O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) enviou uma carta ao Ministério da Agricultura e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em que pede a análise de todas as marcas de leite comercializadas no País por laboratórios dos dois órgãos públicos.
O consumo de leite aumenta o nível de colesterol e isso tem levado a uma marcada redução no consumo médio de leite. Entretanto, o leite também leva a uma redução na pressão sangüínea. Uma avaliação equilibrada sobre o consumo de leite e a incidência de doenças cardiovasculares pode somente ser baseada na observação direta dos ataques cardíacos e derrames em relação ao consumo de leite. Com base nisso, o pesquisador Peter C. Elwood, professor da Universidade Cardiff, no Reino Unido, analisou dez grandes estudos de longo prazo sobre o consumo de leite e as doenças cardiovasculares.
A ABLV (Associação Brasileira de Leite Longa Vida) pretende criar um selo de qualidade do leite aos moldes da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) para o leite. De acordo com o vice-presidente da associação, Laércio Barbosa, a certificação deve ser implementada em 2008 e visa a tranquilizar o consumidor, garantindo que, dentro da caixinha, só existe leite puro. A entidade está concluindo os estudos e os processos necessários à colocação do projeto em prática.
Foi assinado na última terça-feira (30/10) o Termo de Cooperação Técnica entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a Associação dos Criadores de Gado Jersey do Brasil e o Ministério da Agricultura na Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite (Feileite), no Centro de Exposições Imigrantes. A parceria buscará a melhoria genética do gado leiteiro e a qualidade do leite produzido nos assentamentos inseridos em bacias leiteiras do estado de São Paulo.
Na última sexta-feira (02), o Ministério da Agricultura suspendeu a comercialização de leite longa vida integral fornecido pela Coopervale, em Uberaba (MG), Casmil, em Passos (MG), Avipal, em Itumbiara (GO) e duas unidades da Parmalat, em Carazinho (RS) e Santa Helena (GO). A Paramalat divulgou em seguida que o governo tinha autorizado as vendas da unidade de Goiás no mesmo dia, e que no sábado (03), autorizou a comercialização de leite da unidade de Carazinho.
A edição de ontem (04) do programa Fantástico, da Rede Globo, apresentou uma entrevista com o engenheiro químico acusado de ser o criador da fórmula de adulteração do leite. Na reportagem, ele diz trabalhar para cerca de dez empresas de laticínios do país e nega a responsabilidade da fraude ocorrida na Coopervale.
Do total de leite produzido no Brasil, um terço, em média, é feito no mercado informal, ou seja, não passa por fiscalização do governo e não é tributado. Por não pagar impostos e gastar pouco com equipamentos para a conservação do leite, o produto é vendido a um preço abaixo do de mercado. O destino mais comum desse leite é ser transformado em queijo. Assim, fica mais fácil o transporte e a conservação, já que queijos duram mais, mesmo sem refrigeração.
O lucro do setor leiteiro do Uruguai aumentará quase 70% até o final da atual estação produtiva, desde que os preços da matéria-prima se mantenham nas condições atuais, os valores dos insumos não apresentem maiores variáveis e não ocorra nenhum fenômeno climático desfavorável. Estes dados foram apresentados na recente Jornada de Informação Econômica em Leiteria, organizada pela Federação Uruguaia de produtores Crea (Fucrea).
A Câmara Setorial de Leite e Derivados da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA) reúne-se hoje (1), durante a Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite (Feileite), às 10h, na Sala Mogno.
O ministro da Agricultura da Nova Zelândia, Jim Anderton, sugeriu que pode ser necessário limitar a produção de leite na província de Canterbury, uma das principais regiões leiteiras do país, dizendo que o crescimento a qualquer custo na indústria não é aceitável. Canterbury está apresentando um boom na produção leiteira, com cerca de 400 mil vacas, representando mais de 10% do rebanho nacional. No entanto, a produção leiteira usa menos de 5% das terras produtivas de Canterbury.
A aquisição da Eleva (ex-Avipal) tornou a Perdigão a maior produtora e comercializadora de queijos e leites longa vida do Brasil. Com a fusão, a Perdigão, que processa 700 mil litros de leite por dia, aumenta sua capacidade em 3,5 milhões de litros por dia. Os lácteos representavam apenas 10% de sua produção.
