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Morre o homem responsável pela "revolução branca" na Índia

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 13/09/2012

3 MIN DE LEITURA

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Verghese Kurien, o arquiteto da chamada "revolução branca", transformou a Índia no maior produtor de leite do mundo. Ele morreu no domingo no hospital Nadiad, em Gujarat, depois de uma breve doença, com 91 anos.

Amul, a marca que Kurien transformou em um nome familiar na Índia, é o carro chefe da Gujarat Co-operative Milk Marketing Federation (GCMMF), que conta com pelo menos 3 milhões de produtores de leite .

Kurien também instrumentou o estabelecimento do Conselho Nacional de Desenvolvimeto de Lácteos (NDDB, sigla em inglês) e o Instituto de Administração Rural, Anand (Irma). "Uma era inteira terminou com a morte de Kurien. Quando ele lançou a ideia diante da Comissão de Planejamento no começo dos anos setenta de formar uma federação de cooperativas de produção de leite, onde os produtores controlassem a compra, o processamento e a venda, todos na sala ficaram céticos", disse o economista e presidente do Irma, Y.K. Alagh, que era, então, membro da agência de planejamento da Índia.

A cooperativa, maior federação de lácteos da Ásia, teve uma receita de Rs. 11.600 crore (US$ 2,09 bilhões) no ano que terminou em março de 2012. Em contraste, a companhia Nestlé Índia Ltd. registrou uma receita de Rs. 7.541 crore (US$ 1,36 bilhão) no mesmo período.

Kurien nasceu em 26 de novembro de 1921 em Calicut, Kerala. Depois de se formar em engenharia mecânica pela Universidade de Madras em 1943, trabalhou brevemente com a Tata Iron e Steel Co. Ltd., agora conhecida como Tata Steel Ltd. Ele, então, estudou engenharia de lácteos na Universidade Estadual de Michigan nos Estados Unidos com uma bolsa do Governo com a condição de que ele trabalhasse por alguns anos sob a demanda do Governo.

Quanto retornou à Índia, começou a trabalhar na cidade de Anand, a 60 quilômetros de Ahmedabad. Os produtores rurais da região na época tinham feito uma greve de leite, se recusando a aceitar o cartel comercial local. Eles formaram uma cooperativa em 1946 chamada Kaira District Co-operative Milk Producers Union Ltd.

Kurien queria sair de Anand o mais rápido possível. Em 1949, quando foi liberado, ele estava ansioso para ir para Mumbai, mas foi persuadido por Tribhuvandas Patel, então presidente da cooperativa Kaira, a voltar. Ele prometeu ficar por poucos dias para reunir equipamentos lácteos da cooperativa, mas nunca mais foi embora. Seu trabalho em Anand mudou o destino do setor leiteiro da Índia.

A primeira união cooperativa de lácteos em Gujarat foi formada em 1946 com duas sociedades cooperativas como membros. O número aumentou para 16.100, com 3,2 milhões de membros.

Com o movimento da cooperativa, ele ajudou a criar um modelo não somente para a Índia, mas para países em desenvolvimento em todo o mundo. Uma característica significante do movimento de Kurien é que o leite é comprado principalmente por mulheres, capacitando-as economicamente e socialmente.

O sucesso da Amul foi capturado em Manthan, em um filme feito por Shyam Benegal. O filme, estrelado por Naseeruddin Shah e Smita Patil, foi feito em 1976 e se tornou um marco na história do cinema com cerca de 500.000 produtores patrocinando o mesmo, cada um contribuindo com Rs. 2 (3,6 centavos de dólar). Foi a primeira vez na Índia fez um filme financiado por produtores rurais.

Kurien começou uma campanha publicitária em 1966-67 para a Amul, que trazia uma garota com um vestido de bolinhas, que ainda continua popular. O programa "Operation Flood" (operação inundação, em uma tradução livre) da Índia, do qual as cooperativas de produtores de leite tiveram papel central, surgiu como o maior programa de empregos rurais e desencadeou a maior dimensão do desenvolvimento do setor de lácteos. A NDDB garantiu a replicação do modelo Amul na Índia. A compra de leite no país aumentou de 20 milhões de toneladas por ano em nos anos sessenta para 122 milhões de toneladas em 2011.

Sua missão de vida foi amplamente realizada, disse Kurien em suas memórias, "I too had a dream", publicadas em 2005. Kurien recebeu muitos elogios por seu trabalho pioneiro. O Governo deu a ele o Padma Vibhushan, o segundo maior prêmio civil do país. Ele também recebeu o World Food Prize, o Magsaysay Award e o Carnegie-Wateler World Peace Prize por seu trabalho nos vilarejos.

O trabalho de Kurien como presidente da GCMMF terminou de uma forma ruim, após alguns membros da diretoria alegarem que ele estava mantendo a posição ilegalmente por 34 anos.

Anunciando sua renúncia em março de 2006, ele fez alegações contra a NDDB e seu presidente, Amrita Patel, que ficou como seu sucessor. Patel negou as acusações.

Leia a entrevista com Kurien feita pelo MilkPoint, clicando aqui clicando aqui

A matéria é de livemint, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.

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ESTÊVÃO DOMINGOS DE OLIVEIRA

QUIRINÓPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 07/08/2013

Impressionante. Um indivíduo como esse morre quase na obscuridade enquanto um Michael Jackson tem todo um estardalhaço. Será qual dos dois contribuiu mais para seu país e a humanidade???
FERNANDO LUIZ RAUBER

SÃO PAULO DAS MISSÕES - RIO GRANDE DO SUL - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 08/02/2013

Parabens ao Verghese Kurien, com coragem e determinação foi a luta e venceu, pode não ter reçebido ajuda do governo, mas pelo menos o governo não menospresou o seu trabalho, oque no brasil é totalmente ao contrario.
JOSE ROBERTO SILVA

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS

EM 25/09/2012

Este modelo é o mesmo adotado pela NOVA ZELANDIA? Por que não foi implementado ainda no BRASIL? Falta de lideranças?

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