Hoje (03/08) iniciamos o Interleite Experience: o maior simpósio sobre pecuária leiteira do Brasil, em uma experiência totalmente inovadora e dinâmica. Com o objetivo de levar o que há de mais novo na ciência diretamente para o campo, proporcionamos aos 1.107 inscritos no evento uma maratona de conhecimentos sobre nutrição para vacas leiteiras e produção de volumoso e pastagem.
Abrimos nosso evento com chave de ouro, com o painel sobre nutrição de vacas leiteiras oferecido pela Vaccinar. Iniciando nossa tarde de palestras, Polyana Pizzi Rota, Dra. em Produção e Nutrição de Ruminantes e professora da Universidade Federal de Viçosa, abordou o uso de DDG — sigla em inglês que significa “grãos secos por destilação” — na alimentação das vacas de leite.
Logo no início de sua apresentação, Polyana disse que apesar do DDG ser relativamente novo no Brasil, com os primeiros estudos sobre sua utilização na alimentação no ano de 2015, nos Estados Unidos, esta é uma prática antiga. Neste sentido, Rota trouxe pontos importantes da inclusão do DDG na dieta dos animais e mostrou diversos estudos sobre o assunto.
Ao decorrer de sua palestra, Polyana pontuou que “existe uma grande variabilidade na composição e qualidade dos DDG’s que estão à disposição do mercado.” Deste modo, ela completou dizendo que a “análise bromatológica [do DDG] é essencial.”
Contudo, Pizzi também salientou que “um outro ponto importante além da análise bromatológica é a coloração DDG.” Polyana explicou que este também é um fator importante, visto que o processo de obtenção do DDG envolve uma etapa de aquecimento, a qual pode ocasionar uma queima excessiva do produto, indisponibilizando os aminoácidos presentes.
Sobre aminoácidos e outros nutrientes, Marina Danés, professora da Universidade Federal de Lavras e especialista em nutrição de vacas leiteiras, deu sequência ao painel de nutrição, trazendo a temática “Proteína e aminoácidos para vacas leiteiras.”
Dánes expôs vários estudos sobre o tema, pontuando que “a proteína é importante para os ruminantes por diversos motivos, entre eles o mecanismo ruminal e desempenho animal e a saúde e longevidade da vaca no rebanho.”
Entretanto, Marina destacou “que existe um problema crônico na nutrição proteica que é a baixa eficiência de uso deste nitrogênio.” Danés explicou que isso ocorre devido “ao excesso de proteína na dieta; proteínas com perfil de aminoácido inadequado e ao desbalanço ruminal.”
Além disso, a palestrante enfatizou a importância do uso de estratégias mais específicas de alimentação, sendo esta mediada entre a importância versus ineficiência. De acordo com Marina, essa estratégia deve considerar a fisiologia do animal e os papéis funcionais dos aminoácidos. Na parte fisiológica, Danés destacou o início da lactação, pontuando que a “alta proteína em fase inicial aumenta produção de leite.”
Reiterando a importância do início da lactação, Fabiano Lopes Bueno, Gerente de Nutrição de Ruminantes da Vaccinar, apresentou estratégias de como minimizar o impacto do balanço energético negativo no pós-parto nesta fase.
Bueno salientou que é primordial destacar e entender a relação da curva de lactação interagindo com o consumo de matéria seca (MS). Além disso, pontuou a utilização de suplementação de gordura protegida, dizendo que “sua utilização é bastante estratégica.”
Posteriormente, Marcos Neves, Professor de Bovinocultura de Leite da Universidade Federal de Lavras, trouxe aspectos do uso de probiótico e prebióticos de leveduras para vacas leiteiras. Em sua palestra, Neves explicou sobre as ações das leveduras no rúmen dos animais e os benefícios que o incremento dessas na dieta pode trazer, dizendo que “probióticos e prebióticos de leveduras podem ter bom retorno sobre o investimento.”
Para finalizar o painel sobre nutrição de vacas leiteiras, Rodrigo de Almeida, Médico Veterinário e Professor da Universidade Federal do Paraná apresentou cinco novidades sobre a nutrição de vacas em transição.
Entre elas, podemos citar evitar que a vacas cheguem gordas à secagem. Almeida explicou que as “vacas que secam magras tendem a manter, ou principalmente a ganhar condição de escore corporal (ECC).”
Em sua apresentação, Rodrigo também pontuou o fornecimento de amido moderado pós-parto, apresentando um estudo recente sobre o assunto. Ele frisou que a grande contribuição deste estudo foi “demonstrar que tanto para consumo de matéria seca quanto para produção de leite, as vacas que receberam alto amido e um amido de alta fementabilidade no pós-parto não se saíram bem.”
Realmente, o Interleite Experience começou com uma verdadeira maratona de conhecimentos sobre nutrição de vacas leiteiras. Ainda não se inscreveu no maior simpósio sobre pecuária leiteira do Brasil? Se inscreva agora! Entre no site, confira a programação completa e faça sua inscrição. Lembrando que você não perde nada, visto que os conteúdos ficarão disponíveis por 90 dias após o evento!