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EPAMIG e UFMG vêm tentando produzir vacinas contra carrapatos

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 14/09/2020

3 MIN DE LEITURA

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Os carrapatos são um grande problema para a pecuária brasileira. No Brasil, a infestação de rebanhos é responsável por perdas estimadas em U$ 3.24 bilhões todos os anos. Em Minas Gerais, estado que possui o maior rebanho leiteiro do país, os carrapatos são responsáveis por perdas de mais de 90 litros de leite por vaca. Grandes prejuízos causados por pequenos aracnídeos.
 
A lista de estragos causados por carrapatos é ainda maior. Infestações em rebanhos causam lesões no couro dos animais e favorecem a penetração de larvas de moscas causadoras de bicheiras. Além disso, devemos considerar os prejuízos relacionados à mão de obra necessária para o controle dos carrapatos, como as despesas com instalações, aquisição de carrapaticidas e compra de equipamentos adequados para aplicação dos produtos.
 
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) trabalha no desenvolvimento de tecnologias para diminuir os prejuízos causados por carrapatos na pecuária de leite e de corte. Segundo o pesquisador da empresa, Daniel Rodrigues, para obter uma boa eficácia é preciso realizar o controle de acordo com as melhores informações técnicas, o que muitas vezes é difícil na prática.
 
“O controle desses parasitos é complexo devido a um conjunto de fatores, como a raça do bovino, condições climáticas, de manejo e tipos de pastagem. As estratégias atuais incluem a seleção de indivíduos e raças mais resistentes e o manejo de pastagens. No entanto, o controle químico ainda é a estratégia mais utilizada”, afirma Daniel.
 
Porém, quando mal utilizado, o controle químico oferece risco à saúde dos animais, das pessoas e do meio ambiente. Daniel explica que o uso de carrapaticidas pode deixar resíduos na carne, no leite e contaminar o solo. Além disso, a resistência dos carrapatos aos princípios ativos aumenta a cada dia, o que reforça a necessidade de alternativas potencialmente eficazes e seguras, como as vacinas.
 
Vacinação: a melhor perspectiva para o controle de carrapatos
 
Há mais de setenta anos pesquisadores estão envolvidos na produção de uma vacina eficiente, capaz de conferir aos rebanhos imunidade contra o carrapato. Vários produtos tem sido testados, desde compostos à base de carrapatos inteiros, órgãos internos, como glândulas salivares e intestino, e até fragmentos menores. Contudo, melhores resultados são alcançados com material que não entra em contato com o hospedeiro durante a alimentação. Esse material é composto dos chamados antígenos ocultos. 
 
“A vacinação apresenta uma série de vantagens em relação aos métodos de controle químico, é segura para o homem e o meio ambiente, não deixa resíduos na carne e no leite, e, portanto, não requer período de carência. Além disso, estudos tem indicado baixa possibilidade de desenvolvimento de resistência pelos carrapatos”, destaca Daniel Rodrigues.
 
Em 1994, a Austrália iniciou a comercialização das primeiras vacinas contra o carrapato do boi, denominadas TickGARD e TickGARD Plus, que hoje já não estão mais disponíveis no mercado. Tempos depois, com as bases do mesmo antígeno, Cuba formulou as vacinas Gavac e Gavac Plus.
 
No Brasil, os testes realizados com as vacinas TickGARD e Gavac demostraram eficiência próxima de 50%. O resultado foi menor que o reportado em outros países. Devido a necessidade de várias doses para um período curto de proteção parcial, as vacinas estrangeiras não tiveram boa aceitação no mercado nacional.
 
Diante desse cenário, pesquisadores brasileiros têm trabalhado para o desenvolvimento de uma vacina que seja capaz de induzir uma resposta imune efetiva e duradoura, e que seja um produto economicamente viável para o produtor.
 
Trabalhos nessa linha estão sendo desenvolvidos pela EPAMIG em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no Campo Experimental Santa Rita, no município de Prudente de Morais (MG). Os resultados das pesquisas serão divulgados após os testes em andamento.
 
As informações são da EPAMIG.

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