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Argentina: produtores de leite recebem o menor preço do mundo por sua produção

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 13/05/2022

3 MIN DE LEITURA

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Durante sua visita à exposição ExpoSuipacha 2022, na cidade de Buenos Aires, o presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA), Nicolás Pino, apresentou os dados de um relatório feito pela entidade segundo o qual "o produtor de leite argentino recebe hoje o preço mais baixo do mundo e é 4% menor do que há um ano". 

Nesse sentido, e com dados do primeiro trimestre deste ano e medidos em dólares, o preço recebido na Argentina pelos produtores de leite por litro de leite foi de US$ 0,38, enquanto no Brasil o preço atingiu US$ 0,41, no Uruguai, US$ 0,42, na Nova Zelândia, US$ 0,51 e nos Estados Unidos, US$ 0,55.

Além disso, a pesquisa destacou que em um contexto inflacionário e com um acordo de preços vigente, os valores ao consumidor de abril perdem em termos reais. Além disso, os custos de produção locais cresceram a uma taxa superior à receita, principalmente devido à tendência de alta das commodities internacionais nos últimos meses, como resultado do ataque da Rússia à Ucrânia.

“Há muito falamos da necessidade de trabalhar com uma agenda de questões que ordenem o setor, para que não haja distorções de preços e planejar adequadamente as diferentes situações, tanto da conjuntura quanto dos problemas estruturais, que ameaçam contra o crescimento”, comentou Nicolás Pino.

E acrescentou: “A lenta resposta da demanda local incentiva as empresas a fortalecer a produção de exportação, com um preço internacional que caiu 17% no último mês. Não esqueçamos também os efeitos da estiagem do início do ano que condicionou as reservas, como é o caso do milho que teve que ser cortado com menor qualidade e rendimento, fazendo com que o produtor incorresse em mais gastos com alimentação."

Além disso, o dirigente sustentou que com uma condição climática mais favorável, a produção de lácteos aumentou 1,6% no primeiro trimestre do ano, deixando para trás um momento complexo ocorrido em janeiro passado com a forte estiagem e altas temperaturas que atingiram o setor.

Por outro lado, o Ministro do Desenvolvimento Agrário da província de Buenos Aires, Javier Rodríguez, comentou que, embora atualmente “existam dificuldades, o panorama é diferente de anos atrás”. Nesse sentido, sustentou que a produção leiteira “conseguiu inverter a tendência negativa entre 2015 e 2019, onde caiu 14% e teve mais de 500 fazendas leiteiras fechadas. Em 2020 e 2021 crescemos e em 2020 as projeções também nos posicionam em um cenário de aumento, que no acumulado fica entre 12 e 14%”.

 

Oeste de Buenos Aires

Por outro lado, os produtores de leite do oeste de Buenos Aires expressaram sua preocupação com a situação tensa que a produção de leite deve enfrentar devido à "má relação de preços das matérias-primas e altos custos".

Embora a produção de leite tenha crescido 2,5% com relação ao ano anterior em março de 2022, os efeitos da crise internacional, somados a fatores internos que colocam os balanços dos produtores no vermelho, tiveram um impacto total na indústria de laticínios no início de ano, já que a produção caiu 6% no mês contra fevereiro de 2022.

Segundo a Câmara de Produtores de Leite do Oeste da Província de Buenos Aires (Carolecoba), ficou claro as diferenças de impacto do cenário atual proposto pelo negócio de laticínios. As fazendas leiteiras com maior escala, com maiores desvios e volume de vendas, além de obter melhores preços de mercado, conseguem manter uma tendência de crescimento dentro de suas estruturas.

Se a situação de crise continuar, com aumentos contínuos nos valores dos principais insumos como grãos e alimentos, surgem dúvidas de como os pequenos e médios estabelecimentos produtores de leite vão lidar com isso.

Segundo a Caprolecoba, "ao contrário do que poderíamos supor com base nas más relações de preços e altos custos das fazendas leiteiras nos dias de hoje, o primeiro trimestre de 2022 apresentou uma produção 1,6% superior a 2021. Enquanto em março de 2022 apresentou um aumento de 2,5% em relação no mesmo mês de 2021″. O impacto do aumento de custos foi totalmente sentido no negócio de produção de leite, além de outras questões relacionadas ao clima, já que na comparação de março de 2022 com fevereiro anterior, a produção de leite nas fazendas leiteiras apresentou queda de 6% , conforme informado pela entidade de Buenos Aires.

Em relação ao negócio de lácteos, essa situação foi avaliada após ter uma inflação média de 6,7% em março passado, e com um preço do dólar que subiu quase 3%. Da mesma forma, os valores do leite pagos pela indústria apresentaram aumento médio de 7,3% no terceiro mês do ano. Em março passado, de acordo com o Sistema Integrado de Gestión de la Lechería Argentina (SIGLEA), as pequenas propriedades leiteiras receberam 39,30 pesos (US$ 0,34) por litro pelo leite.

As informações são do Agrositio, traduzida e adaptadas pela equipe MilkPoint. 

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