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Leitores do MilkPoint apontam o que falta para maior transparência no setor

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 20/03/2004

3 MIN DE LEITURA

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Diversos produtores, técnicos, acadêmicos e industriais responderam à enquete feita no início de março pelo MilkPoint, entitulada "Faltam dados sobre o mercado de leite e lácteos para maior transparência? Quais?" A seguir, apontamos algumas das opiniões emitidas pelos leitores.

Para Louis Baudraz, produtor de leite em Rolândia, no Paraná, faltam dados sobre volume de produção, atual e projetado, bem como volumes de venda e consumo atualizados, permitindo monitorar os estoques e conhecer melhor como se comportam a oferta e a demanda, visto que é o mercado que forma o preço. Opinião semelhante tem Wagner Milanello, professor universitário em São Paulo.

Já para Paulo Cesar Alvim Resende, produtor de leite em Contagem, Minas Gerais, a grande informalidade deve mascarar os números. Considerando-se que a informalidade atinge quase 40% e tem crescido (dados do IBGE de 2002 indicam aumento de 15,63% na informalidade), o problema parece considerável e dificulta a análise dos números relativos ao mercado de leite.

André Luiz Cokely Ribeiro, consultor em Frutal, Minas Gerais, sugere que faltam dados relativos ao consumo per capita por faixa etária, que poderiam ser obtidos através de pesquisas de mercado periódicas. Isso permitiria conhecer melhor o mercado. Ele aponta também a falta de informações relativas à quantidade de leite destinada à merenda escolar e aos programas sociais do governo em nível Federal, Estadual e Municipal, cuja importância acaba sendo subestimada. Através desses programas, poderia-se planejar o setor de forma a se estocar o leite produzido em maior volume em determinada época do ano, que possui custo de produção menor, e estabilizar o preço pago ao produtor durante o ano.

Arilton Narita, que atua em indústria de laticínios em Treze Tílias, Santa Catarina, e Renato Fonseca, produtor de leite na região de Belo Horizonte, Minas Gerais, apontam também o desconhecimento das margens dos supermercados nos principais produtos lácteos como um dos aspectos que trazem falta de transparência ao mercado. Para este último, a ausência de dados sobre preços médios por produtor, de acordo com a micro-região, escala de produção e sistemas produtivos é algo que também dificulta o entendimento do mercado.

Falando ainda sobre preços, Luiz Miguel Saavedra de Oliveira, produtor de leite em Santo Ângelo, Rio Grande do Sul, coloca que o fato dos produtores receberem a fatura do leite 15 dias após o fornecimento do produto, a partir de critérios desconhecidos de preço, demonstra falta de transparência da indústria no relacionamento com o produtor. Na mesma linha vai Fabiano Santos Junqueira, mestrando em zootecnia e consultor em Pará de Minas, Minas Gerais, que aponta a falta de previsibilidade de preços como um problema crucial. Para ele, "enquanto o produtor da Nova Zelândia sabe o preço que receberá no ano, o produtor brasileiro não sabe o preço do leite já entregue". Saavedra aponta também mudanças repentinas nas políticas de cota em meio ao anteriormente programado como outro indicativo da falta de transparência por parte das indústrias.

Já para Elder Marcelo Duarte, diretor do Leite Salute, em São Carlos, São Paulo, informações de preços no mercado SPOT poderiam ser divulgadas e ajudariam a entender o comportamento de mercado, visto que uma parte significativa do leite é transacionada dessa forma, entre empresas, com impacto nos preços recebidos por todos.

Informações confiáveis sobre custos de produção também são escassas e dificultam a transparência das informações de mercado, segundo Ingo Regehr, coordenador do Programa Pasto Verde, da SEAGRI, no Ceará.

Paula Marques Meyer, médica veterinária e mestranda na ESALQ/USP, aponta informações sobre qualidade do leite como limitantes. Para ela, faltam dados de coleta de leite resfriado e não-resfriado, para que se possa acompanhar a evolução da nova legislação de produção de leite, a vigorar no Centro-Sul em julho de 2005.

As enquetes do MilkPoint não tem base científica, mas permitem conhecer as opiniões de quem acessa o site sobre vários dos aspectos que permeiam o mercado de leite no Brasil. A partir da análise e do processamento destas informações, esperamos trazer à discussão problemas e apontar soluções que possam trazer maior competitividade e sustentabilidade à produção e comercialização de lácteos.

Participe de nossa nova enquete: "Você está pessimista ou otimista para a entressafra? Explique porquê? Clique aqui e deixe sua opinião.

Fonte: MilkPoint

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