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EUA: agravamento financeiro provoca fechamento de fazendas

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 23/08/2012

3 MIN DE LEITURA

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A explosão nos custos dos alimentos animais foi agravada pela seca no Meio-Oeste que tem devastado as colheitas de milho e soja, e têm afetado as fazendas leiteiras da região. "Muitas propriedades já estavam em situações financeiras ruins como resultado da crise econômica que afetou os preços do leite em 2009", disse o diretor executivo da Western United Dairymen, Michael Marsh.

Embora ainda não haja números oficiais sobre perdas lácteas para 2012, Marsh disse que o cenário é desanimador. Desde 2008, o Estado da Califórnia perdeu 283 fazendas leiteiras, com 1.668 restantes em 2011, de acordo com o Departamento de Alimentos e Agricultura da Califórnia. "Infelizmente, estamos chegando perto de um ponto onde a infraestrutura da comunidade de produtores pode estar comprometida".

Somente nos últimos dias, o produtor de leite de Kings County, Joaquin Contente, disse que ouviu sobre pelo menos 16 fazendas leiteiras dentro de um raio de 8 quilômetros de sua operação em Hanford que fecharam suas portas ou estão em processo de fechar. Ele disse que uma boa parte dessas fazendas leiteiras estão "no final de sua esperança financeira", outras estão cansadas do negócio e querem sair antes que percam todo seu patrimônio. "Eles não veem nenhuma luz no fim do túnel e eu não os culpo".

Ele citou que outros negócios serão afetados com os fechamentos das fazendas, como produtores de alimentos, suplementos, indústrias, veterinários, companhias de transporte e etc. "É um efeito dominó nas comunidades", disse Marsh. "E aqui em Central Valley, onde algumas das regiões têm uma taxa de desemprego de 20%, não é um bom momento, com certeza".

O sócio da Genske, Mulder & Co., em Costa Mesa, Bruce Miles, disse que nos últimos um ou dois anos, viu cerca de 10% dos clientes de lácteos de sua empresa saírem da atividade, enquanto 20% a 30% declararam falência com a intenção de reestruturar seus negócios.

"Obviamente, o produtor de leite precisa de um preço maior do leite. Eles não estão obtendo mais ajuda dos bancos e o Governo não está ajudando, de forma que alguém precisa aumentar o preço do leite para que a indústria possa sobreviver".

A Western United Dairymen registrou uma petição no começo desse mês pedindo à CDFA (California Department of Food and Agriculture) uma audiência de emergência para considerar um aumento temporário no preço de 50 centavos em todas as classes de leite e para reconsiderar as mudanças permanentes para a avaliação do soro de leite na atual fórmula de fixação de preços do Estado. A CDFA deverá aprovar ou negar a audiência nessa semana.

Ao mesmo tempo, o mercado está começando a responder com preços maiores do leite. "Alguns rebanhos leiteiros do Meio-Oeste foram liquidados devido à seca e à falta de alimentos animais" disse Marsh. Junto com as altas temperaturas na Califórnia que reduziam a produção de leite, a oferta de leite no país caiu. As exportações de lácteos ainda estão indo bem.

Leslie "Bees" Butler, um economista de lácteos da Universidade da Califórnia, em Davis, disse que os maiores preços do leite definitivamente ajudarão as fazendas leiteiras, mas ele também alertou que existe um limite sobre o quão alto podem chegar os preços antes do mercado sofrer. "Os mercados de exportação são inerentemente voláteis. Em 2009, perdemos muito de nossos mercados porque nossos preços estavam muito altos", disse ele.

Também está sendo pedido que o Congresso aprove algum tipo de pacote de alívio de desastres emergenciais para ajudar os produtores de leite, disse a diretora executiva da Califórnia Dairy Campaign, Lynne McBride. Apesar do Parlamento ter aprovado uma lei que ajuda produtores afetados pela seca, a medida não foi aprovada pelo Senado e não resolve a questão dos altos preços dos alimentos animais enfrentada pelos produtores de leite. "Não estou dizendo que o Congresso poderia aprovar algo que salvaria essas operações, mas acho que qualquer tipo de alívio ou recursos nesse ponto são bem-vindos".