Todas as marcas de leite longa vida (Milênio, Piracanjuba, Karinho, Cotochés e Fazenda Mineira) coletadas na regional do Barreiro da Vigilância Sanitária de Belo Horizonte (MG), foram aprovadas. As amostras passaram por análise físico-química no laboratório de bromatologia da Prefeitura de BH e não foi detectada a presença de nenhum componente proibido.
Para acabar com as dúvidas sobre o consumo de leite do tipo UAT/UHT e pasteurizado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclareceram que as substâncias químicas encontradas no leite mineiro não oferecem riscos à saúde porque as quantidades são muito baixas. Mas independente disso, a Anvisa já efetuou a interdição cautelar dos produtos identificados com problemas, recolhendo-os para análise.
Para esclarecer alguns fatos sobre o esquema de adulteração de leite em Minas Gerais, o Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito civil público. A investigação inclui o procedimento adotado pelo Sistema de Fiscalização, que envolve atuação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A aquisição da Eleva torna a Perdigão uma potencial compradora no mercado mundial. Segundo Wagner Pinheiro, presidente da Fundação Petros (fundo de pensão dos funcionários da Petrobrás, segundo maior sócio da Perdigão), com a compra da Eleva, a empresa caminha para ser uma nova Vale, uma companhia brasileira de tamanho internacional.
Segundo especialistas do setor leiteiro, fraudes como as descobertas em Minas Gerais pela Polícia Federal acontecem há muito tempo, são comentadas na área e pouco foi feito até hoje para combater a prática. Além disso, outros problemas, como tolerância da legislação e mau controle da produção, fazem com que os laticínios brasileiros não sejam bons quando comparados como os produzidos em outros países.
O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Leite Brasil), Jorge Rubez, afirmou que as cooperativas que fraudaram o leite respondem por 0,5% do total produzido no Brasil e toda a cadeia do leite está pagando pela adulteração. Segundo ele, existe uma tempestade em copo d´água, pois as cooperativas vinham fraudando o leite há dois 2 e não houve notícias de problemas de saúde decorrentes do consumo do produto no Triângulo Mineiro.
Segundo estimativa do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária), órgão do governo estadual que certifica e fiscaliza quem produz e vende exclusivamente no estado, existem 30 mil produtores caseiros de queijo em Minas Gerais, mas apenas 56 (0,5%) recebem selo de qualidade da produção.
Reportagem do jornal Zero Hora/RS informou que de janeiro a setembro deste ano, 11 milhões de litros de leite foram rejeitados no Rio Grande do Sul após análise regular realizada pelo Ministério da Agricultura e pelas empresas durante a recepção do produto.
A Nutrilat divulgou ontem (30) relatórios técnicos da Universidade de Passo Fundo que informam resultado negativo de adulteração nas amostras de leite das marcas Nutrilat e Mu-Mu.
Segundo notícia da Folha de S.Paulo, o Ministério Público de Minas notificou ontem pelo correio as empresas Calu, Centenário e Parmalat a apresentarem defesa em dez dias sobre os problemas detectados em lotes específicos de leite longa vida.
Os pedidos de leite pasteurizados subiram 10% nesta semana, segundo estimativas do setor. "Temos condições de aumentar a produção, mas não de suprir o consumo do longa vida", avaliou o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Pasteurizado (Abilp), Benedito Vieira Pereira. De acordo com ele, as indústrias conseguem aumentar a produção, mas existe um limite - apenas aquelas que também fazem UHT é que têm maiores condições.
A adulteração do leite descoberta em Minas Gerais reduziu as vendas de longa vida em pelo menos 11 estados. Associações supermercadistas do Acre, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins estimam queda de 10% a 60% nas vendas do leite UHT.
Ontem (30) a Parmalat pediu diretamente ao ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, uma nova análise dos lotes de leite recolhidos. O presidente do conselho de administração da Parmalat, Marcus Elias, esclareceu que o alimento produzido em Carazinho (RS) nada tem a ver com o produto beneficiado em Minas Gerais.
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