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Novos ajustes para a equivalência de lotação (UA/ha) em sistemas de produção de leite a pasto em função do tamanho do animal

POR JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

COWTECH

EM 01/12/2000

3 MIN DE LEITURA

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João Paulo V. Alves dos Santos

Quando falamos em sistema de produção de leite, diferentes enfoques devem ser dados quando estamos avaliando um sistema de produção a pasto ou um sistema de confinamento. Na avaliação de um sistema que tem o pasto como principal fonte de alimento volumoso, devemos avaliar a produção por área, ou seja, kg de leite/ha. No caso de animais confinados, o enfoque está mais voltado a produção individual de cada animal, em outras palavras, kg de leite/animal/dia.

A definição da lotação a ser utilizada é de extrema importância para o sucesso de um sistema de produção a pasto, uma vez que através dela podemos garantir um manejo adequado da forrageira utilizada, bem como maximizar a produção animal.

O conceito de 1 UA (unidade animal) refere-se a um animal com 450 kg de peso vivo. A equivalência para as demais categorias é expressa na tabela a seguir:

Tabela 1. Unidade Animal (UA) em diferentes categorias

Tabela 1

Fonte: adapatado de Lopes, M. A. & Vieira, P. F. (1998)

Ao analisarmos este quadro, podemos levantar algumas questões como: podemos utilizar os mesmos valores para diferentes raças? No caso de animais mestiços (cuja amplitude de diferenças fenotípicas são bastante grandes), podemos considerar os dados da tabela acima? Caso a resposta seja positiva, devemos considerar uma vaca adulta jersey (370 kg) equivalente a uma vaca adulta holandesa (670 kg) em termos de UA. Considerando um consumo de MS de 2,5% do peso vivo (PV), o animal jersey iria consumir 8,75 kg de MS/dia, enquanto que a fêmea holandesa estaria consumindo 16,75 kg de MS/dia, ou seja, 91,4% a mais.

Em detrimento das questões acima levantadas, foi realizado em 1998, no Brasil, um trabalho com o objetivo de estabelecer novos valores de equivalência entre as categorias animais, para dimensionamento de rebanhos bovinos. O objetivo do trabalho foi determinar o equivalente entre as categorias animais, das diferentes raças, convertendo seus pesos em UA, sendo referência o padrão de 450 kg. Dessa forma, para se determinar a UA de matrizes, por exemplo, foi considerado o peso ao parto e o peso adulto de cada grupo de raça (não considerando a idade ao primeiro parto). O valor encontrado deu-se através da seguinte média:


UA (matriz) = [(PP + PA)/2]/450

Sendo:
PP = peso ao parto
PA = peso adulto

As tabelas abaixo demonstram os novos valores encontrados e propostos pelos pesquisadores:

Tabela 2. Novos valores de equivalência entre as categorias animais, em UA, de fêmeas em função do porte da raça e idade ao primeiro parto a ser utilizado para dimensionar rebanhos bovinos

Tabela 2

Fonte: Lopes, M. A. & Vieira, P. F. (1998)

Tabela 3. Novos valores de equivalência entre as categorias animais, em UA, de machos reprodutores em função do porte da raça para dimensionar rebanhos bovinos

Tabela 3

Fonte: Lopes, M. A. & Vieira, P. F. (1998)

Ao compararmos os valores padronizados da tabela 1 com estas duas últimas, podemos perceber grandes diferenças. Podemos notar, de acordo com os números, que os animais com idade 24 meses ao parto são aqueles que apresentam maiores valores de UA nas diferentes categorias animais e porte de raças abordadas, sendo reflexo proporcional do ganho de peso adequado. Em outras palavras, quanto maior for o peso do animal, teoricamente, maior será a sua ingestão de MS diária. Logo, visando sempre a maximização de resultados, num sistema de produção de leite a pasto, devemos sempre estar atentos a detalhes que possam contribuir para o alcance de melhores índices zootécnicos. Neste caso, o reajuste da taxa de lotação, de acordo com os dados apresentados no trabalho acima, pode ser bastante interessante.

********


fonte: Anais da XXXV Reunião da SBZ, julho 1998

JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

Espaço para artigos e debates técnicos expostos por especialistas e equipe de consultores.

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LAERTE LUIZ DO NASCIMENTO

CORRENTINA - BAHIA - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 20/07/2008

Frequentemente nos deparamos com esses cálculos envolvendo UAs. Tem-se ,por exemplo, para a categoria bezerros (0 - 01 ano), a adoção do valor 0,35ua/ha. Todavia, no artigo acima considerou-se 0,25 ua/ha. Tais valores podem, à primeira vista, ser próximos, ou seja, com pouca discrepância; entretanto, essa diferença pode definir a viabilidade ou não de determinado estudo de projeto, fazendo com que haja ajustes no seu dimensinamento.

Diante do exposto, na prática, qual será o procedimento correto ao nos vermos diante de situações onde os números ali descritos não retratam a a realidade do campo? Em outras palavras, a experiênica do agricultor, adquirida na labuta da vida, ás vezes é diametralmente oposta aos números aqui descritos, gerando assim contextualizações, debates acalourados. Some-se a isso a multiplicidade de situaçõe encontradas no Brasil, tais como climas diferentes, solos diferentes, distribuição de chuvas diferentes, aspectos culturais, etc. A padronização, nesse caso, parece-nos extremamente cruel.

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