A reportagem é do AgAlert, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.

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MICHEL KAZANOWSKI

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 05/09/2012

Cara Maria Cristina,

As vacas holandesas americanas são Friesian.

Bem, não atento ao sistema de produção. Essa não é a discussão aqui.

O clima brasileiro, majoritariamente tropical, tem inumeras vantagens perante aos produtores norte-americanos ao que nos leva a termos a possibilidade de sermos muito mais competitivos. Como discutimos acima a grande crise que esta por assolar os fazendeiros por lá se da pela grande quebra na produção de volumoso. Eles só conseguem produzir uma safra. Nós podemos cultivar 3. Eles conseguem dessa forma produzir, mesmo com alimento de alta qualidade, vacas de alta produção, quando muito intensivo cerca de 15.000litros/ha/ano. Aqui da para produzir 3 a 4 veses mais que isso. Assim podemos diluir nossos custos fixos, principalmente capital imobilizado em terras, que custam bem menos que la, o que faz nosso custo ainda menor.

Nossa mão-de-obra é muito mais barata. Muitos vão dizer que é barata mas escassa. Digo que não ha funcionario ruim, mas patrão ruim. Se as condições de trabalho que tu dá para seu funcionario são ruins como ele vai querer continuar trabalhando para ti? Portanto, mão de obra barata. Custo mais baixo.

Temos inumeros subprodutos para usar na dieta. Custo mais baixo.

Recebemos preço acima do internacional. Mais margem.

Se produzir leite no Brasil é dificil. Então o produtor brasileiro devia vender sua fazenda e comprar uma na Europa ou na America do Norte. Eles tem subsidio.

Afinal pra servem os subsidios? Proteger os produtores de quebrar pois não conseguem competir com produtores como o Brasil, por exemplo.

Vacas holandesas ou Jersey não se adaptam a clima quente e seco? Por que será que no Texas não tem barracão free-stall, somente sombra para as vacas deitarem durante o dia, bebedouro, e um cocho ao ar livre para alimentar?

Clima quente e umido, como o da Florida sim é um problema.

Dou-lhe os parabéns pela sua seleção de Gir leiteiro. Quanto a produção das Girolandas, essas médias são muito comuns mesmo. O mérito delas boa parte pertence a raça holandesa.

Não sou contra criar gado mestiço, zebu ou taurino. Sou contra a tal seleção de gado "rustico" , "adaptado ao pastejo".

O animal tem que produzir o máximo e para isso é necessario lhe dar condições. Para isso é necessario sim adaptar o meio ao animal. Não construir um barracão climatizado. É uma solução simples demais. Conforto pode ser composto por sombra, água fresca, corredores sem pedras ou buracos. Alimento pode ser pasto, silagem de milho, cana, capineira. Desde que as necessidades de produção e mantença sejam atendidos via correto balanceamento.

Tendo isso não precisa ser vaca rústica para produzir. Vacas holandesas ou Jersey irão produzir em qualquer lugar dos 92% de território tropical brasileiro.



Abraço



Michel Kazanowski
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/09/2012

Prezada Maria Cristina Alves Garcia: A entender-se seu ponto de vista como o mais acertado, teremos que fechar todas as fazendas leiteiras do Canadá, dos Estados Unidos da América e de Israel, porque nelas encontram-se animais da raça holandêsa, em situações climáticas extremas - neve, com temperatura abaixo de dez graus negativos ou calor, acima de quarenta graus positivos e, não, "TEMPERADOS", como você cita. Com relação às médias de produção do Gir Leiteiro, gostaria que você me apontasse, pelo menos dez vacas desta raça que tenham a produtividade superior às holandêsas que você menciona. Não se deve tomar a exceção como regra, Doutora. Se assim não fosse, o padrão da raça holandêsa seria a Polônia, que produziu, em um só dia, mais de cem quilogramas de leite. Mas, não é por aí. Finalmente, quanto ao preço dos animais mestiços ou zebuínos, prefiro não comentar, porque entendo que tudo não passa de "marketing", de ilusão e de - em alguns casos - má fé. Meus risos não são de ofensa, acredite, mas de irônica tristeza, ao verificar que pessoas profissionais do setor se rendem aos absurdos e cultuam a veracidade do engodo que se presencia nos leilões, mesmo que de elite, com produtividades inexplicáveis, sem o respeito de informar a persistência daqueles animais e, até mesmo, qual a técnica utilizada para mascarar a realidade, que sabemos bem menos alviçareira do que a noticiada.


Por lado outro, temos, sim, "muito deste território ainda a ocupar e colonizar, com vastas extensões de pastagem de braquiária e muito sol na ´muleira´, sem resfriadores de galpão, sem aspersores de água e sem tronquinhos de casqueamento", mas, também, sem leite.


Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO


FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG


=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=


(32) 3234-5032
MARIA CRISTINA ALVES GARCIA

IGUATAMA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/09/2012

Prezados criadores de gado holandês (seja ele de genética realmente holandesa, americana ou canadense ... algum "fresian" por aí?) ou gado jersey, por favor, perdoem-me se fui indelicada.
Não era minha intenção.
Entendo que suas vacas são especializadas para produção em climas TEMPERADOS (EUA, Canadá, Europa) e, nestas condições, de restrição climática para o pastejo, de temperaturas mais amenas, áreas menores de maior valor por hectare, realmente deve ser viável este modo de produção.
Entretanto, uma primeira constatação coloco aqui: submetidas a estes regimes alimentares intensivos, outras raças "puras", como o gir leiteiro, ou mesmo a famigerada "mestiçagem" provocada pelo girolando, tem apresentado no Brasil vacas com produção igual (no caso do gir) ou superior (no caso do girolando) às holandesas e jerseys "puras" ... é ver para crer.
Minha seleção, por outro lado, é para produção de leite a pasto. Nós criamos a 22 anos gado gir leiteiro ... então praticamente nada do que vocês escrevem se aplica à nossa realidade, que é de clima quente, muitas vezes de baixíssima umidade (como estes dias que estamos vivendo) e sol sem piedade.
Nosso máximo não é 12 kg por dia, não. Na primeira cria, a MÉDIA de nossas novilhas é de 14 kg / dia, em controle leiteiro oficial pela ABCZ. O PICO das novilhas é 22 / 24 kg, enquanto nas vacas adultas o PICO passa fácil de 30 kg.
Sobre preços médios, o mercado é soberano: nem cabe tratar aqui pois nossos patamares médios são significativamente mais altos.
Mas insisto, peço que me perdoem. Farei de conta que não entendi o que significa o "rsrsrsrsrs".
Escolhemos o gir leiteiro porque pretendemos produzir leite em condições financeiras, econômicas e ambientais viáveis em um país do tamanho do Brasil, que ocupa uma área territorial de 8.514.876 km², sendo o país mais extenso da América do Sul, o terceiro das Américas e o quinto do mundo.
Devido ao fato de apresentar tão grande extensão territorial, é que provoquei nossa discussão começando por tratar o Brasil como um "país continental", ou seja, um país cujas dimensões físicas atingem a proporção de um verdadeiro continente.
Ao fim de tantas estatísticas e geografia, cabe salientar: nosso país é cortado simultaneamente ao norte pela linha do Equador e ao sul pelo Trópico de Capricórnio: POR ISSO, POSSUI A MAIOR PARTE DO SEU TERRITÓRIO SITUADO NA ZONA TROPICAL (92%) E APENAS SUA MENOR PARTE (8%) NA ZONA TEMPERADA.
Deste modo, vamos continuar a selecionar o gado gir leiteiro mesmo, adequado para 92% de nosso território nacional, muito deste território ainda a ocupar e colonizar, com vastas extensões de pastagem de braquiária e muito sol na "muleira", sem resfriadores de galpão, sem aspersores de água e sem tronquinhos de casqueamento.
Desejo-lhes boa sorte, agradeço o conteúdo das mensagens.
Sem mais para o momento,
MARIA CRISTINA ALVES GARCIA
Médica Veterinária
Diretora - Fazendas Reunidas Xanadú
Iguatama - MG
(37) 9916-7872
MICHEL KAZANOWSKI

