foi o aumento do preço da ração para o gado.

Fonte: Diário Popular/RS, adaptado por Equipe MilkPOint