No final de março, foi divulgada a notícia sobre a detecção do vírus da gripe aviária em vacas e, logo depois, sua transmissão para um ser humano. Recapitulando o que falamos anteriormente aqui ,sobre como se iniciou a gripe aviária e o que sabíamos até então:
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Vacas dos Estados Unidos (EUA) enfrentavam uma doença misteriosa que causava queda da produção.
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Em 25 de março, confirmou-se que a origem da doença era uma cepa do vírus da gripe aviária, marcando a primeira ocorrência da gripe aviária em bovinos leiteiros.
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O vírus foi detectado em vários rebanhos em diferentes estados dos EUA.
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Um trabalhador que mantinha contato direto com o gado leiteiro, testou positivo para gripe aviária, tornando-se a segunda pessoa a contrair a influenza aviária, segundo o Centros de Controle e Prevenção de Doenças.
E agora, quais as novas informações?
Em comunicado divulgado na terça-feira (23/4), sobre o surto de gripe aviária em bovinos, a agência governamental que regula o setor alimentício e farmacêutico dos EUA, Food and Drug Administration (FDA),confirmou a detecção de partículas do vírus da gripe aviária em amostras de leite em supermercados.
A FDA acredita que as partículas, que foram detectadas por testes laboratoriais altamente sensíveis, sendo restos de vírus mortos durante o processo de pasteurização. A agência considera pouco provável que essas partículas possam infectar pessoas, mas disse estar conduzindo testes adicionais para ter certeza absoluta.
Apesar dessas descobertas, o órgão informou que o fornecimento comercial de leite continua seguro, pois o processo de pasteurização mata bactérias e vírus nocivos ao aquecer o leite a uma temperatura específica.
Para ajudar a impedir a propagação do vírus, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), está ordenando que todo o gado leiteiro seja testado antes do transporte interestadual. Na semana passada, o USDA afirmou que a transmissão de vaca para vaca é um fator na disseminação da gripe aviária em rebanhos leiteiros, mas ainda não sabe exatamente como o vírus está sendo espalhado.
Acredita-se que as aves migratórias selvagens sejam a fonte original do vírus. Mas o USDA disse que sua investigação sobre infecções em vacas "inclui alguns casos em que a disseminação do vírus foi associada a movimentos das vacas entre rebanhos".
Além do teste para o transporte, os proprietários de rebanhos autorizados para a movimentação interestadual serão obrigados a fornecer informações epidemiológicas, incluindo rastreamento de movimentação de animais. O USDA também está exigindo que os laboratórios e consultórios veterinários estaduais iniciem a notificação obrigatória dos resultados do diagnóstico.
O USDA afirma que as próximas orientações ainda serão divulgadas, mas estas medidas serão imediatamente exigidas para as vacas em lactação.
No Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) continua vigilante aos casos, atualmente restritos a aves, sobretudo as silvestres. De um total de 2.942 casos sob investigação, três permanecem em andamento, enquanto 163 foram confirmados como positivos. Dessas ocorrências confirmadas, 160 afetam aves silvestres, 3 envolvem aves de subsistência (destinadas eventualmente ao consumo pelo próprio produtor), e nenhuma diz respeito a aves de criação comercial.
Fonte:
Dairy Herd