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 04/09/2012

Caros colegas, em especial a Maria Cristina,

Ao colocar a culpa do fechamento das fazendas americanas a seu sistema de produção antes devemos conhecer e entender o que está acontecendo por lá. Elas estão fechando não é pelo custo da ração e por que suas vacas comem um monte de ração. Muito pelo contrário. Se analisarmos o quanto de ração as vacas americanas comem vs ao que elas produzem de leite veremos que as nossas vaquinhas de 12 litros comem muito mais que as deles, pois eles jamais dariam ração para uma vaca de produção tão baixa.

A base alimentar do rebanho americano é volumoso de alta qualidade (silagem de milho, pré-secado de alfafa e azevem, feno de alfafa). Outra discussão neste site analisa a viabilidade do uso de silagem de milho em vacas de baixa produção. Isso é comida pra vaca que dá muito leite. A razão deles produzirem esse tipo de volumoso não é por que eles não gostam de pasto. O tempo que eles dispõe para produzir volumoso é de 5 a 6 meses. Depois o inverno cobre tudo. Se você morasse no sul saberia que não precisa neve pro pasto não crescer. Ano passado com as temperaturas amenas que tivemos no inicio do verão as pastagens só começaram a crescer no mes de novembro. Se as coisas derem errado, como houve esse ano, eles perdem toda a base alimentar do seu rebanho, e precisam, então, suplementar com altos niveis de concentrado. Com os atuais preços dos cereais decolando e com a necessidade de comprar volumoso, de qualidade ruim diga-se de passagem, a situação chegou ao ponto de ter muita gente desistindo da atividade.

Outro ponto que nortea a produção por lá. Eles produzem muito mais que consomem, diferente do Brasil que os preços se baseam no mercado interno, muito mais simples de ser regulado. Se o Brasil participasse do mercado internacional de lacteos e os preços que recebessemos pelo leite fosse gerido por este mercado o numero de produtores não seria nem a metade do que é hoje.

Vacas de baixa produção comprometem boa parte do que consomem para se manterem. Isso que as torna ineficientes.

Usar pasto como base alimentar no Brasil é muito interessante. Porém é necessario alta produção de MS com alta qualidade. Para isso é preciso usar de alta tecnologia em manejo, adubação, etc. Esta tecnologia demanda alto investimento por área. Muitos produtores dizem que isso é inviável. Isso se dá por que eles usam pastagem de alta tecnologia e vacas da baixa tecnologia (vacas de 12 litros por dia). Isso gera um antagonismo entre as duas tecnologias que inibe o lucro.

A criação de vacas "rusticas" para justificar manejo inadequado é desculpa de produtor ineficiente. O futuro de produtor ineficiente é reclamar do preço, das importações, do governo, do clima, do vizinho... e no final de tudo deixar a atividade. Se o seu manejo e nutrição forem adequados nada justifica não usar vacas especializadas.



Abraço



Michel Kazanowski
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/09/2012

Prezada Maria Cristina Alves Garcia: (continuando...) Só para você ter uma ideia, tenho animais em meu rebanho com mais de oito crias e eles continuam a produzir acima de trinta quilogramas/dia. Por que descartá-los? Não se justifica. Quanto ao preço de venda de animais, outro engano seu, as vacas holandêsas de alta produção, pela ausência delas no mercado, são muito valorizadas - sem a especulação que existe em torno de fantasias produtivas - as que utilizo para descarte, alcançam média de preço em torno de sete mil reais a unidade, podendo, dependendo de seu histórico, chegar, como já aconteceu em diversas ocasiões, a cerca de quinze mil reais. Verifique que, também neste caso, não abro mão da renda advinda de sua venda, ainda mais anunciando que minha reposição é toda oriunda da própria fazenda, pela evolução genética que já atingi e que ela é maior que a necessidade, propiciando venda de animais jovens de alta padronagem, também.


