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Parmalat pretende reduzir custos e crescer no mercado brasileiro

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 17/10/2001

3 MIN DE LEITURA

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Nos últimos 2 anos a multinacional italiana Parmalat Brasil vem reduzindo sua estrutura em busca de custos menores, de forma que a compra das duas marcas Glória e Avaré feita na sexta-feira não é sinal de uma tendência expansionista da empresa no mercado brasileiro.

Segundo dados da própria empresa, desde o ano passado a Parmalat já fechou ou terceirizou duas fábricas, quatro centros de distribuição (CD), além de ter cortado 10% do seu portfólio de produtos. Essas reformas foram lançadas pela Parmalat em seu último relatório financeiro como perdas líqüidas de R$ 51 milhões, número apurado entre janeiro de 2000 e junho passado.

Nesse contexto, a Parmalat deverá fechar até o final do ano sua fábrica de Itamonte (MG) e, em 2002, seu CD do Rio. Restarão cinco centros, sendo que apenas três podem continuar intactos: Jundiaí (SP), Curitiba (PR) e Recife (PE), que recentemente receberam investimentos. Neste momento, está sendo desmontado o CD de Salvador (BA), que será terceirizado para a Schio e transferido para o Centro Industrial de Aratu. De acordo com o gerente-geral da distribuidora, Heleno Verucci, sua empresa deverá levar a distribuição carioca da Parmalat ao mesmo centro onde trabalha com Nestlé e Kibon.

O movimento da empresa busca "reduzir custos e crescer no mercado". Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação da Bahia, Ronaldo da Cruz Oliveira, a empresa informou que precisa reduzir em 15% seu custo total.

A empresa recebeu ordem da matriz para, a partir do ano que vem, começar a apresentar lucro. Desde 1998, a unidade brasileira da Parmalat vem tendo sucessivos prejuízos. No ano passado, por exemplo, ele foi de R$ 39,95 milhões e, neste primeiro semestre, de R$ 20,88 mihões. Esta cifra é 42,3% maior que a vista entre janeiro e junho de 2000, quando as perdas foram de R$ 14,67 milhões. O último resultado positivo foi em 1997, com lucro de R$ 4,6 milhões. Em agosto a empresa anunciou um empréstimo de longo prazo de US$ 45 milhões que será usado para capital de giro e quitar compromissos de curto prazo.

A Parmalat vem promovendo um agressivo processo de expansão no Brasil desde 1989, quando comprou a Fiorlat - pequena fabricante de manteiga e queijos. A partir daí, foram mais 25 aquisições - entre elas marcas famosas, como Etti e Batavo. A estratégia era ganhar espaço no Brasil e estar presente nas regiões produtoras de leite e nos centros consumidores.

Embora a empresa tenha conseguido seu objetivo, está agora arcando com os prejuízos acarretados por estas ações, parte deles são atribuídos por ela à "limpeza" de ativos superavaliados e obsoletos, além da queda na margem de seu principal produto, o leite longa vida.

A partir de 1995, a empresa passou a investir na criação de novas linhas, como chás, suco de frutas, biscoitos, isotônicos e derivados de tomate. A empresa investiu também na área de chocolates, quando em 1998, comprou a gaúcha Neugebauer, embora a tenha declarado que esse ramo de atividade não é de interesse para o grupo.

Glória e Avaré

A aquisição da Glória e da Avaré (a primeira desde 1998) foi feita por ter sido considerada uma "boa oportunidade" pela Parmalat. Com isso ela passará a atuar no mercado varejista de leite em pó, produto que está recebendo atenção especial neste momento. No último ano, ela quadruplicou a produção da fábrica em Goiás e já foi confirmado o projeto de construir outra fábrica de leite em pó em Concórdia (SC). A Parmalat não confirma se deve manter abertas as fábricas da Glória e Avaré, mas um analista acredita que, além da marca, a aquisição pode ser vantajosa na compra de matéria-prima: a empresa deve ficar sem concorrentes fortes na captação de leite em Santa Catarina e no Paraná, as bacias leiteiras com os menores preços do país.

A Parmalat também não revela o número de demissões nesse processo, mas os cálculos do sindicato da Bahia são de que no CD de Fortaleza (CE) existiam 130 trabalhadores e no de Guarulhos (SP), mais 800 funcionários. Em Contagem (MG), eram cerca de 150 empregados. Todas essas unidades foram fechadas ou terceirizadas nos últimos meses.

Fonte: Valor Online (por Patrícia Duarte e Giuliano Ventura), adaptado por Equipe MilkPoint

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