A fiscalização do Procon de Goiás apurou 12 reprovações de leite tipo C, entre 19 marcas avaliadas. Segundo o órgão, as marcas de leite de saquinho reprovadas são Big Leite, Capilat, Danleite, Gogó, Lacton, Nívea, Nutri Leite, Santa Rita, Santos, Tayná, Vitalat e Vitta. As aprovadas: Boa Vista, Compleite, Lato, Leitepuro, Primor, Quality e Unibom.
Reportagem da Folha de S.Paulo informou que os técnicos do Procon-SP e da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento vistoriaram na tarde de sexta-feira (26) estabelecimentos comerciais e realizaram a coleta de longa vida para análise laboratorial.
A fraude no leite mineiro fez com que algumas redes de supermercados e padarias de Belo Horizonte (MG) suspendessem a compra de leite Parmalat. "Até segunda ordem, suspendemos as compras. A situação ainda está muito nebulosa e a queda no consumo do Parmalat foi vertiginosa. O consumidor está ressabiado com essa história de soda cáustica e água oxigenada", disse gerente de compras da rede Supermercado BH, Fernando Seabra, que estima para esta semana uma queda de 20% nas vendas de leite de uma forma geral.
Uma pesquisa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) aponta que o leite de vaca consumido pelo brasileiro possui defeitos de sabor considerados graves em outros países e que seu gosto é tido como "pobre" e "desagradável".
A Cooperativa Nacional Agroindustrial (Coonai), de Brodowski (SP), anunciou que vai liderar uma campanha na região nordeste do Estado de São Paulo para incentivar o consumo do leite pasteurizado, conhecido popularmente como "barriga mole" ou de "saquinho".
A Indústria de Alimentos Nilza, de Ribeirão Preto (SP), informou que o percentual de leite da Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro Ltda (Casmil) devolvido por contaminação era 20 vezes superior à média do produto rejeitado pela empresa entre seus mais de 250 fornecedores.
Segundo dados do Conseleite do Paraná, o preço de referência para o leite padrão pago aos produtores, projetado para outubro, é de R$ 0,5466/l, o que significa uma redução de quase 7 centavos por litro (ou 11,2%) em relação ao mês anterior, quando o preço médio foi de R$ 0,6154/l.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinará a interdição de lotes de leite longa vida integrais a partir de hoje (26) produzidos pela Parmalat, Calu e Centenário. Exemplares desses leites foram recolhidos em supermercados de Uberaba (MG) e, após análises em laboratório, foi constatado que estavam adulterados. Continham substâncias proibidas pelo Ministério da Agricultura. Não foram especificadas quais eram essas substâncias.
Dados da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) apontam que o faturamento com as vendas nos supermercados registraram alta de 5,37% (já descontada a inflação) em setembro em relação ao mesmo período de 2006. O índice Abras Mercado apurou recuo real de 9,76% em setembro ante o mesmo período de 2006. A maior queda ocorreu no leite longa vida (recuo de 10,51%).
Todas as fábricas de leite do país passarão por um pente fino do governo federal. O anúncio foi feito ontem em Uberaba (MG). Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, do Ministério da Agricultura, Nelmon Oliveira da Costa, a operação pente-fino vai começar na próxima segunda-feira (29).
As análises do leite da Casmil (Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro) feitas pelo Lanagro (Laboratório Nacional Agropecuário) apontaram presença de peróxido de hidrogênio (água oxigenada) e soro de leite no produto cru resfriado. O laudo foi entregue ao Ministério Público Federal em Passos (MG), onde fica a cooperativa.
Com a fraude no leite verificada em Minas Gerais, o leite pasteurizado avança na preferência do consumidor, alavancando as vendas dos fabricantes desse tipo do produto. Nesta semana, a Fazenda Bela Vista, líder do mercado de leite pasteurizado, registrou aumento de 15% na demanda. A Xandô, marca de leite pasteurizado produzido na Fazenda Colorado, de Araras (SP), aumentou em até 40%.
As atividades da Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil), em Passos (MG), foram retomadas ontem (25), após três dias de interdição. A reabertura foi possível depois da nomeação, pelo Ministério Público, de quatro interventores para administrar a cooperativa por até três meses.
Nesta semana o Conseleite de Santa Catarina anunciou que os preços referenciais são: R$ 0,5664 para leite acima do padrão, R$ 0,4925 para leite padrão e R$ 0,4477 para leite abaixo do padrão. Os valores representam uma queda de 13% em relação ao mês anterior.
Ontem o Procon de Goiás informou ter encontrado leite com soda cáustica e água oxigenada em análises feitas no estado. Em pesquisa realizada com 19 marcas de leite tipo C, 12 foram consideradas impróprias ao consumo. Em duas foi constatada a presença de soda cáustica. Nas demais havia água oxigenada, coliformes totais e fecais.
Notas fiscais recolhidas nas cooperativas mineiras mostram que o leite fraudado pode ter sido enviado ao estado de São Paulo. Durante a investigação, foram identificados caminhões que saíam dos municípios mineiros com destino ao estado vizinho. Essas informações foram apresentadas ontem pelos promotores e delegados responsáveis pela Operação Ouro Branco à comitiva de seis deputados estaduais que foi a Uberaba e Passos (MG).
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios de Minas Gerais (Silemg), Celso Costa Moreira, a presença de aditivos químicos em derivados do leite, como manteiga, requeijão, queijo, iogurte, entre outros, é impossível.
Para Otávio Farias, da Alliance Commodities Brasil, uma fraude no leite exportado é quase impossível. "Quem exporta é muito sério e não vai querer brincar com isso", afirmou. Além disso, segundo ele, quem compra faz uma análise cromatográfica, que teria como verificar qualquer anormalidade.
No Rio Grande do Sul, desde o começo do mês o Ministério da Agricultura recebeu dez novas denúncias de estabelecimentos com inspeção federal que estariam adicionando soro ao leite cru resfriado para aumentar a quantidade do produto.
Com a crise gerada pela Operação Ouro Branco, deflagrada na segunda-feira (22) pela Polícia Federal (PF), o setor de laticínios em Minas Gerais deve registrar redução no consumo de leite longa vida. De acordo com o secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Gilman Viana, em um primeiro momento, além da perda de credibilidade, o consumidor poderá diminuir a compra de leite longa vida. Mas a indústria contabilizará apenas uma leve flutuação dos índices de demanda e não chegarão a ocorrer quedas significativas.
O Conseleite do Rio Grande do Sul projetou para outubro o valor de R$ 0,5009/l pago pelo litro de leite padrão ao produtor, o que representa uma redução de R$ 0,055 frente ao mês anterior. Em setembro, o preço médio foi de R$ 0,5530.
Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a quantidade de soda cáustica e água oxigenada que adulteraram o leite das duas cooperativas mineiras são mínimas e não provocam reações, por isso, os consumidores podem continuar bebendo leite.
A Assembléia Legislativa de Minas Gerais irá propôr a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias sobre adulteração de leite pelas cooperativas Casmil e Copervale.
Os funcionários da Coopervale (Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande) afirmaram à Polícia Federal anteontem, que a mistura com soda cáustica era adicionada ao leite longa vida integral há mais de dois anos.
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