Em sexto lugar, minhas vacas não comem "capim" só silagem de milho e cana de açúcar, porque, como você mesmo anuncia, "capim não produz leite" (no máximo, doze litros/animal/dia).


Em sétimo lugar, minhas vacas "não sofrem com estresse térmico", porque, no meu sistema, ele foi minimizado (e será, definitivamente, erradicado, quando, em 2013, começar a funcionar o sistema de ar condicionado, que vem sendo implantado em nosso empreendimento), pelos aspersores de água e pelos ventiladores.


Insta informar, também, que "problemas de casco e úberes caídos" são comuns a todas as raças leiteiras, ainda que "adaptadas", como as que você menciona. Ainda que a mastite - tanto em sua modalidade clínica quanto na subclínica - seja comum a todos os animais que produzem leite (inclusive, humanos), meu gasto com medicamentos (que é inevitável, diga-se de passagem) é irrisório, já que adoto a Medicina Veterinária preventiva e, não, a curativa.


Em oitavo lugar, se o cruzamento de gado holandês com qualquer outra raça, não é mestiçagem, posso dizer que não existe, de igual forma, gado puro (rsrsrs), pois tudo que muge e produz leite pode ser considerado como tal.


Em nono lugar, selecionar gado que produz, no máximo, doze litros de leite/animal/dia, desculpe-me a franqueza, ou é perda de tempo, ou não é seleção, pois, no tempo de meu avô, vacas de doze litros já existiam.


Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/09/2012

Prezada Maria Cristina Alves Garcia: Em primeiro lugar, as despesas relativas aos R$ 5,00 (cinco reais) ao dia, não são devidas a medicamentos (não uso somatropina recombinante bovina em meu rebanho, seja ela de que marca for), mas a gastos outros, com, por exemplo, papel, reposições de material descartável, energia elétrica. Em segundo lugar, veja que, para produzir o mesmo que uma de minhas vacas produz, você precisa adicionar, ao seu rebanho, seis outras, o que demanda seis vezes mais terra, seis vezes mais úberes, seis vezes mais pernas e cascos, seis vezes mais aparelhos reprodutivos, seis vezes mais sêmen, e, portanto, seis vezes mais assistência técnica e gastos. Pense nisso.


Em terceiro lugar, a  moderna pecuária leiteira não deve e não pode estar limitada por fatores externos (climáticos, hidrográficos, topográficos), sob pena de encontrar-se confinada (literalmente, rsrsrs) a determinadas regiões do globo, o que, num mundo faminto, não há mais lugar, como já disse anteriormente. Por isso, os sistemas de reclusão integral de bovinos (sejam destinados à carne ou ao leite), são os que melhor futuro apresentam, ainda mais se levarmos em conta o crescimento das populações urbanas mundiais que, a cada dia, tomam mais terreno da agropecuária, encarecendo o fator terra. Portanto, já não podemos nos dar ao luxo de aumentar o número de vacas, ao invés de aumentar-lhes a produção individual. Destarte, a teoria do "não produzo, mas não gasto", não pode mais servir de bandeira a quem quer se seja profissional em nosso meio.


Em quarto lugar, a tão falada "competição" entre homem e animal, em verdade, não existe, porque a vaca é um herbívoro (o que significa dizer que só se alimenta de vegetais), enquanto o ser humano, onívoro. Por isso, quem compete com os animais é o homem, pois a ele é dado consumir outras fontes de proteína (inclusive, as próprias vacas, rsrsrs) e, portanto, pode deixar de se alimentar destes grãos enquanto aqueles, não. Por outro lado, nossa inteligência nos apresenta o dom de transformar o leite em alimento, além de manteiga, queijo e os mais diversos tipos de produtos lácteos, o que nos desobriga de consumir milho e soja. As vacas, repito, não.


Em quinto lugar, você está, me desculpe, desatualizada quanto à necessidade de descarte de vacas leiteiras a partir da terceira cria. Isto é um padrão americano, que se presta a grandes rebanhos, onde a reposição é fácil e se pode aproveitar, "in totum", a melhoria de produção que a genética empresta aos novos indivíduos, partindo-se da premissa (não matemática) de que as gerações posteriores são sempre melhores que as que sucedem. No caso de Brasil, esta estimativa é bastante deficitária, por vários motivos, mas, o principal deles, é que a reposição (em níveis qualitativo, quantitativo e produtivo) praticamente inexiste, o que equivale dizer que não dá para descartar vacas após a terceira cria. (continuo...)

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/09/2012

Prezada Maria Cristina,



No meu caso especifico eu não tenho condições de produzir leite com vacas de baixa produção visto que minha área é pequena o que me impede de ter um rebanho enorme para manter a mesma produção que tenho hoje. Portanto quem tem terra sobrando pode criar vacas de baixa produção se achar que são mais lucrativas.



Não vejo as vacas como sendo concorrentes por alimento com os humanos, se não utilizarmos milho e soja na alimentação das mesmas teremos uma queda na procura e consequente queda nos preços o que leva os agricultores a reduzirem a área plantada ajustando a oferta em função da procura. Devemos considerar também que você poderia plantar milho e soja para os humanos ao invés de plantar capim para vacas.



Um abraço



Ronaldo
MARIA CRISTINA ALVES GARCIA

IGUATAMA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 31/08/2012

Prezados amigos, agradeço as respostas.

De todas, em especial, me chamou a atenção a Anastacia. Concordo com suas afirmações, pois entendo que o gado e o manejo devem estar adaptados ao clima e à região, e não o contrário, em que precisamos ficar "de ponta à cabeça", "fazer pirueta", colocar "ventilador e aspersor de água" tentando adaptar nossas fazendas nos trópicos às exigências de gado europeu e americano.
Ademais, a permanecer neste ritmo, estamos criando animais "pet", vacas, gatos e cachorro que concorrem conosco pelo alimento!!!
Não faz sentido, ao meu ver, criarmos um animal que compete conosco pelo mesmo alimento. Milho e soja são alimentos que nós comemos, não é preciso "passá-lo" por uma vaca para, por meio do leite, ter acesso aos seus nutrientes.
Já capim ... nós não comemos. Então, precisamos da vaca para andar sozinha atrás do capim e convertê-lo em alimento para nós.
E isso, aliás, subindo morro, descendo ladeira, sem mancar nem ficar escondida debaixo da sombra da árvore até o sol refrescar.
Agora, por outro lado, é questão de fazer conta ...
Acreditando nas informações do amigo, Sr. Guilherme, com o mesmo trato (15 kg de concentrado) de uma vaca holandesa de 45 litros, que rende os supostos R$41,85 de receita por dia, mantemos aqui 7 vacas tropicais, comendo 2 kg de concentrado por dia, e rendendo cada uma R$ 10,80 de receita por dia.
Então, (1 x R$ 41,85=R$41,85) é maior que (7 x R$10,80=R$75,60)? Estranho, eu acho que R$ 75,60 é quase o dobro de R$ 41,85.
E olha que não sei o que é essa despesa adicional de R$ 5,00 por dia aqui. Será o Boostim ou outros medicamentos para manter a lactação? Remédio contra mastite? Minhas vacas precisam de nada disso. Acho que além do pasto, elas gostam mesmo é só de sal mineral e água de boa qualidade.
É verdade que a coitadinha da vaca holandesa, com uns 3 ou 4 partos, já tem de ser descartada, requerendo que o produtor tire recursos de seu caixa para re-investimento no rebanho ou que mantenha um maior número de fêmeas para reposição, renunciando à receita de venda de animais.
Já outras vacas, mais adaptadas aos trópicos, chegam tranquilamente aos 10 partos até ser descartadas, além de emprenhar mais rápido pois não são tão "sensíveis" ao stress térmico, problemas de cascos, úberes arriados e outras mazelas típicas de gado europeu e americano.
Amigos, não temos subsídios como a Europa para sustentar um gado europeizado. Nos EUA, caem subsídios e, como a própria reportagem mostra, fecham-se fazendas. Assim, contra fatos não resistem argumentos: a produção de leite, como a de carne, deve buscar o animal que come capim, que é longevo, fértil e não sofre com o stress térmico imposto pelas temperaturas elevadas na maior parte de nosso país.
Por fim, não crio gado "mestiço": só que seleciono gado que come capim e realmente adaptado ao clima tropical.
Abraço a todos, atenciosamente,
MARIA CRISTINA ALVES GARCIA
Fazendas Reunidas Xanadú
Iguatama -
ANASTACIA HALAJDA RESSEL

PONTA GROSSA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 31/08/2012

Maria Cristina,

Vacas de alta ou baixa produção, depende de onde voce explora a atividade leiteira. Sem comparar a Gir com a Holandesa depende de quem as explora .Voce há de concordar de que se a gente estiver no Mato Grosso não vai tirar leite de Holandesa e de Gir em Castro /Pr.



Ronaldo caro colega não tem vaca ruim, tem vaca mal alimentada,sem aptidão para tal,ambiente inóspito etc.

Att:.



Anastacia

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/08/2012

Prezada Maria Cristina Garcia: Pegando carona no que disse o amigo Ronaldo Marciano Gontijo, trago a você minha experiência pessoal, criador de Gado Holandês e Gado Jersey (europeus), puros de origem, com médias de 46,5 quilogramas/animal/dia (holandês) e 25 quilogramas/animal/dia (Jersey) que sou. Uma vaca holandêsa de minha propriedade, produz R$ 41,85 (quarenta e um reais e oitenta e cinco centavos) por dia, consome 15 quilogramas de concentrado (em média, R$ 13,00) e 36 quilogramas de silagem de milho e cana (em torno de R$ 2,50), sobrando R$ 26,35 (vinte e seis reais e trinta e cinco centavos). Minha mão de obra gasta com este animal, gira em torno de R$ 0,83 (oitenta e três centavos) por dia e outras despesas, em torno de R$ 5,00 (cinco reais) de diária. Portanto, meu lucro diário, por animal, encontra-se no patamar médio de R$ 20,52 (vinte reais e cinquenta e dois centavos) por dia, que, multiplicados por trinta dias, representam R$ 615,60 (seiscecentos e quinze reais e sessenta centavos) ao mês. Uma vaca de 12 quilogramas/dia, mesmo não sendo possível que esta receba o valor de produção igual às minhas (volume maior = preço melhor), somente me traria R$ 10,80 (dez reais e oitenta centavos) por dia, que não chegaria para as despesas. Por isso, com  todo o respeito que merecem a Fazenda Xanadu e você, estão andando na contramão da prosperidade enveredando-se pela mestiçagem.

O conceito de que bom é "o animal que produz mais leite com menos comida" é o que motivava a produção colonial brasileira - "não produzo, mas, também, não gasto": via de consequência, apenas sobrevivo. Isto é amadorismo, perdoe-me, que tende a ser consumido pela acidez do mercado, levando ao inevitável fechamento de porteiras. Sinceramente, não há mais lugar para este tipo de entendimento nos dias atuais.


Um abraço,
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO


FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG  
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/08/2012

Prezada Maria,

Essa teoria só vai bem devido ao fato que os produtores sempre pensam em não gastar e esquecem de quanto vão faturar. Façamos as contas: uma vaca de 30 litros/dia produz R$ 27,30 por dia, come 10 kg de concentrado que custam R$ 11,30, 34 kg de silagem que custam R$ 2,04, o concentrado + volumoso custam  R$ 13,34, sobram R$ 13,96. E a vaca de 12 litros/dia produz apenas R$ 10,92, nem precisa fazer mais contas para ver o quanto uma vaca ruim é deficitária.



Um abraço



Ronaldo  
SILVIO CHINAZZO

NICOLAU VERGUEIRO - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/08/2012

colega Maria Cristina se o custo fosse so a racao ate teria sentido, se todas as regios do brasil fosse como em Mg, essa teoria foi criada para q produtores ficam de culpados por ir mal financeiramente, e ai ninguem mais tem responsabilidade, e a comida fica barata para a industria, en nossa regiao um ha de terra chega a valer Rs 60000,00 ha para manter 3 vaca de 12 litros media ano ???????
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/08/2012

Prezada Maria Cristina,

O exemplo que você citou não me convenceu que a vaca de 12 litros seja melhor que a de 30. Se eu for tentar viver com vacas de 12 litros eu não vou conseguir nem comer.

