ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Impacto da greve eleva preço do leite no RS

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 22/06/2018

3 MIN DE LEITURA

0
2

Como resultado da redução de captação durante a greve dos caminheiros no final de maio, o preço do leite registrou alta de 6,76% no Rio Grande do Sul. Segundo dados dos primeiros dez dias de junho, divulgados pelo Conseleite nesta quinta-feira (21/06), na sede da Farsul, em Porto Alegre (RS), o valor de referência projetado para o mês é de R$ 1,1781, acima do consolidado de maio, que ficou em R$ 1,1035.

O aumento foi puxado diretamente pelo leite UHT, produto de maior expressão no mix gaúcho, que teve valorização de 14,71%. O movimento foi acompanhado por diversos outros itens: requeijão (10,54%), queijo mussarela (8,74%), leite condensado (8,33%) e queijo prato (6,78%). A tendência é que os valores se mantenham nesse novo patamar motivados pelo aumento de consumo típico dos meses de inverno e pela alta do dólar que impacta diretamente nos custos e ajuda a travar a importação de lácteos. Além disso, explica o vice-presidente do Conseleite e presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, muitas vacas que estavam em fase de lactação foram “secas” propositadamente no período da greve, impactando no volume desta temporada de outono.

O professor da UPF Eduardo Finamore explica que houve queda expressiva na quantidade produzida pelas indústrias em função da greve, algo que não há como ser recuperado. Levantamento do Conseleite indica que as indústrias gaúchas comercializaram um volume equivalente a 108 milhões de litros em maio de 2018, 16,7% menos do que os 126 milhões de litros de leite de abril.

“Não se pode considerar que a valorização dos produtos foi boa porque, ao mesmo tempo, houve redução de produção com a greve. O prejuízo foi diferente de empresa para empresa, mas a queda de quantidade trouxe impacto direto no lucro das indústrias”, pontuou Finamore. O presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, acrescentou que a greve agravou a crise no campo. “Foi uma pá de cal em muitos produtores que já estavam com dificuldades por inúmeros outros fatores como estradas precárias, falta de energia e incentivo”.

Apesar da alta no valor do leite em junho, Guerra destacou que os valores acumulados no Rio Grande do Sul ainda estão abaixo dos de 2017. Segundo levantamento semestral apresentado pelo Conseleite nesta quinta-feira, de janeiro a junho de 2018, dez dos 13 produtos avaliados estão com valores abaixo do praticado no mesmo período do ano anterior: leite UHT (-5,48%), leite pasteurizado (-5,87%), leite em pó (-7,73%), leite condensado (-12%), bebida láctea (-3,19%), queijo mussarela (-11,49%), queijo prato (5,03%), requeijão (-4,49%), nata (-2,36%) e outros queijos (-16,51%). Apenas iogurte (6,19%), doce de leite (0,94%) e queijo minas (1%) estão acima dos indexadores de 2017.

IN 62 – Durante a reunião, representantes dos produtores e indústria ainda debateram o texto que está em consulta pública e propõe mudanças na IN 62, que regula os padrões de qualidade e produção no setor lácteo. O prazo para sugestões termina na segunda-feira (25/6), mas as lideranças do segmento entendem que há muito a ser debatido e ajustado.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, apresentou, ponto a ponto, as principais dificuldades que o setor terá para adaptar-se ao que está sendo proposto e as alterações que estão sendo sugeridas pelo Sindilat, como ajustes na temperatura de leite na plataforma e no monitoramento de unidades formadoras de colônia. “O novo texto limpa inúmeras legislações que hoje regem o setor e concentra em apenas duas INs o regramento. A proposta desburocratiza o setor, mas precisa de ajustes”, salientou Palharini.

O produtor e diretor da Farsul Jorge Rodrigues questionou o alto rigor das medidas propostas, o que, segundo ele, é inviável de ser cumprido neste momento. “Essas regras foram feitas dentro de um gabinete, sem avaliar a realidade do campo. Há muitas coisas aqui que não poderão ser cumpridas e precisarão ser revistas daqui a dois anos”, criticou.

Tabela 1: valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Maio de 2018.


(1)    Valor para o leite “posto na propriedade” o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência IN 62 está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural

Tabela 2: valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1 IN 62, em R$ – Junho de 2018.

As informações são do Sindilat.

 

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures