A atividade leiteira vem mudando de forma considerável nos últimos anos e, a mudança tem sido acelerada por diversos fatores, tais como as questões econômicas em nível nacional e mundial, assim como questões de mudança de perfil do produtor de leite, que se apresenta em sua grande maioria, de forma mais conectada e consciente de suas necessidades e possibilidades em relação à atividade.
E você, como técnico, profissional que está no mercado de trabalho ou que ainda está na faculdade se preparando profissionalmente, realmente acredita que está apto a atender o produtor e às propriedades nos dias atuais?
A visão técnica do passado mas que ainda se encontra atualmente
Pensando em alguns anos ou décadas atrás, era até certo ponto, simples fazer parte do corpo técnico que atendia a propriedade leiteira pois para isso, era quase que exclusivamente necessário ser um profundo conhecedor de uma área de atuação e intitular-se “especialista” que, em muitas empresas você era requisitado, pois você ocupava um espaço necessário dentro do sistema de assistência técnica.
Esse modelo gerou uma certa confusão entre as consultorias e a assistência técnica que, para o produtor passou a ser parâmetro de comparação, não se dando conta de que, muitas vezes, estava comparando dois modelos de serviços completamente distintos.
O conhecimento técnico específico gerou o especialista, que atende as propriedades com um olhar muito direcionado para aquela única área, descartando todo o restante que faz parte da atividade e, muitas vezes, acreditando que, ao “resolver” aquele ponto, resolveu o todo (o que nem sempre é verdade) e assim, surgiram os “consultores” em reprodução, em nutrição, em qualidade do leite, em criação da bezerra, além de outras áreas. Sendo importante ressaltar que, em sua grande maioria das vezes, o trabalho é de assistência técnica e não de consultoria.
Há uma nova necessidade portanto, deve haver um novo modelo
A partir de tudo que foi descrito anteriormente em relação a atividade, as mudanças que já ocorreram e aquelas que estão em curso, há uma necessidade urgente da mudança de visão e de modelo de prestação de serviços à propriedade, tanto da assistência técnica quanto da consultoria. Baseado nisso, os profissionais precisam ter:
- Conhecimento técnico/científico: a necessidade desse conhecimento não reduziu com o passar dos tempos, na verdade ele até aumentou pois, os profissionais devem ter profundo conhecimento nas suas áreas de atuação, sendo fundamental o nível de atualização constante desse conhecimento, por isso, os profissionais devem estar sempre aptos ao aprimoramento continuado;
- Visão integrativa: o profissional deve entender o quanto a sua área de atuação interfere ou é interferida por outras áreas dentro da atividade. Não é incomum vermos profissionais competentes que não atingem resultados esperados mas, não pelo seu trabalho e si mas pela interferência de outros pontos da atividade ou características especiais daquela propriedade;
- Visão de gestão: o profissional tecnicista por essência tende a ter uma baixa visão de gestão. Aqui estou considerando a acepção mais ampla da palavra e, essa dificuldade de ver a propriedade como gestor é que, muitas vezes, proporciona falhas em que, o profissional corrige problemas em sua área mas, desencadeia problemas econômicos na propriedade como um todo;
- Visão de equipe: muitas vezes o profissional trabalha sozinho e acredita que não precisa ter a ideia de equipe. Esse é um erro pois, ao atender apenas uma parte da necessidade da propriedade, é fundamental que ele se relacione com os demais profissionais, pois precisamos sempre fazer um direcionamento único em prol do sucesso da propriedade;
- Visão professoral: o profissional que atende propriedades leiteiras, seja como assistência técnica ou como consultor, deve atuar como um professor. Quantas vezes escuto as seguintes frases: "O produtor é teimoso, quando volto lá ele não fez nada do que eu mandei ele fazer!" Em uma primeira análise, você não manda, você orienta e, em segundo lugar, o que tu chama de teimosia eu chamo de falta de compreensão. Como é difícil mudarmos algo que não compreendemos. "Só sou chamado para apagar incêndios!" Se você não ensina como não deixar aparecer “os incêndios” (problemas) eles nunca serão evitados. Por isso a necessidade da ferramenta da explicação, de que o produtor tenha total entendimento de, o que fazer; porque fazer; como fazer; quando fazer; para que fazer; quem faz e todas as consequências de fazer ou não aquilo que está sendo solicitado;
- Visão humanística: o profissional deve desenvolver a capacidade de entendimento dos modelos de relações humanas pois, apesar de que as pessoas têm claro que o profissional atende os animais, na verdade se atende são as pessoas e suas necessidades, aspirações, frustrações, sonhos e tudo que envolve a realidade humana. Devendo ter claro que, o sucesso ou o insucesso do trabalho profissional pode estar relacionado a fatores inerentes à relação humana.
A mudança de visão dos profissionais é urgente e isso inclui inclusive, o profissional buscar capacitação em áreas que antes ele nem imaginaria fazer pois acreditava ser áreas exclusivas de outras profissões.
Veja bem, não estou falando em estudar e formar-se em outras profissões, mas sim, capacitar-se e compreender algumas áreas fundamentais para a nossa atuação como profissional da atividade leiteira, a ponto de superar barreiras que antes pareciam intransponíveis.
E você, está apto para trabalhar em um novo modelo de atendimento profissional para o setor leiteiro?
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