Um abraço

Ronaldo

MARIA CRISTINA ALVES GARCIA

IGUATAMA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/08/2012

PREZADOS AMIGOS PRODUTORES, bom dia.
Quem tecla é Maria Cristina, das Fazendas Reunidas Xanadú. Espero encontrá-los todos bem, e às suas famílias.
Queria estabelecer com vocês um debate, a partir de uma afirmação consensual e tão "surrada": precisamos selecionar animais que produzem leite em condições realistas, considerando que estamos em um país com extensões "continentais" e com clima "tropical".
Entendo que esta afirmação está ficando apenas no discurso e não na prática ...
Assim, considerando a primeira premissa, nós entendemos (e queremos dialogar com os colegas produtores) que nosso gado não pode ter "medo de andar e procurar pasto", o que vai frontalmente contra os regimes de alimentação intensiva ("stall") nos quais a suposta "genética de ponta" está sendo selecionada.
Por outro lado, considerando a segunda premissa, entendemos que o futuro não está no animal que produz mais leite por dia, e sim no animal que produz mais leite com menos comida, ou seja, com melhor conversão alimentar. Então, de que adiantam os PTA´s para leite da forma como estão sendo calculados?
Pergunto, em sua opinião, vale mais o touro que:
> produz descendentes que produzem 30 kg de leite por dia comendo 10 kg de ração; ou
> produz descendentes que produzem 12 kg de leite por dia comendo 2 kg de ração?
Em suma, em sua opinião, faz sentido "europeizar" nosso "gado de giba"? Nós, aqui da Xanadú, já tiramos nossas conclusões (https://www.fazendaxanadu.com.br).
Gostaria de receber seu retorno sobre o tema que estou propondo.
Agradeço antecipadamente e deixo um cordial abraço a todos,
MARIA CRISTINA ALVES GARCIA
Fazendas Reunidas Xanadú
Iguatama - MG


(5537) 9916-7872
SILVIO CHINAZZO

NICOLAU VERGUEIRO - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/08/2012

"amanha" eles (os produtores) conseguem subsidios maiores, para comprar alimento animal. E ai se esse alimento for comprado tambem do brasil e ai sim nos falimos, e o nosso subsidio serah que vem ou sera que alguem se importa se quebrarmos ou nao?


NELSON LUIZ MARION

CASCAVEL - PARANÁ - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 25/08/2012

minha empresa tambem vende ração e  sempre teve os preços mais altos do mercado devido a qualidade do produto, mas hoje temos os melhores preços pois temos soja e milho ate a proxima safra.estamos agora apostando numa boa melhora do preço do leite de ,90 a 1,oo o litro apartir de setembro, nessa epoca se percebe muito que o produtor de leite se sobresai em relaçao ao tirador de leite  que acaba desistindo por falta de estrutura.

temos ja alguns produtores na minha região comprando  novilhas, e  são muitos fazendo isso.
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/08/2012

Não demora muito essa crise afetar o Brasil, devido nossos  custos de produção estarem altíssimos e o prêço do leite ao produtor estar em baixa. Como o comércio de produtos veterinários , de rações e outros  profissionais estarem dependentes de produtores de leite, pode haver problemas sérios econômicos na cadeia leiteira.O govêrno precisa entender que tudo que o produtor precisa em sua rotina de trabalho tem um custo alto, nada é barato.


TRUEMILK AGRONEGÓCIOS

CASTRO - PARANÁ

EM 23/08/2012

Tudo é uma corrente ,se a soja subiu é porque houve seca nos USA , se houve seca , provavelmente vai faltar comida e diminuir o alimento para as vacas , como consequência redução de leite no mercado , agora é hora de esperar o leite chegar a 1,50 para o produtor , são coisas que acontecem sempre o leite a 10 anos atrás estava a 0,30 o litro , a soja 35 reais.

Tudo vai se encaixar com certeza..............

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