ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

A culpa é do leiteiro!

POR LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ESPAÇO ABERTO

EM 29/11/2012

5 MIN DE LEITURA

121
0
Minha esposa, milhares de vezes, corrige minha forma de expressar opiniões, pois sempre busco não magoar ou não ser muito direto nas minhas afirmações. Pensava eu, que agindo desta forma promovia a possibilidade de reflexão ao meu ouvinte, seja ele um amigo, cliente ou colega de trabalho.

Ao ler as reportagens do Jornal O Popular do dia 26/11 pp. aqui de Goiânia, onde sérios e preocupantes resultados de pesquisas e palestras de técnicos ligados ao setor leiteiro foram apresentados, percebo que as meias-palavras que emitimos, de nada adiantam se desejamos promover realmente um choque refletivo ou crítica construtiva.

Passam-se os anos, e desde a década de 60 quando criança ouvia dos meus avós a mesma frase robótica, o que a torna quase cromossômica: - O Brasil é o país do futuro.

Não recordo de quem é esta outra afirmação, mas ela é cada vez mais verdadeira: "O que fazemos de errado durante o dia, o Brasil é tão bom que se recupera à noite". E vale aqui esta observação inteligente, para o nosso setor de leite.

Até quando vamos ficar "passando a mão na cabeça" e escutando "choradeira" de leiteiro.

O dito é sempre o mesmo: - O leite não dá!

Caramba... eles possuem o direito de serem chorões, e são. Desinformados, alienados, medrosos, covardes, mas a incompetência atinge as pessoas do seu meio e isto sim é demais. Os milhares de técnicos capacitados e com vontade de serem ouvidos pelas pessoas que estão reclamando da atividade leiteira, para ajudá-los a se tornarem empresários do setor, é enorme. Se recebessem tal oportunidade, veríamos então, estes índices ridículos e vergonhosos serem eliminados e teríamos sim, progresso e riquezas sendo geradas.

Um sem fim de palestras, convenções, simpósios, cursos e seminários são disponibilizados diariamente para quem deseja melhorar suas "roças," como estes "gigolôs de vacas" gostam de denominar o local onde expõem à subnutrição as suas vacas, que fornecem heroicamente à custa de autofagia, uns míseros 4 litros/dia, extraídos com mãos sujas, massageadas com "baba" do bezerro, inúmeras vezes com cuspe e outras tantas limpas com os pêlos da cauda, embarrados ou embebidos de urina da lactante.

Para estes extrativistas, que prejudicam o Brasil, deveria haver um congresso destinado a desenvolver técnicas de como se tornar mais incapazes e inúteis à economia do mundo, e por fim darem o lado aos que buscam dias melhores.

Como o nosso Brasilzão é capaz de aguentar não só corrupção alarmante, ainda necessitamos como cidadãos e muito mais como técnicos, fingir que tudo está andando muito bem na pecuária brasileira.

Refletindo sobre os exploradores de vacas, se todas as vezes que eles reclamassem, alguém os chamassem de incapazes e despreparados, quem sabe no dia em que uma empresa de assessoria ou um técnico lhe visitasse, procederiam diferente, talvez até pensar na possibilidade de existir sim, capacidade de melhorar.

Sinceramente, meu amigo Marcelo Carvalho e Leovegildo, sei que há possibilidades de didática evolutiva, mas o que estamos necessitando é um tratamento de choque. Vejam que os eventos técnicos estão recheados de gente ávida por trabalho e desenvolvimento, mas o que percebem estes jovens técnicos ao saírem das universidades, é que terão que lidar com dinossauros e trogloditas, soberbos por possuírem um pedaço de terra e se acharem os donos do mundo por este motivo.

Não devemos pedir ajuda ou socorro ao governo para quem não faz nem a lição de casa. Não devemos proporcionar mais recursos financeiros para aqueles que sequer sabem quanto gastam no seu orçamento familiar, quiçá na propriedade como um todo. Se o mínimo, que é somar os gastos do mês, eles não conseguem. Por estes motivos é que eu gostaria de entender como afirmam que a atividade não remunera adequadamente.

A ajuda técnico-gerencial está disponível sob os mais diversos meios, a estes que desfazem diuturnamente do setor, só que eles devem desejar serem ajudados, e é aqui que a "mula empaca". A maioria esmagadora, como mostram as pesquisas, não desejam, e sequer buscam serem pessoas melhores para sua família, grupo, cidade ou país.

Convivemos com custos e índices técnicos em nossa pecuária leiteira, que passam ao mundo a pior imagem possível de desenvolvimento.

Vacas produzindo 4 ou 5 litros/dia, 50% dos produtores entregando abaixo de 200 litros/dia, ridículo uso da inseminação artificial, uso de touros de corte em vacas de leite, cruzamentos com raças sabidamente impróprias para produzir leite, incapacidade administrativa, falta de gerenciamento, subnutrição dos animais, ignorantes que compram um proteinado e misturam com sal branco para reduzir consumo, tem ainda o famoso "sopão" (concentrado + água) que servem para as vacas na hora da ordenha, para que o mesmo seja chupado rapidamente ao invés de ingerido junto ao volumoso, como indicam as boas normas nutricionais.

Tem ainda aqueles que possuem um pedaço de terra, mal cuidada, erodida, sem cobertura vegetal, povoada com vacas de gambira, criando uns gabiruzinhos, e que só vão à roça na hora da ordenha. Estes elementos, muito mais abundante do que se imagina, que certamente não vão ler artigos como este e vossas pesquisas, é que desastrosamente contribuem para os índices de ineficiência que são divulgados.

Vejam que tais atitudes, não dependem de incentivos governamentais, financiamentos, etc. São fatores que competem única e exclusivamente às pessoas. É uma decisão de vida, um desejo, o querer ser útil, querer se tornar um empresário ou produtor eficiente ou seguir sempre engrossando as fileiras dos que atrasam o país.

Por tudo isso, revisando os fundamentos mais profundos das palavras verdadeiras que recebo em meu lar, é que estou convicto de que não devemos abandonar todo o processo de gerar e levar continuamente o conhecimento ao nosso setor, mas reafirmo minha posição que devemos ajudar quem deseja.

Para os derrotistas e desinformados é que cabe o ônus da prova de que a bovinocultura de leite não remunera corretamente. Apenas palavras infundadas, sem embasamento algum, não convencem os que estão sérios, profissionalizados e investindo na atividade. Estes sim, é que servem de exemplo à nós e ao país.

Pouquíssimas atividades comerciais se perpetuam sem análise justa de custos, escala e eficiência. E a nossa, certamente não seria exceção à regra.

Algum administrador já disse: - Para mim existem apenas dois tipos de pessoas aqui na empresa, as que fazem poeira e as que comem poeira. O meu time é o primeiro, mas cada um possui a liberdade de escolher o seu.

Por fim, como sempre deve haver um culpado, num ano em que por competência de outros brasileiros, encontramos e fizemos justiça, condenando-os, aqui coloco na cadeira dos réus mais este, e pasmem que não é o mordomo é o leiteiro, cuja definição na Wikipédia deveria constar como: - aquele sujeito que mói vacas para extrair seu suco.

Abraço

Até uma próxima

Luis Einar Suñé

LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

Med. Vet. , Esp. em Gado Leiteiro - UFLA

121

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

RODRIGO

DIVINÓPOLIS - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 28/12/2013

Somente um complemento



Famoso pecurista mineiro com fazendas em MG e SP, o chamado Tião Maia, vendeu tudo que tinha no Brasil pra se arriscar na Australia e lá foi maior pecuarista daquele país até ser prejudicado pelo governo deles e partir para os EUA aonde venceu novamente, sempre dizia "quem produz comida no Brasil é louco".



Vi meu avô tentando sempre lutando com frango de corte, suinos, lavoura......sem nenhum apoio.



As vezes o "choro" é mais que justificavel.
RODRIGO

DIVINÓPOLIS - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 28/12/2013

Tópico antigo mas achei o debate interessante



Nem tanto ao mar, nem tanto à terra....





Eu fui produtor de leite, 500 litros dia, morava na fazenda apesar de ter nascido e criado em cidade, mas sempre ligado ao campo, tive meus erros no sistema extensivo.......mas nunca apareceu alguém de EMATER, EMBRAPA, Balde Cheio ou qualquer  orgão do governo pra me instruir.

Aliás sou 40 anos ligado ao campo e não conheço nenhum tecnico em nada,

Aprendi correndo atrás, apanhando......mas nem todo mundo tem recursos pra isso, tem gente que mal sai da porteira pra fora, nunca foi escola, não tem internet, criado sem tv......criado como aquele filme "A Vila",  não tem como um cara assim sair inseminando rsrs



Ainda acredito que os maiores vilões da atividade leiteira, seja no preço pago ao produtor que não acompanha os custos de produção e falta de mão de obra.



Sobre mão de obra, mesmo pagando bem, dificil achar sujeito pra trabalhar 365 dias ano, ideal atividade leiteita ser  melhor renumerada pra se ter mais empregados pra se fazer rodizios, férias...etc, coisas que só acontece nos grandes do setor.



Agricultura familiar tudo  bem, esses pelo menos não sofrem falta de mão de obra, mas vão trabalhar entre eles até quando?
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/12/2012

Caro Tiago


Agradeço mais uma vez pela sua participação e pertinentes comentários.


Entendo, já li sobre o projeto da Embrapa.


Sobre este assunto, apenas um comentário: -  Aqui no Brasil, temos a tendência errônea de canonizar técnicos, como vcs. estão fazendo. Este projeto é de uma empresa pública e o Dr. Chinelato é nosso funcionário. Assim como todos os políticos, que na mesma medida são respeitados como se fossem seres superiores.


Não santifiquem projetos e indivíduos que trazem equívocos e acertos, por favor!


Voltando ao tema, discordamos sim em pontos cruciais. Primeiramente, não acredito em ser eficiente com vaquinhas cruzadas. Introduzir sangue zebuíno em seu rebanho, tentando se esquivar da necessidade de promover muito conforto aos seus animais é tentar "tapar o sol com uma peneira" , além de derrubar a média em litros/lactação do seu rebanho, se comparado a um rebanho Holandês. Entretanto cada um faz como deseja, palavras suas.


Em segundo, não radicalizo sobre a forma de acomodar os nossos animais, mas tenho uma posição de que piquetes ( semi-confinamento ou "loose housing") é o limite mínimo para que se produza leite com controle alimentar eficaz.


Sistemas de Free Stall ou Tie Stall, são para profissionais do leite, por este motivo não tive a intenção de indicá-los como padrão e peço desculpas se mal me expressei.


Concluindo, os tais 1000 litros que cito em meu post inicial, como sendo o número mágico para ser feliz tirando leite, estão baseados em cálculos simples obtidos em planilhas de custo que trabalhamos ou e pelas informações financeiras recolhidas junto aos produtores que obtém esta litragem/dia.


Se vc. recordar, nos comentários das participações, falo em:


- 1000 litros;


- Buscar média de 28-30 litros/vaca/dia/305 dias de lactação;


- Criar bem as novilhas com GMD alvo de 700/750g/dia;


- Reprodução bem assistida.;


- Volumosos de alta qualidade;


- Orientar-se com um técnico especializado em bovinocultura leiteira e nutrição de vacas de alta prdução;


- Estava esquecendo, por favor elimine os "bois de boiada" da fazenda e;


- Muuuuuuiiiiiitoooooo trabalho.





Feliz 2013





Abs





RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/12/2012

Prezado Tiago,



É por isto que não presta! No lugar de um profissional capacitado manda um aprendiz, e ainda chegam a cobrar por isso. O produtor é quem deve cobrar pelo uso da sala de aula. Afinal, porque os produtores devem subsidiar o aprendizado de marmanjos que nem filhos deles são?
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/12/2012

Caro Dr. Guilherme


Agradeço imensamente a sua sempre inteligente e experiente participação.


Muita paz, saúde e felicidades.


Grande abraço aos amigos, colegas e participantes deste post.


Se o nosso bom Deus assim o permitir, estaremos todos juntos, nestas trocas de informações que o Milkpoint nos pemite.


Feliz 2013.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/12/2012

Prezado Luiz Einar Suñe da Silva: Desejo a você - e a todos os seus familiares - um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de vitórias, grandes realizações e muito leite, votos que extendo a todos os participantes este maravilhoso debate.


Um abraço,








GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO


FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG


=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/12/2012

Salve Emerson


Por conhecer sua brilhante forma de perceber o agronegócio com a clareza que lhe é peculiar, é que sei da nobreza de espirito que conduz seu investimento.


Tenho certeza da sinceridade em suas belas conclusões, mesmo eu estando no rol de seus companheiros de jornada.


Cumprimete toda a rapaziada aí da fazenda e mostre-lhes que o que dizemos é o que fazemos realmente.


Obrigado pela participação.


Siga em frente, com esse seu jeito simples de tocar seu negócio e esta sua caracteristica peculiar que lhe permite crescer mesmo enfrentando obtáculos gigantescos como estes que vc. cita e que bem sei quais são.


Grande abraço amigo


Nos vemos após "navidad"


Saludos
TIAGO MANTOVANI

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/12/2012

Prezado Luiz



Quando falo de um sistema a pasto quero falar sobre os 150 dias que ficam no pasto mais suplementação de ração concentrada, e 215 dias confinadas com algum volumoso como cana, milho, etc. Porque é impossivel produzir leite a pasto o ano inteiro, mesmo que seja irrigado, porque nossas forrageiras são sensiveis a fotoperiodo.



Não há o porque tambem não suplementarmos nossas vacas com ração concentrada para complementar a produção que o pasto não supre. Uma pastagem de qualidade é possivel permitir a produção de 12 litros de leite vaca dia num custo de 3 litros vaca dia, o que o animal estiver produzindo acima de 12 litros, de uma forma simplista, voce dara  1 Kg de ração para cada 3 litros de leite.



O pessoal da nova zelandia não suplementa suas vacas porque não possuem soja, milho ou  subprodutos a um preço acessivel igual a nós.



Para trabalhar no sistema a pasto não há a necessidade de se trabalhar com animais que não sejam especilizados (como gir, girolando, guzerá). Podemos trabalhar com holandesas desde que se forneça forragem sufcientes o mais perto possivel da ordenha para que elas pastejem a noite e de manhã cedinho (horas frescas) e durante a tarde fiquem na sombra de uma arvore frondosa ruminando.



Ai voce ira me dizer que estou perdendo em produção de leite porque ela gasta energia que poderia ser convertida em leite para andar. Mas quando voce fornece um ambiente adequado e comida no cocho voce não gasta leite (dinheiro) para prover essa facilidade.



Em relação ao sistema de pastejo ser mais poluente. Eu não sei se é mais ou menos porque nunca vi uma pesquisa comparando. Mas o sistema confinado é muito mais dependende de combustiveis fosseis.



um abraço
TIAGO MANTOVANI

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/12/2012

Prezados senhores Guilherme e Luiz



Sobre as questões aobre o Programa Balde Cheio, vou deixar o proprio Artur responder ao senhores na entrevista que ele deu ao milkpoint: https://www.milkpoint.com.br/cadeia-do-leite/entrevistas/a-producao-de-leite-na-visao-de-artur-chinelato-e-andre-luiz-novo-29826n.aspx



Sobre o que ele acha que esses pequenos produtores produzirão um volume significativo do leite?

- resposta: "Não estou preocupado com isso. Uma vez me perguntaram quanto esperávamos aumentar a produção no Estado de São Paulo com esse programa, e eu disse que nossa preocupação não era com os números, mas com as pessoas. É preciso criar uma alternativa para essa gente, caso contrário eles vão sumir. É preciso segurar esse sujeito no campo, se não vamos aumentar cada vez mais o problema social. E essas propriedades podem gerar mais dinheiro e melhorar a vida do produtor. Às vezes o sujeito está lá, com 20 hectares vivendo em uma miséria danada, quando não precisava. Há produtores no projeto que colocam todo mês R$ 3000 a R$ 4000 na poupança, com 6 alqueires de chão aproveitados. Ele já terminou de construir a casa, comprou carro, o filho está em faculdade paga, tirando hoje 800, 1000 litros, começando com 130 litros em 2001, 2002.



E tem um outro aspecto. A gente não quer que todo mundo produza leite. O que queremos é que o produtor ganhe dinheiro! Se não for com leite, eu falo para acabarem com a atividade e fazerem outra coisa. Mas precisam ganhar dinheiro, caso contrário vão viver do quê? Eu falo que já está difícil para quem tem nível superior. Abre um concurso para lixeiro e aparece dentista, engenheiro, médico, advogado... onde esses produtores vão parar? E a gente fica triste não pelo produtor abandonar a atividade, mas sim por não ter tido a chance de trabalhar. E quantos chegaram para mim e disseram: "puxa, se você tivesse chegado aqui há um ano eu não teria acabado com a atividade, pois não sabia que minha propriedade de 3 ou 5 alqueires poderia ser rentável".



Sobre modelos confinados de produção de leite

- resposta "O modelo da Argentina é tecnicamente viável e economicamente rentável, mas foi socialmente um desastre. Foi altamente excludente, em 10 anos sumiram metade dos produtores da Argentina. Aqui nós estamos tentando fazer um sistema que seja tecnicamente viável, economicamente rentável, socialmente justo e ambientalmente sustentável. Ou, pelo menos, para todo mundo que quiser. Se o sujeito quiser crescer, atingir por exemplo 20 alqueires com leite, que fique à vontade. Se um produtor vai fazer ou não, é uma decisão de cada um."



Sobre fazer os produtores de leite produzirem acima de 3000 litros de leite dia

-resposta Depende muito do desejo do produtor. Tem produtor que não quer produzir uma quantidade muito grande de leite, e é direito dele escolher. A primeira pergunta que fazemos é: "Quanto você quer ganhar?". um produtor falou que queria ganhar R$ 3.000 livres por mês. Nós fizemos a conta e precisava de 16 hectares.
TIAGO MANTOVANI

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/12/2012

Prezados Luis



Concordei com o artigo em relação aos leiteiros que são gigolos de vacas e que não querem se profissionalizar. Mas depois nos comentarios vi uma tendencia que para serem  profissionais deveriam tirar leite num sistema confinado porque este é o unico realmente tecnologico.



Não sou contra a nenhum sistema de produção pois todos podem ser eficientes ou não. Ou nunca vimos uma fazenda de free-stall quebrar.



O que sempre tento falar é sobre a eficiencia do sistema. Colocam um numero magico de acima de 1000 litros de leite dia para poder ser competitivo. Isso para mim não quer dizer nada. Produzir 1000 litros com 100 vacas? Produzir 1000 litros com 33 vacas em lactação e 60 secas? Produzir 1000 litros utilizando 6 funcionario dando uma produção de 166 litros de leite por funcionario? Produzir 1000 litros com 33 vacas usando 100 hectares de terra? Produzir 1000 litros a um custo de R$ 0,9 e vender por R$ 0,80?



Então o que tento sempre dizer é que realmente temos que ser eficientes sim, independente de sistemas de produção.



Um abraço

TIAGO MANTOVANI

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/12/2012

Prezado Ronaldo Marciano Gontijo



Não precisa imprimir o meu comentario e mostrar para os produtores. É só entrar nesse site https://www.cppse.embrapa.br/balde-cheio que esta tudo explicado lá.



Todos os proprietarios que adentram o program Balde Cheio estão ciente disso e é obrigação dele manter a porteira aberta de sua propriedade aberta para que sua propriedade sirva de sala de aula aos outros.



Um abraço
EMERSON DIAS

GOIÂNIA - GOIÁS

EM 19/12/2012

Dr. Luís,

belas palavras, belas colocações, pena que mal interpretadas por alguns,

porém, gostaria de parabenizá-lo pela franqueza e clareza.

Embora alguns não souberam interpretar, ou não quiseram, uns por pura ignorância, outros por falta de humildade em reconhecer suas próprias falhas, afinal não deixa de ser mais fácil jogar toda culpa na política.

Conheço alguns pecuarístas que se quer sabem quais são seus objetivos, imagine se saberão como alcançá-los.

Importante ressaltar que existem bons consultores como também existem péssimos consultores, mas vale lembrar que os bons nem sempre são os que falam o que o Patrão quer ouvir. A meu ver, uma boa consultoria deve equilibrar-se entre conhecimento, experiencia, preço, e cumplicidade, sem oba-oba e fantasias muito pelo contrário muito cálculo e pé no chão!!!



Mais uma vez lhe cumprimento pelo artigo e agradeço por repartir conosco um pouco do seu conhecimento e experiência.



Abs



Emerson Dias
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/12/2012

Salve Joanil


Agradeço pela participação.


Abraço
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/12/2012

Salve Luan


Agradeço pela sua participação e comentários.


Vejo seu enorme interesse em ter uma fazenda eficiente. Parabéns!


Me permita umas perguntas:


- Vc. trabalha com alguma planilha de custos em sua propriedade?


- Quantos litros produzem/dia?


- Qual o volumoso principal da fazenda?


- Qual a média de curral de sua vacas?


- Qual  intervalo médio entre partos?


- Qual o ganho médio/dia de suas bezerras e recria?


Posso colaborar com algumas sugestões se vc. enviar estes dados.


Abraço


** Siga em frente, acredite na nossa atividade.
JOANIL NUNES SIMÕES

CAPITÓLIO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/12/2012

parabens !  É a mais pura verdade!
LUAN MATHEUS KIRSTEN

PATO BRAGADO - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 14/12/2012

Boa tarde

Concordo em partes com o texto, é fato que temos no Brasil pessoas totalmente despreparadas a sem interesse em evoluir na atividade. Porém deve-se atentar as diferentes dificuldades que são encontradas atualmente para a produção.

E através da minha experiência posso resumi-lás quanto ao custo de produção e qualidade e custo da mão de obra. Na propriedade leiteira dos meus pais priorizamos acima de tudo a qualidade do leite, com investimento constante em tecnologia e genética. Porém isto se torna difícil quando você chega ao final de um mês de muito esforço e trabalho e o dinheiro que lhe sobra não te da vontade nem de sair de casa no final de semana.

Temos que melhorar os índices brasileiros sim, e para isso é incontestável que os custos de produção possam ser reduzidos imediatamente, com a instituição de uma política própria de ações para a bovinocultura leiteira nacional. O que eu acho difícil de acontecer enquanto aqueles que deveriam fazer isto estão la na vida mansa ganhando os nossos milhões.

Um abraço.
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 13/12/2012

Prezada Debora


Agradeço sua participação.


Esta forma de expressar seu pensamento é exatamente a que representa os 99% dos que reclamam da atividade e assumem que são os mártires da política governamental para o setor.


As pesquisas mostram que os Leiteiros , estes 99%,  não sabem o que são custos de produção, não procuram o auxílio de um bom assessor técnico-gerencial, não desejam sair da tristeza de produzir 200 litros/dia ou média de 5 litros/vaca, sequer sabem o que é escala de produção.


Quando tiverem todas estas variáveis, muito claras em suas vidas, verão que minha posição começará a fazer sentido na sua fazenda e na deles.


Sds


DEBORA SOBRAL MACHADO

UNAÍ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/12/2012

amigo, vc deve  ter comecado com o leite de baixo creio eu. teve que comprar vaca por vaca, sem ajuda de bancos, ou qualquer outra ajuda financeira. Claro q nao!!!pois tudo qe vc disse so falou q tudo esta bom, temos que ter melhoria genetica, aproveitar melhor o que temos sem reclamar, como falou CAFETOES DE VACA!!! creio q sua relaidade e diferente de mais ou menos 90% dos produtores de leite, q foi falado que tira leite de vaca de 5 litros de leite. De onde sera que sai o spred para pagar os grandes?? dos q nao sabem ganhar dinheiro.


quanto a desinformacao do leite, qual a politica de leite que temos para nos proteger do leite de baixo custo do uruguai??? onde estao os governantes para nos proteger com barreiras alfandegarias, com isencoes de impostos??? a sim temos o mercosul, claro somos vizinhos!!!!!nao, mas o leiteiro que esta tirando 200litros dias e que reclama de graca, pois e desoganizado, desatualizado, mas mesmo assim sustenta o preco dos grandes.PRECISAMOS PEQUENOS GRANDES SE REUNIR PARA EXIGIR DOS NOSSOS GOVERNATES POLITICAS PARA NOS PROTEGER!


     NOS SOMOS O MOTIVO DESSE PAIS NAO TER SE AFUNDADO, VAMOS RECONHECER NOSSO VALOR!!!!!
TONY CARLOS BERNARDES

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/12/2012

Prezado Luis, respeito o seu ponto de vista e agradeço por respeitar os meus também. Sou um cara feliz com minha fazenda e meu gado, mais não tenho "poção do sucesso" , tenho muito trabalho, humildade, amizades e também não me preocupo com a fazenda do vizinho e sim com a minha realidade.Saudações a todos...                                    Tony C. Bernardes  "Faz. Estivinha"
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/12/2012

Salve Ricardo Dangelo


Agradeço pela participação.


Pois é, por causa do artigo, estou no hotel há dias. Heheheh!!!


Felizmente, a esmagadora lista de comentários pró, nos entusiasma a dizer que os leiteiros estão redondamente enganados, ao olharem este brilhante negócio com descaso e incompetência gerencial.


Seguiremos em frente, pensando que mesmo singelamente estamos contibuindo com o progresso do nosso setor.


Grande abraço

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures