A Fonterra e o New Zealand Post experimentarão novas tecnologias para parar com a fraude alimentar e aumentar a confiança da China nos produtos da Nova Zelândia. O gigante chinês de comércio eletrônico Alibaba Group anunciou que vai testar o uso de blockchain para permitir que compradores online rastreiem produtos antes que eles cheguem à sua porta. A Fonterra e o New Zealand Post estarão entre os primeiros a testar a tecnologia de produtos lácteos da Anchor.
As três empresas assinaram um memorando de entendimento para melhorar a segurança alimentar em março do ano passado. A empresa de consultoria de negócios PricewaterhouseCoopers analisará os relatórios da cadeia de fornecimento durante o teste. Se o teste for bem sucedido, será lançado para todos os vendedores, produtores e transportadores no mercado online da Alibaba, a Tmall Global.
As marcas de alimentos da Nova Zelândia, Whittaker's, Sanitarium e a2 Milk vendem seus produtos para consumidores chineses através da Tmall Global. O New Zealand Post tinha sua própria loja no site. A ideia do blockchain resultou do plano de estrutura de confiança alimentar do Alibaba.
O gerente geral de importação e exportação da Tmall, Alvin Liu, disse que a tecnologia tem como objetivo "autenticar, verificar, registrar e fornecer relatórios contínuos sobre a transferência de propriedade e fornecimento de produtos e mercadorias. O sistema visa alcançar rastreabilidade e transparência completas da cadeia de fornecimento para aumentar a confiança do consumidor e construir um ambiente confiável para o comércio ‘transfronteiriço’ por meio da plataforma Tmall Global da Alibaba”.
O blockchain não é o primeiro uso de tecnologia da Alibaba para dar aos compradores mais informações sobre a origem de seu alimento. Na subsidiária de supermercados Hema Fresh da Alibaba, os compradores podem usar o aplicativo Tmall para digitalizar códigos de resposta rápida (QR) em produtos. O código QR mostra informações sobre o país de origem de um produto, a empresa que o fabricou e sua data de chegada à China. Alguns produtos, como frutos do mar, até mostram a documentação de importação.
O diretor financeiro da Hema Fresh, Sheng Cong, disse que a transparência é uma prioridade para a empresa. Mais da metade dos alimentos e bebidas que vende foram importados de fora da China, disse ele.
A equipe da Alibaba ou da Hema visitou todos os fornecedores internacionais para verificar se eram legítimos e realizaram práticas de qualidade. A Foodstuffs, proprietária do New World e Pak 'N Save, não auditou seus fornecedores internacionais ou locais. Se surgiram notícias de um fornecedor explorador ou inseguro, a Foodstuffs barrou o fornecedor imediatamente e exigiu que ele mostrasse provas antes de retomar seus negócios com ele, disse o presidente-executivo da Foodstuffs North Island, Chris Quin.
"Com nossos fornecedores, basicamente os responsabilizamos. Eles têm que nos garantir que o produto deles está vindo para nós, livre de escravidão e com segurança. Eles têm que nos mostrar a prova”. O Ministério das Indústrias Primárias verificou a qualidade dos fornecedores da Nova Zelândia, disse ele. "Nós tentamos usar as autoridades aqui, temos menos capacidade de fazer isso no exterior”.
Quin disse que a transparência é a principal preocupação dos compradores de alimentos. "As pessoas estão muito conscientes do que estão comendo, de onde veio e como as pessoas foram tratadas. A transparência do produto agora é prioridade”.
As informações são do www.stuff.co.nz, traduzidas pela Equipe MilkPoint.